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12/07/2008

Aspectos Cerebrais da Dependência

















Praticamente todas as drogas que podem gerar abuso exercem, direta ou indiretamente, efeitos cerebrais profundos. A via neurológica mais envolvida nas dependências é o chamado sistema mesolímbico de recompensa. Este sistema se estende desde o tegmento ventral até o núcleo acumbens, apresentando projeções para diferentes áreas, como o sistema límbico e o córtex orbitofrontal.

A ativação desse sistema mesolímbico de recompensa parece ser elemento comum a todas as drogas que fazem com que o usuário continue a consumi-las. Essa atividade não é exclusiva de uma única droga. Todas as substâncias que provocam adicção afetam esse circuito.

A drogadicção vem sendo considerada uma doença recidivante e crônica, caracterizada pela busca e consumo compulsivo de drogas. A chamada adicção a drogas é considerada como uma dependência de substâncias químicas, de acordo com a definição da Associação Americana de Psiquiatria, entretanto, é importante distinguir entre o uso moderado de substâncias, o abuso de substâncias e a dependência de substâncias (adicção). Nos seres humanos, felizmente, a grande maioria dos simples usuários de drogas não se torna usuário abusivo ou dependente químico.

Esse consumo estável e comedido de drogas pode ser observado em animais de laboratório, sem o aparecimento de sinais de dependência.


Existem muitos fatores envolvidos no desenvolvimento de dependência, como por exemplo, a disponibilidade da droga, a via de administração, o componente genético da pessoa, histórico pessoal de outras dependências, e estresse e eventos traumáticos de vida, enfim, podemos dizer que para a transição do simples uso de drogas à drogadicção muitos fatores atuam combinadamente. O desafio atual da ciência é descobrir quais são os elementos neurobiológicos e quais são as diferenças individuais capazes de vulnerabilizar pessoas para a dependência química.

A neurobiologia tem proposto a idéia de uma certa desregulação homeostática da busca do prazer um dos motivos pessoais para a busca das drogas. Vamos falar disso com o nome de desregulação hedonista (hedonista = para o prazer). Baseado nessas teorias da neurobiologia do comportamento, várias fontes de reforço podem ser identificadas no círculo vicioso da adicção (droga-prazer-culpa-falta de prazer-droga...), e os sintomas desse desregulação hedonista constituem critérios bem conhecidos para se identificar dependência química ou adicção.

Neurotransmissores críticos, hormônios e áreas neurobiológicas têm sido identificados como possíveis mediadores da chamada desregulação hedonista e podem ajudar a determinar os substratos de vulnerabilidade para a adicção a drogas e os elementos que protegem a pessoa dela.

Na fisiologia cerebral, a tomografia com emissão de pósitrons (PET), pode mostrar imagens onde as pessoas que usam cocaína apresentam um aumento no metabolismo da glicose em regiões cerebrais associadas com a memória e o aprendizado (córtex pré-frontal lateral, amígdala e cerebelo). Veja o Atlas PsiqWeb.

A neurofisiologia ainda está longe de saber as alterações na química e na estrutura cerebral envolvidas na recompensa prazerosa e que servem de reforço aos diversos comportamentos, inclusive ao uso de drogas. Alguns estudos indicam haver diversos neurotransmissores envolvidos e, principalmente, a liberação do neurotransmissor dopamina em uma região do cérebro chamada núcleo accumbens possivelmente relacionado à busca do prazer.

Este núcleo accumbens é quem recebe projeções de células dopaminérgicas situadas na área tegmental ventral, é um local de convergência para estímulos procedentes da amígdala, hipocampo, área entorrinal, área cingulada anterior e parte do lobo temporal. Deste núcleo partem eferências para o septo, hipotálamo, área cingulada anterior e lobos frontais. Devido às suas conexões aferentes e eferentes o núcleo accumbens desempenha importante papel na regulação da emoção, motivação e cognição.

O uso abusivo de drogas tem sido relacionado ao sistema mesocorticolímbico dopaminérgico. Dentro desse sistema dopaminérgico mesocorticolímbico estão sistemas de alguns neurotransmissores, como por exemplo o ácido gama-aminobutírico (GABA), o glutamato, a dopamina, a serotonina e os peptídeos opióides, juntamente com suas conexões com o núcleo acumbens e amígdala. Alguns estudos associam a liberação de dopamina no núcleo acumbens também às ações de reforço positivo do tetraidrocanabinol (THC), presente na maconha.

Para se ter noção das alterações cerebrais pelo uso de drogas, sabemos que a administração repetida de anfetaminas em ratos, produz alterações anatômicas no núcleo accumbens e no córtex pré-frontal, alterações essas capazes de durar mais de um mês depois da interrupção da droga. A exposição à anfetamina produzia aumento no comprimento dos dendritos (Veja o Atlas PsiqWeb), na densidade das espinhas dendríticas e no número de espinhas ramificadas dos neurônios espinhosos médios do núcleo accumbens e efeitos semelhantes nos dendritos apicais da camada III de neurônios piramidais no córtex pré-frontal.

Para o desenvolvimento da dependência é necessário que se recorra aos efeitos prazerosos da droga. Esse efeito prazeroso chama-se Reforço Positivo. O foco do mecanismo neurológico dos efeitos de Reforço Positivo capaz de gerar consumo abusivo de drogas tem sido o sistema mesocorticolímbico dopaminérgico e suas conexões com o cérebro basal anterior.

No caso da cocaína, das anfetaminas e da nicotina, a facilitação da neurotransmissão da dopamina no sistema mesocorticolímbico parece ser essencial para as ações de Reforço Positivo agudo dessas drogas. Vários receptores dopaminérgicos, tais como o D-1, D-2 e D-3, têm sido associados a essa ação de Reforço Positivo.

Estudos neurofarmacológicos sustentam a noção de
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Só uma Cervejinha


















Falo pelas minhas palavras e com o meu coração. Não sou nenhum profissional da área médica, sou um “experiente” dependente químico.


O que quero falar hoje não é sobre meus momentos alucinados e, sim, de um fator muito importante para me manter em abstinência; o remédio para minha doença. Não vou dizer sobre a mudança de atitude e de comportamento, a base para quem quer mudar tudo na vida.



Todo dependente químico (DQ) tem a sua substância de preferência. Prefiro chamar de droga de preferência porque é uma droga mesmo. Essa preferência nada mais é do que a droga que “o cara curte mais”, aquela com a qual o DQ se identifica mais. No meu caso, graças a Deus, curtia, no tempo passado do verbo.



A mais importante atitude que devo tomar para permanecer remediado é ter a consciência do que posso e, principalmente, do que não posso fazer para manter distância de minha droga de preferência.



A cocaína, como toda droga, incluindo o álcool, me deu momentos inexplicáveis de alegria no começo da minha adicção. Eu era o tal!

Sempre acreditei que meu único problema era a cocaína. Claro, eu estava errado! Além do meu comportamento autodestrutivo tinha, como dizem os psicólogos, o gatilho para chegar até o pó.



A bebida alcoólica, na minha opinião, por ser lícita e até glamourosa, é o pior de todos os gatilhos. Coloquei gatilho no plural porque existem outros fatores que podem levar o DQ à recaídas ou a continuar se drogando.

Se sóbrio o DQ já é super orgulhoso, imagina com uns goles a mais. Putz, ele é o rei!



Insaciável, indestrutível, inatingível, inigualável era eu quando, como diz um DQ amigo meu, estava “embrutecido pelo etílico”. Nada podia me parar! Mal sabia eu que eu já estava parado. Parado na evolução como ser humano, como ser espiritual.



Não tinha traficante, boca (lugar onde se compra droga), polícia, amigo, família, namorada que pudesse me segurar. Era hora de cheirar. Mesmo não estando com vontade, ou melhor, mesmo estando com minha vontade mascarada, depois de tomar umas era só uma questão de tempo e lá estava eu de novo alimentando meu desejo mais podre.



Depois de passar por um tratamento de 8 meses, aprendi que embora o álcool não seja minha droga de preferência, é a alavanca para criar uma bola de neve chamada compulsividade para a droga e, conseqüentemente, me destruir.



Um DQ que realmente quer se recuperar tem que reconhecer seus limites. Saber até onde pode ir, o que deve fazer e o que não deve. Respeitar meus limites nada mais é do que ser disciplinado, ser coerente com as minhas metas. Essas coisas eu costumo falar de mim e para eu mesmo, pois, o ouvido mais próximo da minha boca é o meu!!!



Para mim, o DQ tem que ter medo, aliás, é bom que também tenha medo quem não é dependente. Não ter medo é irresponsabilidade, e é o primeiro passo para quem não quer se manter sóbrio ou para a recaída.

Agora fica fácil entender porque o álcool é um gatilho. A bebida me deixava sem medo, ou melhor, sem responsabilidade, e quem não tem responsabilidade não tem limites e eu sem limites volto a ficar doente, volto para a ativa. Saber disso é o que me torna consciente e consciente me torno coerente.



Como um diabético não pode comer doce, eu não posso usar drogas (por favor, não esqueçam do álcool quando falo de drogas).



E andarei em liberdade; pois busco os Teus preceitos. Salmos 119:45




Andre Lucenti


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Os Bandidos no Poder

























Huascar Terra do Vale
Ensaísta e advogado. Dedica-se a estudos nas áreas da filosofia, história, arqueologia, linguística, semântica geral, psicologia, psicanálise, cosmogonia, cosmologia, etologia e sociobiologia. É colunista do site Mídia sem Máscara. É autor das obras "Hino à Liberdade" e "Tratado de Economia Profana". Entre seu material inédito, constam as obras "Sociedade da Desconfiança", "Trincheiras do Iluminismo", "A Treatise on Profane Religion", "The Twilight of Gods" e "Jesus, from Abraham to Marx".
Site: www.geocities.com/Athens/Aegean/5301

Precisamos apenas de paciência. O governo está apodrecendo e já está cheirando mal


Qual a diferença entre países capitalistas e socialistas? Existem muitas. Dentre elas, uma das mais interessantes é a questão do banditismo. Em países capitalistas, como os Estados Unidos, existem milhares de cadeias e penitenciárias, cheias de bandidos e este número cresce cada vez mais. Nos países comunistas do passado não havia tantas cadeias e penitenciárias. Por quê? A resposta é muito simples. Em países socialistas/comunistas os bandidos não estão nas cadeias. Estão no poder.

Em Cuba, por exemplo, as penitenciárias servem para alojar, não bandidos, mas presos políticos, pois o mega-bandido, Fidel Castro, assassino de milhares de patriotas cubanos, é o ditador implacável, odiado pelos cubanos que, sempre que podem, fogem para os Estados Unidos, porém adorado pelos idiotas da esquerda brasileira, que agora latem: “ditadura nunca mais”.

Na China, são mais práticos. Executam os inimigos políticos e também os bandidos de verdade com um tiro na nuca e ainda cobram da família o preço da bala. Confesso que tenho alguma simpatia para o sistema chinês. Poderíamos adotá-lo no Brasil, depois de uma redefinição de quais crimes mereceriam a solução final. Em meu ponto de vista o crime mais hediondo não seria o tráfico de drogas ou o estupro, mas a apropriação de dinheiro público. Dentre eles, o mais grave, merecedor de pena capital sumária, seria a venda de sentenças por parte de juízes, como tem acontecido no Brasil. Suspeita-se que tal ignomínia teria acontecido até no Superior Tribunal de Justiça. Em vez de sentenças de morte, estes mega-bandidos são “julgados em segredo”, pelas tais corregedorias e “punidos” com advertências, censuras e suspensões inócuas ou mesmo recompensados com aposentadorias precoces e milonárias.

Neste ano, a ralé da esquerda, a nata do banditismo dos anos 70, fez até exposições, como no átrio da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, comemorando, cinicamente, a volta da “democracia”, com o slogan: “ditadura nunca mais”. Na realidade, quando terminou o governo cívico-militar, voltou ao poder a escória do País. O banditismo atingiu o poder e, inclusive, fez seu código de banditismo, cretinamente apelidado de “constituição cidadã”.

No regime militar, única ocasião em que o Brasil foi levado a sério, na opinião de ninguém menos do que de Lula, o País foi reorganizado, com uma pletora de realizações que nunca mais se repetiu. No entanto, quando o governo militar devolveu ao civis um país desinfetado dos ratos comunistas, voltou a ralé de politiqueiros cripto-comunistas que fizeram do parlamento um balcão de negócios. Acabo de saber, pela televisão, que o governo comprou a aprovação da medida provisória dos bingos liberando 500 milhões de reais para os deputados. Quanto desta fortuna realmente será aplicado em benefício da população? Os tais “democratas”, desde o fim do governo cívico-militar, só fizeram politicagem, e furtaram o mais que puderam, em todos os tempos e modos, como dizia o Padre Antônio Vieira.

Quando o governo cívico-militar assumiu o poder, em 1964, o Brasil era o 48.º no ranking das potências econômicas. Quando voltou o regime da cleptocracia, apelidada de “democracia”, o País, que tinha se elevado à posição de 8.ª potência econômica, graças ao governo cívico-militar, engatou uma marcha-a-ré, a começar do criminoso Plano Cruzado, que destruiu de uma vez todo o trabalho de reorganização da economia. Agora, vários países, como Coréia, Índia, México, passaram à frente do Brasil e já estamos na 15.ª posição. Por enquanto. E a única luz que se vê no final do túnel não passa do farol de uma locomotiva a todo vapor.

Lula continua prometendo o crescimento econômico. No entanto, como pode um país crescer com uma tributação de cerca de quarenta por cento do PIB e uma dívida pública, crescente, de um trilhão de reais?

Sem dúvida um dos maiores bandidos da história do Brasil foi FHC, que elevou a carga tributária de 26 para 36% do PIB e, fingindo que acabava com a inflação, transformou-a em dívida pública. É verdade que a maior culpa é a constituição bandida de 88, que transformou o governo em um órgão arrecadador de impostos para distribuir entre os milhões de marajás que estão chupando as tépidas tetas da mãe-pátria. Seu crime foi principalmente de omissão, por não ter corrigido esta roubalheira, além de ter preparado o caminho para entregar o poder aos comunistas, que sempre foram os maiores bandidos registrados pela História.

Nota-se, no governo atual, encharcado de comunistas de todas as tonalidades, verdadeiras atitudes próprias de gangsters, o que é um péssimo sinal. O caso Celso Daniel, por exemplo, foi abafado, porém, conforme declarações do irmão da vítima, sabemos o suficiente para entender a filosofia predominante dos partidos de esquerda: roubar para o partido é ético. Roubar “do” partido é crime. Além disso, o banditismo é tal que quem quiser denunciar a roubalheira sofre queima de arquivo. Esta é a ética de todos os partidos socialistas-fascistas-nazistas-comunistas, em todos os tempos e em todos os países. Bom é o que é bom para o partido, e ruim é o que é ruim para o partido. Como corolário: os fins justificam os meios.

O caso dos bingos é outro exemplo típico de atitude de bandidos. As gravações transmitidas pelas redes de TV mostram claramente que uma pessoa de confiança absoluta do “primeiro ministro” estava achacando um empresário de loterias para conseguir fundos, provavelmente para pagar aos marqueteiros que conseguiram a eleição do Lula na base de mentiras e falsas promessas. Para lançar uma cortina de fumaça sobre o festival de roubalheira, Lula fechou os bingos, pulverizando, de uma só canetada, mais de duzentos mil empregos. Logo ele, que foi eleito prometendo dez milhões de empregos.

Por enquanto, a cortina de fumaça está funcionando, mas novas podridões se agigantam e ainda temos a esperança da CPI ser realizada. Até o impeachment de Lula já foi pedido, se não me engano, por um senador do PDT, e o deputado Dr. Enéas pediu ontem no plenário da Câmara sua renúncia por já ter demonstrado, em um ano e três meses de (des)governo sua incapacidade de governar um país como o Brasil.

No entanto, o PT, outrora campeão das CPIs, está empenhando a própria alma para evitar a CPI dos bingos. Ora, quem não deve não teme! Se o PT não quer a CPI, temos o direito de concluir que o caso do Waldomiro foi apenas a ponta do iceberg e que as vestais grávidas do PT usaram técnicas de bandidos para conseguir fundos para eleger seu candidato, de olho nas oportunidades de enriquecimento que acompanham o poder. Consta que já foram contratados quarenta mil dizimistas do PT para cargos públicos estratégicos. O PT está nadando em dinheiro, e vai empregá-lo para conquistar mais poder. O Presidente ampliou para quarenta o número de ministérios e a maioria das esposas dos ministros também foi contratada, com salários jamais sonhados pelos proletários, que sempre foram usados como bucha-de-canhão pelos comunistas.

Em outro exemplo sórdido do espírito de banditismo que anima os partidos de esquerda, agora estão criando nova nuvem de fumaça escolhendo os promotores como bodes-expiatórios, para que os verdadeiros bandidos não sejam desmacarados.

Conhecemos casos de prefeitos do PT que desviaram milhões de reais, que se materializaram depois em sua eleição para cargos públicos. Atitudes perfeitamente éticas, sob a ótica dos canhotos. Coisa de bandidos de alto coturno!

No tempo do governo militar não havia esta roubalheira e, portanto, apesar da tributação estar na metade da de hoje, o dinheiro era aplicado preparando o País para um grande futuro. Infelizmente este grande futuro não se materializou nas mãos da escória que desde então tem se agarrado como carrapatos ao poder e sugado os recursos dos contribuintes indefesos. Desde que acabou o regime militar, muitas pessoas achegadas ao poder enriqueceram-se, mas o País empobreceu. O povo ficou órfão. O crescimento econômico, que no governo cívico-militar, chegou a 14% ao ano, no primeiro ano de Lula foi negativo, mesmo assim socorrido pelo setor agropecuário, graças aos empresários rurais, enfrentando a falta infra-estrutura e de apoio do governo. Não obstante, o governo está gastando bilhões com a favelização do campo, apelidada de “reforma agrária”, que não contribuiu nem com uma espiga de milho para a produção agropecuária. Esta fortuna deveria ser aplicada em estradas, portos, silos e financiamento aos empresários rurais, que criam riqueza e empregos. Isto sim, seria uma reforma agrária inteligente.

Depois do fim do governo militar, tão festejado pelos bandidos de esquerda, a única grande obra que me lembro foi o apagão de FHC. No entanto, quem quiser julgar o governo cívico-militar que se iniciou com a defenestração da quadrilha comunista de Jango, procure imaginar o Brasil sem as obras realizadas naquele tempo em que os impostos retornavam para a população na forma de obras.

Eis alguns exemplos: Itaipu e Tucuruí, duas das maiores hidroelétricas do mundo, além de Ilha solteira, Jupiá e São Simão, Ponte Rio-Niterói, Pró-álcool, Embrapa, Embraer, Eletrobrás. Embratel, Nuclebrás, Telebrás, Redução da inflação de 100% para 12%, sem desemprego e sem planos econômicos mirabolantes nem confiscos de poupança, Zona Franca de Manaus, Aeroporto de Confins, Banco Central, construção de 4 milhões de moradias, Ferrovia da Soja, Transamazônica, corredores de exportação, financiamento da CNPq, FINEP e CAPES, INPS, Funrural (beneficiando 8 milhões de trabalhadores rurais), criação do FGTS, PIS e PASEP, criação de 13 milhões de empregos, crescimento econômico de até 14% do PIB (no primeiro ano do governo Lula o Brasil cresceu como rabo de cavalo: para baixo), fantástico aumento na produção da Petrobrás, crescimento das exportações de US$1,5 para US$37 bilhões, construção de quatro portos, destacando-se Tubarão e Sepetiba e recuperação e expansão de outros dez portos, ampliação da rede asfáltica de 3 para 45 mil quilômetros, implantação de vários distritos industriais, atração de dezenas de investimentos e joint-ventures de alta qualidade, como Fiat, Alcan, Becton Dickinson, Cargill, Holderbank, Cenibra, Nippon-Usiminas, Grupo Nomura dezenas de outros.

Não obstante, os retardados da esquerda festejam o que eles chamam de “a volta das liberdades democráticas”. Durante o governo militar a liberdade democrática era absolutamente plena, exceto para baderneiros, subversivos, assaltantes, seqüestradores, assassinos, vendedores da pátria, guerrilheiros, exatamente aqueles que agora estão lançando a campanha: “ditadura nunca mais!” Realmente estes bandidos, que queriam transformar o Brasil em uma colônia soviética, foram privados da liberdade de implantar aqui a ditadura comunista, a mais truculenta, cruel e sanguinária de todos os tempos, responsável pelo extermínio de mais de cem milhões de pessoas no século passado. Como não conseguiram, dedicam-se ao revanchismo desleal e mentiroso e a extrair dinheiro do povo sob os mais variados truques, como a palhaçada da falsa reforma agrária e os bilhões gastos em indenizações para aqueles que mereciam, de fato, a cadeia . Quanto mais falam mal do governo militar, mais as Forças Armadas crescem em credibilidade (ao contrário dos políticos), pois a população percebe o mar de lama onde pululam os caluniadores de esquerda e muitos ainda se lembram dos tempos felizes do governo cívico-militar, no auge do “milagre brasileiro”, quando bandidos iam para a cadeia em vez de serem “indenizados”. O Presidente Garrastazu Médici era aplaudido de pé no Maracanã e a população cantava feliz pelas ruas: “Moro... num país tropical... abençoado por Deus... ”

Precisamos apenas de paciência. O governo está apodrecendo e já está cheirando mal. Como sempre acontece, é difícil combater o comunismo, devido ao fanatismo, à desonestidade moral e à ignorância de seus adeptos. No entanto, a história nos ensina que os regimes comunistas são sempre derrotados, como aconteceu na União Soviética, não por seus inimigos, mas por suas vítimas.

PENSAMENTO DO DIA: “Enquanto a esquerda que está aí não for eliminada até o último idiota, não vai acontecer nada!” Nélson Rodrigues.


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Sonho de Consumo (?!)

































Por que passar o sono eterno debaixo da terra ou então espalhar as cinzas da cremação? Ao custo de alguns milhares de euros e graças a uma sofisticada transformação química, uma empresa suíça agora garante ao falecido reservar seu lugar na eternidade sob a forma de um 'diamante humano'.



Foto: AFP: Por que passar o sono eterno debaixo da terra ou então espalhar as cinzas da...

Na pequena cidade de Coire, na Suíça, a empresa Algordanza recebe a cada mês entre 40 e 50 urnas funerárias procedentes de todo o mundo. Seu conteúdo será pacientemente transformado em pedra preciosa.

"Quinhentos gramas de cinzas bastam para fazer um diamante, enquanto o corpo humano deixa uma média de 2,5 a 3 kg depois da cremação", explica Rinaldo Willy, um dos co-fundadores do laboratório onde as máquinas funcionam sem interrupção 24 horas por dia.

Os restos humanos são submetidos a várias etapas de transformação. Primeiro, viram carbono, depois grafite. Expostos a temperaturas de 1.700 graus, finalmente se transformam em diamantes artificiais num prazo de quatro a seis semanas. Na natureza, o mesmo processo leva milênios.

"Cada diamante é único. A cor varia do azul escuro até quase branco. É um reflexo da personalidade", comenta Willy.

Uma vez obtido, o diamante bruto é polido e talhado na forma desejada pelos familiares do falecido para depois ser usado num anel ou num cordão.

O preço desta alma translúcida oscila entre 2.800 e 10.600 euros, segundo o peso da pedra (de 0,25 a um quilate), o que, segundo Willy, vale a pena, já que um enterro completo custa, por exemplo, 12.000 euros na Alemanha.

A indústria do 'diamante humano' está em plena expansão, com empresas instaladas na Espanha, Rússia, Ucrânia e Estados Unidos.

A mobilidade da vida moderna é propícia para o setor, explica Willy, que destaca a dificuldade de se deslocar com uma urna funerária ou o melindre provocado por guardar as cinzas de um falecido na própria casa.


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11/07/2008

blogueira mais sexy



























A revista 'Playboy' dos Estados Unidos abriu uma enquete para que os internautas escolham a blogueira mais sexy da rede.



No site, é possível ver a ficha completa das nove candidatas selecionadas - todas americanas.



A votação surgiu depois que uma das candidatas - Xeni Jardin, editora do Boing Boing, um dos blogs de maior audiência do mundo - apagou cerca de 70 posts com referências a outra musa da rede, a colunista de sexo Violet Blue, autora do podcast Open Source Sex.



Inspirada pela polêmica, a Playboy selecionou outras sete blogueiras para a disputa do título de 'mais sexy': Julie Alexandria (do Wallstrip.com), Veronica Belmont (Tekzilla), Amanda Congdon (Sometimes Daily), Brigitte Dale (BrigitteDale.com), Sarah Lacy (Tech Ticker, no portal Yahoo), Sarah Austin (Pop 17) e Natali Del Conte (Loaded, na CNET TV).

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Quilombolas

Quilombolas, nova frente de conflitos de classes e de raças.

O Presidente Lula tem, em seus discursos cotidianos, feito referência aos “direitos” dos quilombolas, prometendo atender a toda e qualquer reivindicação sua. Qual a extensão dessa promessa? É assustadora!

O que é um quilombo?
A partir do texto do artigo 68 da Constituição Federal de 1988, ao termo quilombo foi atribuído pela esquerda um novo significado, afastando-se do conceito histórico de grupos formados por escravos foragidos.

Hoje, o termo é usado para designar a situação dos segmentos afro-descendentes.

Na prática, a procura dos direitos de quilombolas e o reconhecimento e delimitação de áreas que pretendem ocupar está sendo utilizado pela esquerda como um novo instrumento para a luta de classes ou de raças no Brasil, e mais um processo de coletivização de terras.

O que determina a Constituição
A Constituição Federal de 1988 reconheceu o direito de propriedade definitiva aos remanescentes das comunidades de quilombos que estejam ocupando suas terras.

Uma encrenca de proporções inimagináveis
Para regulamentar o dispositivo Constitucional, o Executivo promulgou o Decreto 4887/03, que está criando uma confusão de grandes proporções e efeitos catastróficos. Por determinação desse decreto, na prática, os únicos critérios para reconhecimento da condição de quilombola e para delimitar as áreas por eles ocupáveis são o da autodefinição e o da própria indicação.

A pseudo-fundamentação base desse absurdo é o que determina a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que prevê o direito de autodeterminação dos povos indígenas e tribais.

Se essa lógica for levada a sério, os povos indígenas e tribais deverão constituir-se em estados independentes dentro do território brasileiro! Absurdo que nenhum brasileiro sensato pode querer.

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A Revolução Cultural

Qual é o futuro do Brasil nas mãos desses débeis mentais?


Há poucos dias um autor, que se considera liberal, disse que a China comunista só melhorou com a “revolução cultural” de Mao Tsé-tung. Fiquei chocado. O tal autor, provavelmente neófito em termos de comunismo, cometeu um erro primário: esqueceu-se que os comunas sempre querem dizer o contrário do que falam. Quando falam em “democracia”, referem-se a ditadura. Quando prometem “paz”, preparam-se para a guerra. Quando alegam “justiça social”, referem-se ao terrorismo de Estado, como de praxe em todos os países comunistas. Quando dizem que são “progressistas”, é para esconder que são retrógrados. Quando prometem a “ditadura do proletariado”, a intenção é condenar os proletários ao trabalho escravo, como nos milhares de gulags da União Soviética. Quanto falam em aumentar o nível de emprego, referem-se a contratar dizimistas do PT. Quando se referem à Fome Zero, também pensam nas orgias gastronômicas dos felizardos petistas que estão na folha de pagamento estatal, com altos salários, pagos por nós.

O desditado autor, que acreditou na “revolução cultural”, pensou, inocentemente, que o degenerado Mao Tsé-tung havia deflagrado um vasto movimento para levar a cultura às massas. A realidade foi exatamente o contrário. A Revolução Cultural comunista chinesa se destinava a erradicar sumariamente todos os resquícios da verdadeira cultura, representada pelas conquistas do individualismo e do Iluminismo, que se desenvolveram na Europa e nos Estados Unidos, nos séculos XVII e XVIII.

De fato, a revolução cultural chinesa foi um período de caos e terror, em que o sanguinário Mao Tsé-tung estimulou a população, e principalmente os estudantes, a exterminar tudo aquilo que lembrasse a cultura iluminista. Foi, de fato, a promoção da ignorância, pois um povo ignorante atende melhor ao interesses dos comunistas, que exigem controle total sobre o rebanho humano. Como disse o monstro Stálin: “o individualismo é o maior inimigo do comunismo”.

Na revolução cultural chinesa, os estudantes foram encorajados a agredir os professores e as pessoas idosas, e muitos foram mortos e até canibalizados. As multidões, exibindo o livro vermelho de Mao, faziam passeatas pelas ruas, puxando os professores com coleiras de cachorro, fustigando-os e humilhando-os, exibindo na cabeça canudos com letreiros ofensivos. Os professores que escaparam da sanha das multidões enfurecidas foram enviadas para “reeducação” em campos de arroz. Ter alguma cultura, como, por exemplo, falar uma língua estrangeira, era um crime e punido severamente, muitas vezes com tortura e morte. Chamar esta bestialidade de “avanço” significa desconhecer a verdadeira natureza da “revolução cultural” comunista.

O mesmo barbarismo foi cometido no Camboja, onde o carniceiro Pol Pot matou um terço da população procurando erradicar os últimos resquícios da cultura ocidental. O maravilhoso filme, que pode ser encontrado nas locadoras, “Os Gritos do Silêncio”, é uma crônica real sobre a revolução cultural cambojana, com Dith Pran, que realmente viveu as atrocidades incríveis demonstradas no filme e que mostra o esforço que fez para esconder o pouco que sabia de inglês (pois era motorista). O filme mostra também seus tempos de “reeducação” no campos de plantio de arroz. Um filme para quem quer conhecer a verdadeira natureza da barbárie comunista.

O que poucos percebem é que a tal “revolução cultural” é, no fundo, a erradicação da cultura ocidental. É praticada em todos os países comunistas, sob diversos disfarces, pois o comunismo é um ideologia que procura fazer a humanidade voltar ao barbarismo absolutista, em uma versão mais sangrenta e totalitária. Para sua implantação, necessita erradicar todos os indícios remanescentes da civilização ocidental, abrindo espaço para a volta da selvageria pré-iluminista. No Brasil, a “revolução cultural” comunista há muitos anos tem sido praticada, de maneira dissimulada, para que a mídia e a burritzia nacional não a percebam.

Aqui, a “revolução cultural”, ou seja, a lavagem cerebral da juventude, recebeu o nome de “ESCOLA PLURAL”, em nível municipal, ou “ESCOLA SAGARANA”, em nível estadual. A idéia principal desta revolução cultural comunista tupiniquim é manter o aluno ignorante, passando de ano, sem exames. Quanto maior a ignorância, melhor. Até mesmo retardados mentais são promovidos e recebem diplomas. Existem milhares de jovens, com diplomas de segundo grau, que nada sabem, porque foram condenados à ignorância, pela Escola Plural. Estão “em ponto de bala” para serem doutrinados pela estupidez marxista. Aqui também os professores são humilhados e ofendidos e não podem repreender os alunos que, freqüentemente, ameaçam os professores até com a morte. O padrão é o mesmo!


















Nos primeiros anos de estudo os professores, geralmente analfabetos funcionais, porém petistas, fingem que ensinam, e os alunos fingem que estudam. Depois, quanto chegam às aulas de História, são doutrinados com ensinamentos marxistas, deformando a verdade e preparando-os para serem ativistas do PT. Nossos heróis nacionais, como Caxias, são ignorados ou ridicularizados, e bandidos como Lampião, Marighela, Fidel Castro e Che Guevara são exaltados como heróis. A contra-revolução de 64, que evitou que o País caísse nas mãos dos bolchevistas, é completamente deturpada, com epítetos como “anos de chumbo” e “golpe”, e as realizações do governo militar são sonegadas aos alunos, enquanto que a carnificina executada pelos comunistas e o fracasso social e econômico desses países nem é citada.

Todo o ensinamento é destinado a insuflar nos alunos a admiração pela escória da humanidade, a União Soviética, Cuba, Coréia do Norte, e a odiar os Estados Unidos, o país mais bem sucedido de todos os tempos, graças aos Iluminismo. Por isso, praticamente, todos os alunos da segunda série e também das universidades, demonstram um ódio gratuito e intenso contra os Estados Unidos, pois esta idiotice, ensinada nas escolas, é essencial para a implantação da boçalidade vermelha.

Eles não aprendem, por exemplo, que o salário mínimo em Cuba é de oito dólares, nem que quem tenta fugir daquele inferno é fuzilado ou jogado aos tubarões. Eles não sabem que, em Cuba, o modelo dos comunistas, as jovens são obrigadas a se prostituir, para sua família não morrer de fome, pois recebem uma quota de alimentos que só dá direito a meia dúzia de ovos e um quarto de frango para uma família, por mês. Claro que não lhes é ensinado que o fracasso do comunismo em Cuba foi tão grande que o país viveu de esmolas da União Soviética por muito anos e hoje vive de dólares que os cubanos exilados em Miami mandam para seus parentes que não conseguiram fugir. Também lhes é sonegado o fato que Fidel Castro rouba o salários dos cubanos que trabalham nos novos hotéis construídos na ilha, com capital estrangeiro, para turistas. Neste hotéis, os cubanos só entram como serviçais e a jovens como “jineteras”, para atender sexualmente os hóspedes que trazem dólares. Graças a Fidel Castro, Cuba voltou a ser o lupanar do Caribe. Isso não é ensinado nas escolas.

Por outro lado, “ensinam” horrores dos Estados Unidos, por exemplo, acusando-os de “imperialistas”. No entanto, os Estados Unidos jamais tiveram uma colônia. Ao contrário, libertaram algumas colônias da Espanha (como Cuba e Filipinas) e salvaram o mundo em duas guerra mundiais, que custou a vida de centenas de milhares de americanos, sem incorporar um metro quadrado de território. Claro que é escondido dos alunos o fato de que os Estados Unidos recuperaram várias nações arrasadas pela Segunda Guerra Mundial, inclusive seus ex-inimigos, a Alemanha e o Japão, enquanto a União Soviética invadiu, dominou e explorou dezenas de países, e levou à miséria todos eles. E chamam os Estados Unidos de “imperialistas”. Que cretinismo!

Esta é a revolução cultural comunista que está sendo feita no Brasil, comprometendo o futuro de nossa juventude, e ninguém percebe, pois conta com a cumplicidade criminosa do Ministério da Educação. Quem duvide, que confira os livros adotados em nossos colégios, recomendados pelas “autoridades”. Não são livros de aula. São livros de doutrinação marxista. Resta a dúvida atroz: como podem os comunas que usurparam o poder no País serem tão estúpidos? E os professores, e a mídia, por que não percebem e denunciam este desastre a que estão condenando as gerações futuras, transformando-se em cúmplices do Ministério da Educação? Qual é o futuro do Brasil nas mãos desses débeis mentais?

OFERTA: Receba, grátis, por e-mail, o ensaio “Trincheiras do Iluminismo”, com prefácio de Jarbas Passarinho: huascar.bhz@terra.com.br

Huascar Terra do Vale
Ensaísta e advogado. Dedica-se a estudos nas áreas da filosofia, história, arqueologia, linguística, semântica geral, psicologia, psicanálise, cosmogonia, cosmologia, etologia e sociobiologia. É colunista do site Mídia sem Máscara. É autor das obras "Hino à Liberdade" e "Tratado de Economia Profana". Entre seu material inédito, constam as obras "Sociedade da Desconfiança", "Trincheiras do Iluminismo", "A Treatise on Profane Religion", "The Twilight of Gods" e "Jesus, from Abraham to Marx".
Site: www.geocities.com/Athens/Aegean/5301


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Os Idiotas

Não é fácil ser comunista. É necessário ser um perfeito idiota. Não basta ser “meio” idiota. É preciso ser um idiota completo!


No começo do século passado, há quase cem anos, o comunismo era uma tentadora promessa. Políticos, intelectuais e religiosos de todos os matizes depositaram grande esperança no regime que prometia acabar com a exploração do homem pelo “capitalismo” e implantar na Terra um regime celestial de amor e justiça social.

A partir de 1917, entretanto, o comunismo foi experimentado exaustivamente em dezenas de países, principalmente na União Soviética, onde perdurou por setenta e três anos. Fracassou em todos esses países. Não cumpriu suas promessas. Ao contrário, só resultou em genocídio, torturas, truculência, obsessão bélica, terrorismo de Estado, trabalho escravo, injustiça social, destruição do ambiente e estrondoso fracasso econômico.

No entanto, no Brasil, por ignorância ou por burrice mesmo, inúmeras categorias recusam-se a aprender com a experiência comunista, principalmente a soviética. Insistem em aprender da maneira mais difícil: pela própria experiência. Esta é a principal característica do idiota perfeito. Para provar esta tese, vamos visitar alguns comunistas típicos do Brasil:

SINDICALISTAS: No Brasil praticamente todos os sindicatos são comunistas, a maioria dominada pela CUT. Se depender deles, o comunismo seria instalado imediatamente no Brasil, no melhor estilo estalinista.

No entanto, será que estas cavalgaduras (sem desfazer dos pobres muares) não sabem que a primeira coisa que os comunistas fariam, ao assumir o poder, seria acabar com os sindicatos? Em TODOS os países comunistas, sindicatos foram proibidos e ainda hoje o são, nos fósseis comunistas Cuba, Coréia do Norte e China. Nestes países, por não existir sindicatos, os operários trabalham como escravos e ganham misérias. Até as pedras sabem disto, menos os sindicalistas brasileiros. Eles deveriam lutar pelo capitalismo, pois foi somente nos países capitalistas que os sindicalizados conquistaram vantagens para os trabalhadores. Será que os sindicalistas comunistas ignoram que, nos países capitalistas os trabalhadores gozam de liberdade e ganham, geralmente, mais de CEM vezes o que ganha um operário cubano, por exemplo? É imperdoável tamanha ignorância! Ao pregar a subversão comunista, os idiotas estão cavando o próprio túmulo!

Será que eles não se lembram que foi o sindicato polonês Solidariedade que deu o golpe de misericórdia no colapso do Império Soviético? Comunismo e sindicatos são totalmente incompatíveis.

PROLETÁRIOS: A grande maioria dos operários acredita na balela comunista da “ditadura do proletariado”. No entanto, respondam: quando aconteceu isso? Resposta: nunca! Na união soviética ocorreu a ditadura dos burocratas corruptos, que gozavam de privilégios de casta, enquanto os operários eram mandados para trabalhar nos gulags, campos de trabalho escravo na Sibéria. Havia milhares de gulags! Metade dos escravos morria por maus tratos, de fome, de frio (até sessenta graus abaixo de zero), ou então levava uma bala na nuca. E ninguém se importava com isso.

Nos gulags, as mulheres trabalhavam mais que cavalos, segundo o Coronel Danzig Baldaiev, que fez cerca de duzentos desenhos para demonstrar o horror dos gulags. Eram submetidas a trabalho tão pesado que seus úteros saiam para fora e eram forçadas a continuar a trabalhar, com os úteros dependurados. Em TODOS os regimes coletivistas, como o socialismo e o comunismo, os indivíduos não têm nenhum valor.

Na construção do canal do Rio Volga até Moscou os badalados proletários eram empurrados, junto aos carrinhos de concreto, para preencher o espaço das formas. Na Sibéria existe até hoje uma “estrada dos ossos”, pavimentada com os ossos dos operários que a construíam, que morriam como moscas e eram substituídos imediatamente, para fornecer mais ossos. Nos gulags, segundo Baldaiev, os escravos proletários que trabalhavam bem ganhavam um pão inteiro para alimentar-se durante cada dia. Os outros, ganhavam meio pão. Comunismo é isso! Não é opinião. É fato histórico!




















Segundo Soljenítsen, que foi um relutante hóspede dos gulags por oito anos, Stálin, que pregava a balela da “ditadura do proletariado”, mandou para os campos de trabalho escravo cerca de sessenta e cinco milhões de cidadãos, a grande maioria proletários. As cidades soviéticas, por ordem do monstro Stálin, tinham cotas mensais de “inimigos do Estado” para mandar para os gulags. Somente o de Vorkuta, por exemplo, tinha quatrocentos mil escravos, segundo John Noble, que foi escravo do soviéticos por mais de nove anos. Lula da Silva, que se considera formado em “sindicalismo”, será que sabe disto? Será este o “novo mundo possível” que os comunistas pregam?

Será que os operários comunistas brasileiros sabem que Fidel Castro, depois que perdeu as esmolas do finado império soviético, abriu o mercado para hotéis europeus, nas belas praias da ilha, onde trabalham muitos empregados cubanos? Entretanto, quem recebe os salários, em dólares, é o vetusto ditador sanguinário do Caribe que, depois, distribui esmolas para os escravos cubanos e fica com o grosso do dinheiro? Isto é o que eu chamo apropriação da mais-valia. O resto é conversa para boi dormir. Além de assassino, o barbudo é mau caráter mesmo! E o José Dirceu chorou, ao abraçá-lo... Devia chorar pelas oitenta mil vítimas do assassino Fidel Castro.

Os gulags são a maior prova do fracasso do comunismo. Lênin aprendeu logo que o comunismo fracassara e tentou voltar para o capitalismo, como a China, Cuba e Vietnã estão fazendo hoje, porém morreu, e o sanguinário Stálin usurpou o poder. Ele também percebeu o fracasso do socialismo mas, para não recorrer ao capitalismo, instaurou o terrorismo de Estado, sendo responsável pelo extermínio de cerca de sessenta milhões de soviéticos, nos expurgos e nos gulags—mais que todas as perdas, de todos os países, na Segunda Guerra Mundial, a mais terrível de todos os tempos.

Mesmo assim, alguns perfeitos idiotas de esquerda, especialmente políticos, ainda veneram o açougueiro Stálin, e exibem sua efígie nas paredes de seus gabinetes de subversão comunista, subvencionados por nosso dinheiro. Saddam Hussein também decorava as paredes de seus palácios com imagens do monstro, e Hítler era seu grande admirador. Poucos dias antes de morrer, o demente nazista, comparando-se a Stálin, desabafou: “No final de contas, a gente se arrepende de ter sido tão generoso... ” (Paul Johnson, Tempos Modernos).

PADRES CATÓLICOS: Talvez sejam os maiores idiotas. Quase todo os padres católicos converteram-se à estupidez comunista e fazem pregação marxista até nas missas. Como podem ser tão idiotas? Não sabem que os países comunistas são ateus por dever de Estado? Tão logo o comunismo acabar de ser instalado, os padres poderão escolher entre uma bala na nuca ou a forca. Ou ir para os gulags. Quanto às igrejas, como fizeram na União Soviética, serão transformadas em mictórios públicos.

Uma escritora russa, Tania Khodkevitch, cumpriu dez anos de trabalhos forçados nos gulags só porque ousou dizer: “Na União Soviética é permitido rezar, contanto que só Deus ouça nossas preces” (Soljenítsen).

Leonardo Boff e Frei Betto, certamente seriam eliminados de pronto, para não falarem asneiras, como, por exemplo, comparar o suave São Francisco de Assis ao assassino che Guevara, o carrasco mor de Fidel, o tal que matava com ternura...

JORNALISTAS: Praticamente cem por cento dos jornalistas brasileiros são de esquerda. Tanto mais que, se não fossem, não teriam espaço na mídia, com pouquíssimas exceções. São mais que idiotas. São suicidas intelectuais porque, quando o comunismo acabar de ser implantado no Brasil (está por pouco) eles serão ainda mais patrulhados e só poderão escrever o que o partido mandar. Poderão até aposentar seus cérebros, pois não precisarão mais deles. Breve serão substituídos por robôs, que trabalharão na base do “copiar” e “colar”!

Conforme denunciou o Professor Olavo de Carvalho (que já freqüentou os porões dos subversivos vermelhos) há cerca de dez anos a CUT tinha cerca de oitocentos jornalistas em sua folha de pagamento, não só para escrever as idiotices de sempre como, principalmente, para filtrar matérias que denunciassem as intenções sinistras dos bolchevistas tupiniquins. Funcionou! Os retrógrados estão no poder!

Quando uma vaga se abre em algum jornal ou emissora de TV, são os sindicatos comunistas que indicam o jornalista para preencher a vaga. Jornalistas que não sejam lacaios dos canhotos podem procurar outra profissão, pois as portas do jornalismo estão fechadas para eles.

Um amigo, comunista da gema, informou-me que o PT já tem um departamento, assessorado por uma equipe de advogados de alto nível, para processar todos jornalistas e articulistas que derem margem para tanto. Isto é só o começo! É o embrião da KGB tropical!

Oportunamente voltaremos ao assunto, relacionando outras levas de idiotas que se deixam levar pelo tsunami vermelho que, lamentavelmente, se abate sobre os idiotas da América Latrina.

PENSAMENTO DO DIA: “Ouvi dizer que, na América do Sul ainda existem comunistas, o que eu acho um charme. Como se nada tivesse acontecido!” Doris Lessing, no livro “The Sweetest Dream”, sobre os ideais frustados de sua geração com as utopias fracassadas do socialismo.
Huascar Terra do Vale


Ensaísta e advogado. Dedica-se a estudos nas áreas da filosofia, história, arqueologia, linguística, semântica geral, psicologia, psicanálise, cosmogonia, cosmologia, etologia e sociobiologia. É colunista do site Mídia sem Máscara. É autor das obras "Hino à Liberdade" e "Tratado de Economia Profana". Entre seu material inédito, constam as obras "Sociedade da Desconfiança", "Trincheiras do Iluminismo", "A Treatise on Profane Religion", "The Twilight of Gods" e "Jesus, from Abraham to Marx".
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A Bruxinha Legal







































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Achegada de Uribe na Venezuela



















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Salvando as Farc

















Estranguladas pelo Exército, odiadas pelo povo colombiano, reduzidas a um décimo de seu contingente e, por fim, desmoralizadas pelo resgate espetacular de 15 reféns, as Farc estão seguindo o manual de instruções e fazendo exatamente o que a guerrilha brasileira fez em circunstâncias idênticas: partiram para o gerenciamento de danos e tentam desesperadamente transformar a derrota militar em vitória política.

Se bem-sucedida, essa operação terá sido, no fim das contas, o triunfo mais espetacular que a gangue poderia ter desejado. Todos os clássicos da guerra revolucionária explicam que guerrilhas não têm por alvo derrotar o adversário no campo de batalha, mas forçá-lo a aceitar exigências políticas. Esse é o único objetivo a que podem aspirar e a única razão de ser da sua existência – e, para isso, a derrota militar pode ser ainda melhor do que a vitória. O exemplo do Vietnã ainda está na memória de todos, mas não precisamos ir buscar tão longe: nosso governo atual não é outra coisa senão as guerrilhas dos anos 60-70 transfiguradas em poder político pelas boas graças da anistia.

Não é, pois, de estranhar que, sob pretextos humanitários de uma hipocrisia abjeta, os apelos à desmobilização das Farc em nome da "luta pacífica" se espalhem por toda parte com a simultaneidade e xemplar de uma orquestra bem afinada.

Quem soa a nota dominante é, como não poderia deixar de ser, o senhor presidente da República. Fingindo pena dos reféns mantidos em cativeiro e um ardente desejo de "paz", ele sugere que as Farc abandonem a luta armada e sigam o exemplo do seu partido.

Para uma organização que matou 30 mil pessoas e manteve 3 mil seqüestrados presos em condições subhumanas durante quase uma década, ser de repente admitida como partido político e automaticamente anistiada de todos os seus crimes é mais do que um presente generoso: é a vitória perfeita, a realização integral dos seus sonhos mais lindos.

Que o senhor presidente da República venha a colaborar tão solicitamente para a realização desses sonhos é nada mais do que natural: durante 16 anos, como fundador e chefe do Foro de São Paulo, ele sentou-se à mesa com os líderes da narcoguerrilha e de outras organizações criminosas, traçando com elas a estratégia unificada da esquerda latino-americana para a conquista do poder total no continente. O princípio mais elementar e óbvio dessa estratégia não poderia deixar de ser a articulação dialética da violência armada com o esforço de organização política, ora convergindo, ora fingindo opor-se – e ludibriando a todos, enfim, pela alternância feliz da intimidação e da sedução.

A gratidão que as Farc têm por Lula e por seu partido expressou-se da maneira mais eloqüente na mensagem que enviaram a eles na última assembléia do Foro, em 2007, onde se derramavam em louvores a ambos por terem resgatado do perigo de extinção o movimento comunista na América Latina. Com seu pronunciamento recente, o senhor presidente da República não faz senão dar continuidade à sua obra salvadora, que chegará ao seu ponto culminante no momento em que uma infinidade de crimes hediondos for premiada com a anistia geral e a elevação dos delinqüentes à posição de governantes legais. Governantes que, decorrido algum tempo, poderão então, com toda a calma, serenamente, metodicamente, ir destruindo um por um aqueles que os anistiaram, exatamente como faz hoje a guerrilha brasileira.

Ao senhor presidente pouco interessa que, entre as vítimas das Farc, estejam os funcionários da nossa embaixada feitos em pedaços pelo atentado à bomba ali praticado em 1993, os milhões de crianças brasileiras levadas à autodestruição pelas drogas que as Farc distribuem no país, ou os nossos concidadãos mortos a tiros, nas ruas, por quadrilheiros locais que as Farc armaram e treinaram. Tudo o que lhe interessa é assegurar um futuro brilhante para aqueles seus companheiros de militância – assassinos, seqüestradores e narcotraficantes.

Fonte: http://jbonline.terra.com.br/editorias/pais/papel/2008/07/10/pais20080710006.html


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10/07/2008

A República Departamentalista do Brasil






















Artigo de Thomas Korontai, em 10/07/2008.
Já faz muito tempo que não se pode dizer que o Brasil seja um país com modelo federativo. Talvez nunca tenha sido, de verdade. A Constituição de 1891, tida como a mais federalista de todas, garantiu a sua própria substituição ao estabelecer o voto direto para eleição do Presidente da República, sem seguir a experiência norte-americana, da distritalização.

Permitiu-se que cada estado até pudesse ter seu próprio senado, como nos EUA, mas deixou-se de providenciar uma das mais importantes cláusulas que garantiria o equilíbrio federativo, a distritalização do voto, conferindo peso eleitoral/populacional para cada estado. Aliás, isso é “vendido” no Brasil de forma tão errada que realmente pouca gente compreende como funciona o sistema.

Por conta disso, os estados com maior densidade eleitoral – São Paulo, Minas e Rio – tinham a preferência por seus candidatos, em acordos políticos que foram sendo estendidos, a cada eleição, para os demais estados. Esses acordos foram gerando e/ou reforçando as oligarquias regionais, desvirtuando completamente o sentido de um federalismo pleno de autonomias responsáveis.

O Brasil tinha estados autônomos, de certa forma, mas o coronelismo foi incentivado e permanece até os dias de hoje, graças às moedas de troca de um modelo cada vez mais centralizador. Getulio Vargas, gaúcho, o que é um paradoxo ao trio citado, deu um basta no modelo de autonomias oligárquicas queimando as bandeiras estaduais em praça pública e centralizou a Nação no Rio de Janeiro, mantendo-se como ditador por vários anos. Não cabe aqui discutir a percepção do momento daquela época, mas não há como se discordar que efeitos sempre têm causas. Se o Brasil tivesse adotado o modelo distritalizado de votos na Constituição de 1891, simplesmente copiando o consagrado e funcional modelo norte-americano, que é bastante justo como se provou claramente nas últimas primárias, quando todas as previsões davam Hillary Clinton como vencedora, certamente Vargas não poderia ter feito o que fez. Talvez sequer tivesse chegado ao poder.

E assim, caminhou-se sem mais se conseguir encontrar o rumo do federalismo. Os Estados Unidos do Brasil passaram a ser República Federativa do Brasil, ainda em 1967, e desde então, por força da ditadura e seu planejamento central, temos o modelo redistributivo, implantado com boa intenção, mas que vem se provando cada vez mais inoportuno, corrupto, injusto, clientelista, além de eliminar por quase completo o princípio federativo.

O sistema redistributivo consolidou-se com o FPE – Fundo de Participação dos Estados – e FPM – Fundo de Participação dos Municípios. E consagrou o que afirmo acima. Os números não mentem:


ARRECADAÇÃO FEDERAL X FPE
Em 2007, o governo central arrecadou 448.884 milhões em impostos federais, e distribuiu 32.010 milhões a título de Fundo de Participação dos Estados.

Por Regiões:
Região . . . . . . . . . . Contribuição . . . . . . . . Participação
Nordeste . . . . . . . . . . . . . 5,42 % . . . . . . . . . . 52,46 %
Norte . . . . . . . . . . . . . . . . 1,95 % . . . . . . . . . . 21,03 %
Centro-Oeste . . . . . . . . 10,67 % . . . . . . . . . . 11,51 %
Sudeste . . . . . . . . . . . . . 71,14 % . . . . . . . . . . . 8,48 %
Sul . . . . . . . . . . . . . . . . . 11,22 % . . . . . . . . . . . 6,52 %


O FPM – Fundo de Participação dos Municípios :
Participação nas transferências de recursos federais, nos primeiros quatro meses deste ano, para algumas capitais:
Fortaleza ................. R$ 140,14 milhões
Salvador .................. R$ 109,90 milhões
Belém ......................R$ 78,47 milhões
Recife ......................R$ 78,47 milhões
Maceió ....................R$ 70,07 milhões
São Luiz .................. R$ 70,07 milhões
Curitiba .................. R$ 45,40 milhões
Porto Alegre ........... R$ 35,31 milhões
São Paulo ............... R$ 33,63 milhões
Florianópolis ...........R$ 17,93 milhões.
(Fonte: jornal O Estado do Paraná, 10/06/2008)


Não se trata de discutir quem merece mais ou menos. Esse é o erro. Discutir migalhas não leva a nada, exceto a mais corrupção, clientelismo, etc.. O que está errado é exatamente o modelo redistributivista. É isso que deve acabar. Junto com o modelo de eleição do Presidente da República pelo voto direto.

Para se compreender melhor porque afirmo isso, basta juntar distribuição de recursos centralizados + acordos políticos= eleição presidencial. É como se fosse a Velha República, de roupa nova, pois agora, os governadores estão anulados e os prefeitos é que estão valorizados, eles sequer vão aos governadores para que os atendam em suas demandas. Vão direto à Brasília.

Há até prefeitos que “colaboram” de forma mais aberta ainda, como em Belo Horizonte, com uniformes de funcionários de obras públicas (estatais) portando o símbolo “PAC” e “Brasil para todos”. Uma boa forma de “agradecer” as verbas recebidas de Brasília, recém suspensa por um juiz eleitoral.

Cada cidade deve produzir seus próprios recursos. Não há desculpa. Mas as cidades não podem ser forçadas a manterem modelos de administração por força de uma Constituição Federal mal formulada e unitarista. A liberdade de modelo e gestão da administração local é que trará a responsabilidade local.

São apenas algumas situações relatadas neste artigo, relacionadas a dinheiro, poder, modelo eleitoral e responsabilidade, e que dão o tom unitarista, criando grandes perigos à democracia, ainda tão tênue e desconhecida no Brasil. Não será surpresa se o Brasil, além de mandatos presidenciais indefinidos, passar a ter nova denominação: República Departamentalista do Brasil.





Publicado originalmente em Instituto Federalista
IF


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Relacionamento Íntimo





















É fato sabido que as relações íntimas, maritais, coabitacionais ou de namoro são, por vezes, pautadas pela presença de algum tipo de disfunção e, não raro, de abuso franco. De fato, em outra página dissemos que “existem relações amorosas claudicantes, onde a pessoa que ama não deseja apenas o outro, mas deseja também o desejo do outro, o sentimento do outro e tudo o que possa estar ocorrendo na intimidade psíquica do outro. Diante da impossibilidade de nos apossarmos do sentimento alheio, a pessoa que ama sofre, pois o outro pode não estar sentindo aquilo que se deseja que sinta, pode não estar pensando justamente aquilo que se deseja que pense.


Na medida em que as pretensões de controle sobre os sentimentos da pessoa amada não são contidas, não são ponderadamente refreadas, surge uma imperiosa inclinação para a posse, para o domínio da pessoa amada.” (Complicações do Amor)

O abuso no relacionamento interpessoal íntimo tem efeitos danosos marcantes na qualidade de vida, na saúde física e emocional. Tem sido freqüente o comportamento abusivo no relacionamento íntimo, com prevalência variada em diversos países e através de alguns tipos de abuso, como por exemplo, abusos físico, sexual e psicológico.

Entre os estudos e reflexões sobre o comportamento abusivo na vida íntima e/ou conjugal existe a teoria da vinculação afetiva na infância, enfatizando o impacto da qualidade das relações familiares e o impacto de eventuais abusos sofridos durante a infância, os quais, por sua vez, interfeririam na qualidade do relacionamento com o companheiro na idade adulta.

Incidência acima do que se suspeita
A incidência desse tipo de comportamento abusivo se comprova alta, acima do que se suspeita, e é mais comum no início da idade adulta (Bachman, 1995), sendo o grupo que mais apresenta comportamento violento dos 19 aos 29 anos de idade.

Incidência de comportamento abusivo no relacionamento íntimo é um dado difícil de se pesquisar, notadamento porque existe uma tendência a ocultar esse tipo de comportamento dos demais. Na maioria das vezes o relacionamento não se desfaz porque o companheiro(a) não abusivo(a) insiste em acreditar que, de uma hora para outra, mediante amor, carinho, complacência e tolerância, haverá uma grande mudança na personalidade do outro, que passará a ser a pessoa ideal.

Os aspectos sobre prevalência desses casos são baseados no trabalho de Carla Paiva e Bárbara Figueiredo, do Departamento de Psicologia da Universidade do Minho, publicado na revista Psicologia, Saúde & Doenças (2003). Afirmam que em 1981, pela primeira vez foi referido que 21% dos estudantes pré-universitários vivenciaram um ou mais atos de agressão física em suas relações com o(a) companheiro(a). (Makepeace). Estima-se que 4 milhões de mulheres norte-americanas são vítimas de algum tipo de agressão séria por parte do companheiro por ano, destas, cerca de 1 milhão são vítimas de violência física não fatal (Rush, 2000).

Segundo Carla Paiva e Bárbara Figueiredo, no ano de 1996 as estatísticas oficiais norte-americanas mostraram que 1,5 milhões de mulheres e 834.700 homens sofreram abuso físico ou sexual por parte do(a) companheiro(a). Em 1998, cerca de 1.830 homicídios foram atribuídos ao companheiro, sendo que 3/4 das vítimas são mulheres (Rennison, 2000). Entre os anos de 1993 e 1998, cerca de 2/3 das vítimas de abuso pelo companheiro referem seqüelas físicas, enquanto que 1/3 reporta apenas ameaças ou tentativas de violência.

Outro fato bastante conhecido das pesquisas e das entidades que prestam assistência à esse tipo de problema, é que a maioria das vítimas de abuso pelo(a) companheiro(a) não procura
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Relacionamento conjugal / Síndrome do Comportamento
























Dos variados problemas que afetam a vida conjugal, destaca-se, neste artigo, a precariedade do vínculo afetivo. Ele nasce na formação da personalidade, na infância. Caso a pessoa não tenha formado um grau satisfatório de vínculo, encontrará dificuldades posteriormente nas relações que mantiver. Por força do encanto exercido no período de namoro entre duas pessoas, vários comportamentos ficam ocultos. Na rotina do relacionamento eles emergem, incluindo a dificuldade de manter o vínculo afetivo, causando a Síndrome do Comportamento de Hospedagem. Ela vai distanciando o casal através de comportamentos independentes ao extremo. A pessoa exerce os papéis cotidianos normalmente, todavia, demonstra frieza e comporta-se como um hóspede dentro de casa. Neste caso, especificamente, a precariedade vincular é a causadora deste comportamento, visto ser difícil para o seu portador manter um contato afetivo que ele próprio não pode oferecer. A tendência da síndrome é gerar um conflito pessoal e, conseqüentemente, no casal, que pode acabar se separando. A conversa conjugal é capaz de abrir a primeira porta para a identificação desta síndrome, bem como buscar ajuda especializada, objetivando a melhora pessoal e uma vida conjugal qualitativa com psicoterapia.


Palavras-chave: incompatibilidade, vínculo afetivo, separação, maturidade e psicoterapia.



Quando as dificuldades no relacionamento humano são percebidas, um termo usual para definir estas circunstâncias é a "incompatibilidade de gênios". Segundo Michaelis (2000) o termo incompatibilidade quer dizer: Qualidade de incompatível, que, a seu turno é: Que não pode existir juntamente com outro ou outrem. Ainda, que não pode harmonizar-se. E, gênio, significa: Espírito benigno ou maligno que acompanha a pessoa desde o nascimento até a morte. Ou, modo de ser de cada pessoa.
Nas relações humanas, sobretudo na vida conjugal, observam-se comportamentos variados. Inicialmente, evidencia-se o poder do envolvimento e o êxtase exercido pela atração das partes que se conhecem. Conforme Moraes (2003) escolhemos os nossos pares pelo comportamento aparente. E, aquilo que queremos para nós depositamos nesse outro. Durante o período de namoro não nos permitimos ver, realmente, quem ele é. Com a chegada da rotina no relacionamento torna-se possível conhecer a pessoa como ela é de verdade. Então, começam a surgir os problemas, haja vista o fato de iniciar-se uma intolerância com relação aos defeitos do outro.

Há uma considerável lista de fatores que contribuem para as dificuldades conjugais. Dificuldades financeiras, diferenças de educação, formação profissional, estilo de vida e objetivos (ambição, posição social, etc). Problemas sexuais: da ordem orgânica e psíquica. Infidelidade. Itens pertinentes à estética: beleza física, idade, etc. Nascimento de filhos ou a sua saída de casa com a maioridade. Questões relacionadas à personalidade tais como a introversão (presente em pessoas mais reservadas) e extroversão (presente em pessoas que se expõem mais socialmente) e problemas psicológicos. Diferenças de credo e fé.

Alguns itens desta relação de componentes desfavorecedores na relação a dois, inversamente, pode servir de complemento para determinados casais. Deste ponto de vista, têm-se pontos favoráveis e complementares na relação. Ou seja, não há uma regra universal para determinar quais são os fatores que levam a separação de casais. Contudo, a vontade de se cuidar para o outro e tentar compreendê-lo estimula o interesse pela união.

Existe uma complexidade em se entender o ser humano individualmente, quanto mais na relação com o outro. Podemos classificar algumas situações de separação de casais ao empregar termos generalistas como a incompatibilidade de gênios ou as dificuldades sociais comuns. Entretanto, o que será descrito a partir deste ponto é sobre a estrutura de personalidade e seus problemas, relacionada à formação de apego afetivo.

Desde bem pequenos os seres humanos têm a necessidade de cuidados por parte de outrem. Durante o período de formação da personalidade existem algumas circunstâncias fundamentais a serem desenvolvidas. O vínculo afetivo é um elemento primordial nesta categoria. Ele é básico. Do latim, vinculum: atadura, laço, aquilo que une.


Veja sobre o Vínculo Afetivo na coluna ao lado
Maturana e Rezepka (1999) ressaltam a dinâmica emocional que envolve as pessoas, fazendo-as preservar a dinâmica relacional amorosa da infância na vida adulta como referência a respeito das transformações corporais e relacionais, resultando no ser humano que somos.

Ao observar os conceitos sobre o vínculo afetivo, bem como as suas implicações no ser humano, é possível prospectar formas favoráveis e desfavoráveis de relacionamento ao longo da vida. Se a formação da personalidade de uma pessoa contar com a existência de um vínculo precário, torna-se incompatível a existência de um relacionamento conjugal. Em relatos clínicos obtêm-se históricos onde o marido ou a esposa não tiveram essa formação vincular com os seus pais. Posteriormente, na vida a dois, encontram dificuldades em manter o relacionamento por falta desta condição vincular.

Muitos obstáculos nas relações humanas estão ligados a esta precariedade de vínculo. O casal não consegue perceber este tipo de deficiência em seu relacionamento. Focaliza os problemas em outras questões, ou ainda, prefere nem tocar no assunto. Há casos em que ignora a possibilidade de lançar mão de uma psicoterapia. E, existem situações em que a resistência impera. Fato comum é dizer que não se precisa de tratamento algum, pois que as dificuldades são de outra ordem. Todavia, perde-se a chance de resolver na causa os efeitos de uma convivência difícil.

Nestes casos, especificamente, onde houve uma deficiência na formação de vínculo e as decorrências comprometem os relacionamentos subseqüentes, denominar-se-á Síndrome do Comportamento de Hospedagem ou SCH.

No relacionamento de um casal onde há a presença da SCH, quando entra na rotina da convivência, faz surgir um novo tipo de comportamento. Ele é extremamente prejudicial. A pessoa age, inconscientemente, de forma semelhante a um
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ESTADO POLICIAL



















Vamos protestar contra as suspeitas de uso político da Polícia Federal enquanto é tempo


"De novo, é um quadro de 'espetacularização' das prisões; isso é evidente e dificilmente compatível com o Estado de Direito." (Gilmar Mendes, presidente do STF)


Em mais uma mega-operação midiática, a Polícia Federal prendeu o banqueiro Daniel Dantas, o ex-prefeito Celso Pitta e o especulador Naji Nahas, entre outros. No trio mais famoso, não há santo, e não pretendo defendê-los com esse artigo. No entanto, é preciso defender o Estado de Direito, a liberdade individual, e para isso se faz necessário criticar a atuação policial. Muitos aplaudem a “eficiência” da Polícia Federal sob o governo Lula. Não posso compartilhar desses aplausos. Afinal, onde estão os quarenta quadrilheiros do “mensalão” liderado pelo PT? Por que José Dirceu e Luiz Eduardo Greenhalgh não foram presos nem filmados com algemas também? Por que não vemos a mesma postura da polícia quando se trata dos petistas envolvidos em infindáveis esquemas criminosos? Lembram que a polícia nem mesmo queria mostrar a montanha de dinheiro apreendida com petistas “aloprados” para a compra do dossiê contra o PSDB paulista? O uso de dois pesos e duas medidas é contrário ao conceito de império da lei. O uso político da polícia é um dos maiores riscos para a liberdade.


Os acusados que foram presos, não obstante os indícios de culpa em várias das acusações, não representam ameaça imediata à segurança dos cidadãos, possuem residência fixa e têm direito de responder em processo judicial. Por que o uso de algemas na operação, que contou com participação da mídia logo no começo da manhã, já devidamente escalada? O Ministro da Justiça, Tarso Genro, mencionou algo sobre a função de “educação” dessa forma de atuar da polícia. Que educação exatamente? Aquela que ensina sobre a máxima de que os amigos do rei recebem tudo, e seus inimigos enfrentam a lei? Por que foi negada a prisão dos petistas também acusados pelo Ministério Público no mesmo esquema? A Polícia Federal vai merecer aplausos somente no dia em que atuar de forma claramente isonômica e transparente, sem levantar suspeitas de que sofre a influência política do governo e sem parecer mais preocupada com o show na mídia do que com os resultados concretos de seus atos.


Muitas pessoas podem parabenizar a operação “Satiagraha” por comemorar que ricos também são presos. Não deveria ser um bom motivo para aplausos. Ricos ou pobres, não importa, deveriam obedecer as mesmas leis. Há muita impunidade no país, inclusive para pobres. O foco deve ser a redução da impunidade, ponto. Mas isso levanta outro problema também: o excesso de leis absurdas em nosso código penal. O governo transforma quase todo mundo em “criminoso”, pela quantidade e qualidade assustadoras das nossas leis. Qualquer empresário, grande ou pequeno, sabe das enormes dificuldades de atender todas as demandas legais nesse manicômio tributário chamado Brasil. São tantas dificuldades criadas pelas leis, que várias facilidades acabam sendo vendidas ilegalmente pelas autoridades depois. Devemos lembrar que todos aqueles que trabalham sem carteira assinada, por exemplo, estão fugindo da legalidade. Isso representa quase a metade da nossa mão-de-obra! A sonegação muda apenas de magnitude com o crescimento das empresas, mas o ato é o mesmo em sua essência, assim como a prostituta que cobra R$ 30 pelo sexo não é menos prostituta que aquela que cobra R$ 500. Está mais do que na hora de questionar se boa parte do problema não está no próprio governo e suas leis absurdas.


Digo isso não para defender esses acusados em particular, pois como já comentei, não há santo ali. O nome de Daniel Dantas já apareceu em vários escândalos antigos, e onde há tanta fumaça costuma haver fogo também. Celso Pitta é outro que apresenta vários indícios de culpa também. Meu ponto é outro. Minha preocupação é de mais longo prazo. Uma tática bastante manjada de governos autoritários sempre foi colocar todos os cidadãos como reféns do governo, de alguma forma na ilegalidade, para depois obter controle total sobre suas vidas. Os empresários sempre foram um alvo preferido, e o apoio de um público dominado pelo ranço marxista, que enxerga exploração na troca voluntária entre capital e trabalho, aumenta drasticamente os riscos de abuso do governo.


O caso russo é bom para ilustrar os perigos da mistura entre polícia e governo. Todos os oligarcas e demais empresários carregavam alguma mancha no currículo, até porque a herança socialista fez com que os bem relacionados conseguissem aproveitar uma onda de privatizações feitas às pressas, para evitar o retorno comunista. No entanto, Putin resolveu destruir apenas alguns oligarcas: aqueles que não aceitaram se curvar diante de seu poder político, colocar a mídia como veículo de propaganda estatal ou permanecer fora das disputas eleitorais. Foi assim que Gusinsky e Berezovosky tiveram que fugir para não acabarem presos, destino que Khodorkovsky não conseguiu evitar. Putin passou a controlar a mídia toda e concentrou muito poder nas mãos, transformando a Rússia praticamente numa ditadura velada. Poucos ousam desafiar o governo publicamente agora. Sabem muito bem qual o resultado disso.


Vale aqui citar um trecho do poema Despertar é Preciso, do russo Vladimir Maiakóvski:


“Na primeira noite eles aproximam-se e colhem uma Flor do nosso jardim e não dizemos nada. Na segunda noite, Já não se escondem; pisam as flores, matam o nosso cão, e não dizemos nada. Até que um dia o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a lua e, conhecendo o nosso medo, arranca-nos a voz da garganta. E porque não dissemos nada, já não podemos dizer nada.”


E para não deixar dúvidas quanto à mensagem, segue o poema First They Came..., atribuído ao pastor luterano Martin Niemöller:


“Primeiro, os nazistas vieram buscar os comunistas, mas, como eu não era comunista, eu me calei. Depois, vieram buscar os judeus, mas, como eu não era judeu, eu não protestei. Então, vieram buscar os sindicalistas, mas, como eu não era sindicalista, eu me calei. Então, eles vieram buscar os católicos e, como eu era protestante, eu me calei. Então, quando vieram me buscar... Já não restava ninguém para protestar.”


Vamos protestar contra as suspeitas de uso político da Polícia Federal enquanto é tempo. Não para defender esses que foram presos na mais recente operação espetacular, pois eles provavelmente merecem ser punidos, o que caberá à Justiça decidir. Mas sim para preservar o Estado de Direito, a garantia de todo cidadão contra o próprio governo arbitrário, o império das leis isonômicas, enfim.

Rodrigo Constantino
Economista formado pela PUC-RJ, com MBA de Finanças no IBMEC, trabalha no mercado financeiro desde 1997, como analista de empresas e depois administrador de portfolio. Autor de dois livros: Prisioneiros da Liberdade, e Estrela Cadente: As Contradições e Trapalhadas do PT, pela editora Soler. Está lançando o terceiro livro sobre as idéias de Ayn Rand, pela Documenta Histórica Editora. Membro fundador do Instituto Millenium. Articulista nos sites Diego Casagrande e Ratio pro Libertas, assim como para os Institutos Millenium e Liberal. Escreve para a Revista Voto-RS também. Possui um blog para a divulgação de seus artigos
Site: http://rodrigoconstantino.blogspot.com


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A FILOSOFIA DO CHACRINHA
























Este é o nono artigo duma série sobre o papel dos intelectuais no processo de subversão que está levando o Brasil à degradação moral, à desintegração social, à perda da soberania e à fragmentação territorial. Já vimos, nos artigos anteriores, que esse processo de destruição é causado e conduzido por uma máfia cujas origens e focos de reprodução e proliferação são as grandes universidades. Verificamos também que essa mesma classe vem atuando na subversão política, com altos e baixos e sob diversas denominações e pretextos, desde o século 18. Foram eles os principais fatores do movimento comunista; mas logo se desiludiram ao perceber que os regimes socialistas ou social-democráticos do século 20 eram essencialmente tecnocráticos. Dominados por engenheiros, economistas e militares, esses regimes não davam espaço para a classe dos intelectuais militantes, a qual provém, quase sempre, das áreas de letras, humanas e sociais.


Em homenagem à FFLCH-USP, também conhecida como Fefeleche, adotamos, à falta de denominação mais adequada, o apodo de fefeleches para essa poderosa e influente categoria de indivíduos.


Vimos que já na década de 1930 os fefeleches, desiludidos com o marxismo clássico, tomaram duas providências fundamentais para não repetir o grande erro (para eles que caíram do cavalo, é claro) da revolução russa: mudar de estratégia e adotar outra ideologia mais segura e adequada aos seus interesses. A nova estratégia foi elaborada por Gramsci, e a nova ideologia, o pós-modernismo, teve origem na Escola de Frankfurt. No artigo anterior cometi a temeridade de prometer que explicaría aos leitores o que é o pós-modernismo.


Sinto muito, caros leitores: menti. Além de não ter competência em filosofia, linguística, antropologia, semiótica, sociologia, artes visuais, comunicações, física, matemática, lógica simbólica, história, literatura e outros conhecimentos necessários à tarefa, existe outra barreira que, para mim, parece intransponível: o pós-modernismo foi bolado com o propósito de escapar a todas as explicações ou classificações.


Ai de quem tentar entender os pós-modernos estudando suas idéias. Terá de ler e ler por muitos anos com pouca probabilidade de chegar a conclusão. Além da passagem por Hegel, Marx, Lênin, Trótsqui e Gramsci, terá de mergulhar em Freud e seus derivados (Reich, Lacan, Wallon e outros), passar pela Escola de Frankfurt (Fromm, Adorno, Habermas, Horkheimer, Marcuse, etc.) cuja leitura exigiria estudos prévios de filosofia, semântica, semiótica e outras complicações. Saindo da Alemanha, o candidato terá de enfrentar um batalhão de franceses do tipo Sartre, Merleau-Ponty, Roland Barthes, Bourdieu, etc., mais outros como Derrida, Althusser, Foucault, Lyotard, Baudrillard, Jameson, Deleuze, Guattari, etc. Tudo isso sem esquecer os antropólogos (tais como Lévy-Strauss ou Franz Boas e suas duas boasetes, as falsárias Mead e Benedict), mais sociólogos, críticos literários e uma multidão de romancistas, poetas, teatrólogos, historiadores, cientistas políticos, feministas e agitadores de toda a espécie.


Se o freguês conseguir transpor os obstáculos sem ensandecer no caminho, é provável que chegue ao fim mais confuso do que no começo. Isso, porque esses sábios não buscam a verdade nem respeitam os fatos: seu objetivo, ainda que não tenham consciência disso, é criar argumentos e sofismas para justificar reivindicações de poder, para si e para a classe dos fefeleches.
Além disso, a pessoa que estudar o “pós-modernismo” com o honesto fim de entendê-lo, sem intenção prévia de aderir à doutrina, perderá tempo inutilmente, tanto quanto alguém que viaje de Ilhéus a Salvador via Buenos Aires. Ao enumerar as leituras acima, tem-se a impressão de que os iniciados são sapientíssimos eruditos, o que não é verdade. Quase todos, quando procuram essa formação, já estão convertidos e só empreendem os estudos para confirmar uma doutrina que convém a seus interesses e condiz com sua natureza. Para poupar esforço, recebem apostilas e manuais onde superficialmente aprendem o jargão e os obscurantismos necessários à inte-gração na comunidade ativis-ta que controla as universidades e os meios ditos “culturais” e, mais importante, as conseguintes verbas, bolsas, cátedras, cargos e títulos, mais os empregos nas ongues, na mídia e na política.


Por isso acredito que, em vez de tentar desemaranhar o cipoal de teorias, é mais simples proceder como os malandros brasileiros da velha guarda, quando não entendiam a conversa de alguém nas rodas de botequim e perguntavam: qual é a tua? Essa pergunta resolve tudo porque demonstra que o malandro não está disposto a se deixar enrolar pelos parangolés do outro e exige uma explicação direta e compreensível de suas intenções.
Analisando as teorias “pós-modernas” segundo a metodologia dos malandros, o mistério se desvanece, pois fica evidente que todos os seus argumentos não passam de pretextos para reivindicar poder e influência.


Um exemplo dessa manipulação doutrinária: a parte mais complicada da doutrina “pós-moderna” trata da teoria do conhecimento. Baseados em interpretação primária e superficial do princípio da incerteza de Heisenberg, os “pós-modernos” decretaram a falência das ciências exatas. Em lugar do raciocínio, propõem a “imaginação” e demonstram que os métodos das ciências exatas não são exatos nem melhores do que a intuição ou os devaneios de qualquer pessoa. Quem quiser contestá-los terá muito trabalho por nada, pois os “pós-modernos” retrucarão que tudo o que o opositor falou foi dito numa certa linguagem, e toda a linguagem é formada de significantes que só têm significado em referência a outros significantes arbitraria e subjetivamente evocados pelo ouvinte; de modo que tudo o que se diz tem um nexo para quem diz, mas tem outro para quem ouve, de modo que os nexos não têm nexo. A linguagem não corresponde à realidade – que, aliás, não existe, mas é socialmente construída – e ninguém pode provar nada por intermédio dela; e como também não é possível dizer nada sem ela, fica provado que não se pode provar nada. Assim, não existe a ciência positiva, já que não pode ser afirmada nem negada. Indo mais fundo, conclui-se que não há proposições a que se possa atribuir valor lógico, ou seja, afirmar que são verdadeiras ou falsas. Logo, não existe lógica. Mas também não é possível provar que a lógica não existe porque tal prova se faz na mesma linguagem que, como vimos, não diz nada. Assim, a lógica não existe, mas, ao contrário, também pode existir, pois não se pode afirmar que não existe sem admitir que existe. E tanto faz. Não estou brincando: o negócio é assim mesmo.


O filósofo inglês Malcom Bradbury publicou uma sátira a essas teses “pós-modernas”. É a biografia do grande autor francês Mensonge que, tendo nascido, não existiu, mas em compensação viveu e foi autor de vários livros, embora nunca tenha escrito nenhum. Morando em Paris, onde não residia, Mensonge tinha grande influência sobre ninguém: e isto o tornava famoso em lugar nenhum, por suas opiniões radicais sobre nada, que, no entanto, abrangiam tudo, e muito ao contrário.


Eis o problema: discutir. Quem quer que discuta com os “pós-modernos” estará caindo em sua arapuca, pois é assim que eles, como as antigas sereias, envolvem os incautos, levando-os para o único terreno onde têm “superioridade”. Melhor é usar o método direto e entender que seus ataques contra a ciência e a lógica não passam de meios para um fim político: desmoralizar as ciências exatas. Para que? Para conquistar espaço dentro dos campi universitários, tirando o poder e o prestígio de seus rivais, os acadêmicos de engenharia, medicina e ciências exatas. Entendendo qual é a deles, pode-se evitar entrar na deles.


O “pós-modernismo” domina a vida social, não só no Brasil, mas em grande parte do mundo. A imprensa, as universidades, as artes e a política estão sob controle de intelectuais, políticos e agentes “pós-modernos”. Nesse quadro geral, as Forças Armadas se transformaram em anomalia, uma ilha de idéias “tradicionais” num mar “pós-moderno”. Como representam a força do Estado em sua última instância, é natural que sejam o maior estorvo aos projetos políticos da intelectualidade “pós-moderna”. E é de se esperar que essa gente tenha urgência em subverter ou até em liquidar as Forças Armadas.


Falando nisso, vem-nos à mente um exemplo de solução militar para problemas, digamos, filosóficos. É a famosa anedota de Alexandre da Macedônia e o Nó Górdio. Era um nó complicadíssimo, num lugar público duma cidade da Frígia. Diziam os oráculos que só conquistaria a Ásia o general que fosse capaz de desatá-lo. Muitos entraram nessa conversa e se desmoralizaram ao tentar, inutilmente, desfazer o emaranhado. Quando desafiaram Alexandre a fazê-lo, ele percebeu o engodo e, tomando a espada, cortou-o dum só golpe. Em seguida, conquistou a Ásia.
Quem tiver ouvidos, ouça.


* A. C. Portinari Greggio
Economista, ex-aluno da
Escola Preparatória de Cadetes de São Paulo
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