FILHO DE LULA COMPRA FAZENDA NA REGIÃO DE ARAÇATUBA POR 47 MILHÕES. Vocês sabiam que o filho do presidente Lula, o Lulinha, que há 05 anos era subempregado do zoológico em São Paulo, acabou de comprar a fazenda Fortaleza (de porteira fechada) localizada às margens da rodovia Marechal Rondon, município de Valparaíso-SP, de propriedade do sr. José Carlos Prata Cunha, um dos maiores produtores de boi Nelore do Brasil, pela simples bagatela de R$ 47.000.000,00 (quarenta e sete milhões de reais), e a imprensa, nada divulgou!!!! Como isso é possível? Nada contra o pecuarista que é muito conhecido no meio, mas onde o Lulinha arrumou esta grana toda? Como ele é inteligente, né? Quase um novo Bill Gates!!! De um salário de R$ 1.500,00, para 47 Milhões. Igual, só o Bill Gates mesmo, que façanha. Vamos fazer a nossa parte. Denunciem! Obs:. Esssa fazenda do Lulinha é a primeira a receber o Certificado de Exportação para Europa. Que coinscidência né!!!
19/07/2008
Valparaíso
Author: Roça
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Fazenda valparaiso,
José Carlos Prata Cunha,
lulinha,
zoológico
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FILHO DE LULA COMPRA FAZENDA NA REGIÃO DE ARAÇATUBA POR 47 MILHÕES. Vocês sabiam que o filho do presidente Lula, o Lulinha, que há 05 anos era subempregado do zoológico em São Paulo, acabou de comprar a fazenda Fortaleza (de porteira fechada) localizada às margens da rodovia Marechal Rondon, município de Valparaíso-SP, de propriedade do sr. José Carlos Prata Cunha, um dos maiores produtores de boi Nelore do Brasil, pela simples bagatela de R$ 47.000.000,00 (quarenta e sete milhões de reais), e a imprensa, nada divulgou!!!! Como isso é possível? Nada contra o pecuarista que é muito conhecido no meio, mas onde o Lulinha arrumou esta grana toda? Como ele é inteligente, né? Quase um novo Bill Gates!!! De um salário de R$ 1.500,00, para 47 Milhões. Igual, só o Bill Gates mesmo, que façanha. Vamos fazer a nossa parte. Denunciem! Obs:. Esssa fazenda do Lulinha é a primeira a receber o Certificado de Exportação para Europa. Que coinscidência né!!!
Alucinações e Delírios
Author: Roça
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ALUCINAÇÕES,
Alucinações Auditivas,
ALUCINAÇÕES ONIRÓIDES,
AUTOMATISMO MENTAL,
SONORIZAÇÃO DO PENSAMENTO,
ZOOPSIAS
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Sendo a percepção da alucinação de origem interna, emancipada de todas variáveis que podem acompanhar os estímulos ambientais (iluminação, acuidade sensorial, etc.), um objeto alucinado muitas vezes é percebido mais nitidamente que os objetos reais de fato.
Tudo que pode ser percebido pode também ser alucinado e isso ocorre, imaginativamente, com maior liberdade de associações de formas e objetos. Na alucinação, por exemplo, um leão pode aparecer de asas, ou um caracol que cavalga um ouriço. O indivíduo que alucina pode ter percebido isoladamente cada umas das formas e, mentalmente, combinado umas com as outras.
As alucinações podem manifestar-se também através de qualquer um dos cinco sentidos, sendo as mais freqüentes as auditivas e visuais. O fenômeno alucinatório tem conotação muito mais mórbida que a Ilusão, sendo normalmente associado à estados psicóticos que ultrapassam a simplicidade de um engano dos sentidos. Na Alucinação o envolvimento psíquico é muito mais contundente que nos estados necessários à Ilusão.
1- Alucinações Auditivas
Alucinação é a percepção real de um objeto inexistente, ou seja, são percepções sem um estímulo externo. Dizemos que a percepção é real, tendo em vista a convicção inabalável da pessoa que alucina em relação ao objeto alucinado. Sendo a percepção da alucinação de origem interna, emancipada de todas as variáveis que podem acompanhar os estímulos ambientais (iluminação, acuidade sensorial, etc.), um objeto alucinado muitas vezes é percebido mais nitidamente que os objetos reais de fato.
Tudo que pode ser percebido pelos 5 sentidos (audição, visão, tato, olfato e gustação) pode também ser alucinado. As alucinações sempre aproveitam o material consciente conhecido do pacientes. Na alucinação, por exemplo, um leão pode aparecer de asas, ou um caracol que cavalga um ouriço. O indivíduo que alucina deve ter percebido isoladamente cada um dos objetos e, mentalmente, combina uns com os outros.
Embora as alucinações possam manifestar-se através de qualquer um dos cinco sentidos, as mais freqüentes são as auditivas e visuais.
Como as mais freqüentes, podem aparecer sob forma de sons inespecíficos, tais como chiados, zumbidos, ruídos de sinos, roncos, assobios, ou vozes, as quais podem ter as mais variadas características: diálogos entre mais de um interlocutor, comentários sobre atos do paciente, críticas sobre a pessoa que alucina, podem ainda, por outro lado, proferir injúrias e difamações, comunicar informações fantásticas, sonorizar o pensamento do próprio paciente ou de terceiros. Na idéia do paciente tais vozes podem ser provenientes do além, do sobrenatural, dos demônios ou de Deus, etc.
O fenômeno de perceber uma voz que não existe (percepção de objeto inexistente) é a Alucinação propriamente dita e, interpretá-la como sendo a voz do demônio, de Deus, dos espíritos mortos ou uma audição telepática já faz parte do DELÍRIO. Este, freqüentemente, acompanha a Alucinação. Ouvir vozes faz parte da sensopercepção e atribuir a elas algum significado faz parte do pensamento, cujos distúrbios veremos adiante.
Algumas vezes as vozes alucinadas podem determinar ordens ao paciente, o qual as obedece mesmo contra sua vontade. Diante desta situação, de obediência compulsória às ordens ditadas por vozes alucinadas, chamamos de AUTOMATISMO MENTAL. Esta situação oferece alguma periculosidade, já que, quase sempre, as ordens proferidas são eticamente condenáveis ou socialmente desaconselháveis.
Normalmente, a Alucinação Auditiva é recebida pelo paciente com muita ansiedade e contrariedade pois, na maioria das vezes, o conteúdo de tais vozes é desabonador, acusatório, infame e caluniador. Quando elas ditam antecipadamente as atitudes do paciente falamos em SONORIZAÇÃO DO PENSAMENTO, como se ele pensasse em voz alta ou como se alguma voz estivesse permanentemente comentando todos seus atos: " lá vai ele lavar as mãos", "lá vai ele ligar a televisão" e assim por diante.
2 - Alucinações Visuais
São percepções visuais, como vimos, de objetos que não existem, tão claras e intensas que dificilmente são removíveis pela argumentação lógica. Mesmo o paciente referindo ter visto apenas vultos, tais vultos são muito fielmente percebidos, portanto são reais para a pessoa que os percebe. O objeto alucinado pode não ter uma forma específica: clarões, chamas, raios, vultos, sombras, etc, ou têm formas definidas, tais como pessoas, monstros, demônios, animais, santos, anjos, bruxas.
Há determinadas ocasiões onde o transtorno Visual alucinatório adquire a consistência de uma cena, uma situação como, por exemplo, ver uma carruagem passando pela paciente e dela descer um príncipe. Neste caso falamos em ALUCINAÇÕES ONIRÓIDES, como se transcorresse num sonhar acordado. No Delirium Tremens do alcoolista, por exemplo, as Alucinações Visuais tem uma temática predominantemente de bichos e animais peçonhentos (cobras, aranhas, percevejos, jacarés, lagartos) e, neste caso, damos o sugestivo nome de ZOOPSIAS, promovedoras de grande ansiedade e apreensão.
Nas situações onde o paciente se vê fora de seu próprio corpo falamos em ALUCINAÇÕES AUTOSCÓPICAS e, quando ele consegue ver cenas e objetos fora de seu campo sensorial, como enxergar do lado de fora da parede, teremos as ALUCINAÇÕES EXTRA-CAMPINAS.
O conteúdo das alucinações é extremamente variável, porém, guarda sempre uma íntima relação com a bagagem cultural do paciente que alucina. Não é possível alucinar com alguma coisa que não faça parte do mundo psíquico do paciente. Um físico nuclear pode alucinar com um certo brilho atômico a revestir seus inimigos, enquanto um cidadão menos diferenciado, com um espírito do morto a rondar sua casa, ambos porém, independentemente do nível sócio-cultural têm a mesma probabilidade de alucinar. A sofisticação e exuberância do material alucinado dependerá da bagagem cultural de quem alucina mas não interfere na valorização semiológica do fenômeno.
3 - Alucinações Táteis
A percepção de estímulos táteis sem que exista o objeto correspondente é observada principalmente nas psicoses tóxicas e nas psicoses delirantes crônicas, como veremos
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Ciúme Patológico
Author: Roça
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infidelidade masculina,
relacionamento interpessoal,
Transtornos de Personalidade
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Em questões de ciúme, a linha divisória entre imaginação, fantasia, crença e certeza freqüentemente se torna vaga e imprecisa. No ciúme as dúvidas podem se transformar em idéias supervalorizadas ou francamente delirantes. Depois das idéias de ciúme, a pessoa é compelida à verificação compulsória de suas dúvidas. O(a) ciumento(a) verifica se a pessoa está onde e com quem disse que estaria, abre correspondências, ouve telefonemas, examina bolsos, bolsas, carteiras, recibos, roupas íntimas, segue o companheiro(a), contrata detetives particulares, etc. Toda essa tentativa de aliviar sentimentos, além de reconhecidamente ridícula até pelo próprio ciumento, não ameniza o mal estar da dúvida.
Entre absurdos e ridículos, há o caso de uma paciente portadora de Ciúme Patológico que marcava o pênis do marido assinando-o no início do dia com uma caneta e verificava a marca desse sinal no final do dia (Wright, 1994). Mais absurda ainda é a história de outro paciente, com ciúme obsessivo, que chegava a examinar as fezes da namorada, procurando possíveis restos de bilhetes engolidos (Torres, 1999).
Os ciumentos estão em constante busca de evidências e confissões que confirmem suas suspeitas mas, ainda que confirmada pelo(a) companheiro(a), essa inquisição permanente traz mais dúvidas ainda ao invés de paz. Depois da capitulação, a confissão do companheiro(a) nunca é suficientemente detalhada ou fidedigna e tudo volta à torturante inquisição anterior.
Os portadores de Ciúme Patológico comumente realizam visitas ou telefonemas de surpresa em casa ou no trabalho para confirmar suas suspeitas. Os companheiros(as) desses pacientes vivem dissimulando elogios e presentes recebidos ou omitindo fatos e informações na tentativa de minimizar os graves problemas de ciúme, mas geralmente agravam ainda mais.
O que aparece no Ciúme Patológico é um grande desejo de controle total sobre os sentimentos e comportamentos do companheiro(a). Há ainda preocupações excessivas sobre relacionamentos anteriores, as quais podem ocorrer como pensamentos repetitivos, imagens intrusivas e ruminações sem fim sobre fatos passados e seus detalhes.
O Ciúme Patológico é um problema importante para a psiquiatria, que envolve riscos e sofrimentos, podendo ocorrer em diversos transtornos mentais. Na psicopatologia o ciúme pode se apresentar de formas distintas, tais como idéias obsessivas, idéias prevalentes ou idéias delirantes sobre a infidelidade. No Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC), o ciúme surge como uma obsessão, normalmente associada a rituais de verificação.
Ciúme - conceito
O ciúme é uma emoção humana extremamente comum, senão universal, podendo ser difícil a distinção entre ciúme normal e patológico(1). Na verdade, pouco se sabe sobre experiências e comportamentos associados ao ciúme na população geral, mas num estudo populacional, todos os entrevistados (100%) responderam positivamente a uma pergunta indicativa de ciúme, embora menos de 10% reconheceu que este sentimento acarretava problemas no relacionamento (Mullen, 1994).
Ciúme seria um conjunto de emoções desencadeadas por sentimentos de alguma ameaça à estabilidade ou qualidade de um relacionamento íntimo valorizado. As definições de ciúme são muitas, tendo em comum três elementos:
1) ser uma reação frente a uma ameaça percebida;
2) haver um rival real ou imaginário e;
3) a reação visa eliminar os riscos da perda do objeto amado.
A maneira como o ciúme é visto tem variações importantes nas diferentes culturas e épocas. Assim, no século XIV relacionava-se à paixão, devoção e zelo, à necessidade de preservar algo importante, sem conotações pejorativas de possessividade e desconfiança.
Nas sociedades monogâmicas o ciúme se associa à honra e moral, sendo até um instrumento de proteção da família, talvez um imperativo biológico ou uma adaptação à necessidade de ciência da paternidade. Até bem pouco tempo atrás, dava-se grande ênfase à fidelidade feminina, enquanto a infidelidade masculina era mais bem aceita. Mesmo em tempos modernos, atribui-se um papel positivo a alguma manifestação ciúme, considerando-o um sinal de amor e cuidado.
O conceito de Ciúme Mórbido ou Patológico compreende vários sentimentos perturbadores, desproporcionais e absurdos, os quais determinam comportamentos inaceitáveis ou bizarros. Esses sentimentos envolveriam um medo desproporcional de perder o parceiro(a) para um(a) rival, desconfiança excessiva e infundada, gerando significativo prejuízo no relacionamento interpessoal.
Alguns autores não consideram fundamental para o diagnóstico a crença superestimada da infidelidade, sendo mais importante o medo da perda do outro, ou do espaço afetivo ocupado na vida deste, para outros a base do Ciúme Patológico estaria em seu aspecto absurdo, na sua irracionalidade, e não em seu caráter excessivo (Mooney, 1965).
Em psiquiatria o Ciúme Patológico aparece como sintoma de diversos quadros, desde nos Transtornos de Personalidade até em doenças francas. Enquanto o ciúme normal seria transitório, específico e baseado em fatos reais, o Ciúme Patológico seria uma preocupação infundada, absurda e emancipada do contexto. Enquanto
CONTINUA...
ZORRA TOTAL
Se a corrupção no Brasil tem uma longa história, a ponto de se tornar um elemento cultural, uma visão de mundo que permeia a sociedade de alto a baixo, tudo indica que agora chegamos ao clímax dessa mazela que, na verdade, se constitui um dos empecilhos ao nosso desenvolvimento.
O mais recente escândalo, que envolve figuras da cúpula política e econômica, e está presente no caso do banqueiro Daniel Valente Dantas, desnuda a zorra total em que se converteu o mais alto comando do país e é indicativo do grau de imoralidade pública a que se chegou. Se bem que os negócios escusos já tinham suas ramificações em governos anteriores, estão bastante acentuados desde 2003 e viriam à luz se não fossem abafados pelo Executivo.
Afinal, o caso Dantas ficou rente ao promissor Lulinha que, para orgulho de seu pai está tendo uma carreira, digamos, “empresarial” vertiginosa. Colou de forma inconveniente no companheiro mais chegado do presidente da República, seu chefe de gabinete Gilberto de Carvalho. Chegou perto demais do braço direito de Sua Excelência, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, indicada, pelo menos por enquanto pelo próprio Lula da Silva para sucedê-lo. Mostrou ligações perigosas com o ainda poderoso José Dirceu. Envolveu outros devotados colaboradores do presidente e do governo do PT, entre os quais, o dedicado compadre Roberto Teixeira, o ex-deputado federal petista Luiz Eduardo Greenhalg, o ex-ministro Luiz Gushiken, o colaborador do PT Marcos Valério, o exótico ministro Mangabeira Unger, sem falar em deputados, senadores, personalidades, empresas.
Para manter as aparências éticas, que o PT gostava de ostentar no passado, o presidente Lula da Silva apareceu diante de câmaras e microfones para dar um carão no delegado Protógenes Queiroz, responsável pelas prisões do banqueiro. Protógenes foi afastado do caso pela PF, ou seja, em última instância pelo próprio governo, mas Lula da Silva chamou Protógenes de mentiroso e disse que moralmente ele tinha que permanecer no cargo. Mais um espetáculo da política, é claro.
A bem da verdade, a prisão de Dantas, algemado, efetuada de modo espetacular e devidamente televisionada, e de mais dezesseis pessoas, entre elas, Naji Nahas e o ex-prefeito de São Paulo, Celso Pitta teve lances de Estado Policialesco. Parece que o delegado reconheceu seus erros e exageros, mas supôs que não seria defenestrado.
O problema, porém, não se circunscreve ás trapalhadas do delegado ou a inconveniência do processo para a classe dominante. A questão mais grave está na crise sem precedentes que o caso gerou no Judiciário, algo que num país sério teria outros desdobramentos.
Dantas foi preso e solto duas vezes em uma semana, o que fez com que a Operação da polícia, denominada de Satiagraha, fosse jocosamente denominada de solta e agarra. O banqueiro foi solto por hábeas corpus concedidos pelo presidente do STF, Gilmar Mendes, que considerou a prisão, da forma como foi feita, ilegal. Tal ato desencadeou contra o ministro reações de repúdio da parte de juízes, que se solidarizaram com o juiz Fausto Martins De Sanctis que mandara prender Dantas duas vezes, e de promotores, sendo que chegou a ser aventada a idéia de impeachment do presidente do STF. Mas enquanto o caso se desenrola no vai vem do prende e solta cabe indagar o que significa tudo isso.
Será que houve apenas o legitimo anseio de cumprir a lei, da parte do delegado e do juiz? Mas se isso é verdade, por que nenhum petista envolvido foi preso?
Será que tudo não passa de manobra política para fortalecer ainda mais o Executivo e destruir o Judiciário? Afinal, a rebelião de juízes e promotores contra a instância máxima da Justiça significa a quebra total da hierarquia e o achincalhamento do STF.
Será que tudo não passou de uma ação mirabolante de um delegado que se compraz na luta de classes e combate os ricos para dar à sociedade aquele delicioso prazer da vingança contra os poderosos?
Será que foi uma manobra de Tarso Genro, ministro da Justiça, para tomar o lugar da mãe do PAC na próxima disputa presidencial?
Seja lá o que for o caso demonstra que há um perfeito conluio entre o poder político e econômico. Mas se perguntado ao simples cidadão o que ele acha sobre esse fragoroso escândalo, provavelmente ele responderá não tem conhecimento ou entendimento do que está se passando.
Além do mais, no nível de degradação moral a que chegamos, o brasileiro comum é aquele que diz que não devolveria dinheiro alheio se encontrasse, que aceita por qualquer pagamento ser laranja, que gosta mesmo é de ligar a TV e assistir um jogo do Corinthias. O brasileiro seja rico ou pobre é fácil de comprar, pois está sempre em liquidação.
Neste contexto a maioria se compraz na adorável zorra total, misto de circo e máfia que faz as delícias dos poderosos e dos bagrinhos espertos que sabem achacar pedindo: “Dá dois pau ai pra mim, ô meu”.
Ofício Proibido
Como os jornais têm de sair com um certo número de páginas haja notícias ou não, e como o artifício das receitas de bolo e trechos dos Lusíadas era de aplicabilidade limitada, o remédio foi dar destaque exagerado a dois tipos de matérias que antes ocupavam lugares modestos na hierarquia editorial: as notícias de economia e as denúncias de corrupção. Eram o que sobrava de mais apolítico à disposição de um ofício que é político por natureza. Para mim, redator de economia, a transição foi vantajosa. Meus relatos infinitamente tediosos sobre o preço dos pãezinhos e o índice de inflação, que normalmente vegetavam em obscuras páginas internas, vieram para a capa do jornal e às vezes até deram manchetes. Os repórteres políticos, coitados, tinham um orgasmo cada vez que descobriam algum desvio de verba numa prefeitura do interior, e orgasmos múltiplos quando o envolvido no caso era superior a chefe de gabinete.
A ditadura acabou em 1988, mas os critérios jornalísticos então adotados continuaram em plena vigência, ainda que com signo invertido. O que aparece como noticiário político é só a fachada oficial, complementada pelas análises econômicas e casos de corrupção. A luta ideológica, as estratégias de longo prazo, a distribuição real do poder – tudo isso permanece desaparecido como se houvesse um censor dentro de cada redação. Na eleição presidencial de 2002, nem um único jornal deu sinal de notar o fenômeno extraordinário da uniformidade ideológica entre os quatro candidatos, pelo menos três dos quais previamente atados pelo compromisso de fidelidade mútua no quadro do Foro de São Paulo. Exatamente como nos “anos de chumbo”, a missão do jornalismo não era mostrar os fatos, mas produzir uma reconfortante sensação de normalidade para encobri-los. A existência do eixo Lula-Castro-Chávez, hoje abundantemente comprovada, só vazou um pouquinho por pressão da mídia internacional, mas, para a tranqüilidade geral da nação, logo sumiu sob um bombardeio de chacotas forçadas. Quanto ao Foro de São Paulo e às conexões do PT com as Farc, só repetindo o Figaro de Mozart: Il resto non dico, già ogniuno lo sà.
Mas nem tudo no jornalismo atual é igual àqueles tempos. Em primeiro lugar, o número e a relevância das notícias sonegadas ao público – praticamente todos os acontecimentos decivos para o destino de um continente inteiro – não se comparam às miudezas, de importância meramente local e tática, que então foram suprimidas. Em segundo, a maioria da classe era contra aquele antijornalismo imposto. Hoje ela o pratica por vontade própria, alegremente, mal suportando que o critiquem. Em terceiro, os generais nunca acharam que denunciar corruptos ou noticiar fracassos econômicos fosse conspiração, subversão, extremismo de esquerda. Não só permitiam que falássemos dessas coisas livremente, mas até nos agradeciam, por julgar que com isso contribuíamos para a boa administração do Estado. Hoje, mesmo os jornais que mais servilmente se adaptaram às circunstâncias são abertamente acusados de subversivos, de golpistas, de extremistas de direita, cada vez que pegam um alto funcionário levando propina ou anunciam a volta da inflação. A margem de tolerância para com o exercício do jornalismo diminuiu muito, mas só percebem isso os velhos profissionais que já sentiram o gosto da liberdade. As gerações mais novas não notam nada de anormal, pois nunca viram jornalismo de verdade.
O de Carvalho
Publicado pelo Jornal do Brasil em 17/07/2008
O Poder Presciente da Matemática
Por que a matemática é uma ferramenta tão efetiva para descrever o modo como o mundo físico funciona? Muitas pessoas vêem isto como um mistério profundo e referem-se à "eficiência irracional" da matemática em descrever o Universo conhecido. Mas Bruno Augenstein, do RAND, em Santa Mônica, Califórnia, inverteu este argumento. Ele diz que a verdade é que os físicos são capazes de achar uma contraparte no mundo real para qualquer conceito matemático, e sugere que físicos espertos "deveriam ser aconselhados a procurar de forma "deliberada e habitual" modelos físicos de estruturas matemáticas já descobertas".
Uma pessoa que pode ter se beneficiado de tal conselho foi Albert Einstein. Ele chegou à sua teoria geral da relatividade em 1915 por um caminho tortuoso. Mas uma segunda olhada revela que sua descrição matemática da forma como o espaço-tempo se curva e dobra na presença de matéria é precisamente equivalente às equações desenvolvidas por matemáticos do século XIX para descrever geometrias hipotéticas alternativas à familiar geometria Euclidiana de planos (ver New Scientist, 2 de janeiro de 1993, "Pay Attention Albert Einstein"). Augenstein cita isto como um exemplo onde um trabalho em matemática pura parece ter antecipado uma constatação subseqüentemente achada na teoria física -- e ele encontrou um exemplo ainda mais dramático deste processo.
Em 1924, dois matemáticos publicaram um documento relativo ao que Augenstein chama "um ramo um pouco surrealista da teoria dos conjuntos", denominado os Teoremas de Banach-Tarski (BTT) em honra deles (S. Banach e A. Tarski, Fundamenta Mathematica, vol 6 p 244). BTT é uma derivação totalmente bizarra da matemática que envolve o que é conhecido como decomposição. Deixando a matemática de lado e expressando alguns dos resultados fundamentais em termos vívidos, Augenstein diz que é possível provar matematicamente que "você pode cortar um corpo sólido A, de qualquer tamanho finito e forma arbitrária, em um número m de pedaços que, sem qualquer alteração, podem ser reagrupados em um corpo sólido B, também de qualquer tamanho finito e forma arbitrária". [NdoT: Isso não é um erro de tradução. Banach e Tarski realmente demonstraram que um sólido pode ser decomposto e reagrupado para formar qualquer outro sólido arbitrário, desde que ambos sejam finitos. E isso não se refere apenas à superfície dos sólidos mas também ao seu volume. Chamado também de paradoxo de Banach-Tarski, a prova do teorema deriva do axioma de escolha. Desta forma, em tese é possível cortar uma bola de tênis e reagrupar as peças em uma esfera do tamanho do Sol. "Basta" para isso que a matéria seja infinitamente divisível.]
Surreal de fato -- mas tão geral que é de pouco valor prático. Assim ele tomou uma versão específica deste comportamento que lida com esferas sólidas. Em particular, uma esfera sólida com raio unitário pode ser cortada em cinco pedaços de tal forma que dois dos pedaços podem ser reagrupados em uma esfera sólida com raio unitário, enquanto os outros três pedaços são reagrupados em uma segunda esfera sólida com raio unitário. Estes são os números mínimos de pedaços exigidos para fazer o truque, mas ele pode ser repetido indefinidamente -- e talvez os leitores familiares com a física de partículas moderna possam adivinhar o que vem a seguir. Em um trabalho que será publicado em Speculations in Science and Technology [Especulações em Ciência e Tecnologia] (o qual, apesar do título, é um jornal científico sério), Augenstein mostra que as regras que governam o comportamento destes conjuntos e sub-conjuntos matemáticos são formalmente exatamente as mesmas que as regras que descrevem o comportamento de quarks e "glúons" no modelo padrão de física de partículas, a cromodinâmica quântica (QCD), que foi desenvolvida nos anos setenta.
A QCD foi desenvolvida meio século depois que o documento BTT original apareceu, mas os físicos que desenvolveram o modelo padrão não conheciam nada sobre aquela parte surreal da teoria dos conjuntos. Nêutrons e prótons, neste modelo, são compostos de trios de quarks, e os glúons que ligam prótons e nêutrons juntos (equivalentes a fótons na teoria de campo eletromagnética) são feitos de pares de quarks. O modo mágico no qual um próton entrando em um alvo de metal pode produzir um enxame de cópias novas de prótons que emergem daquele alvo, cada um idêntico ao próton original, é descrito precisamente pelo processo BTT de cortar esferas em pedaços e os reagrupar para fazer pares de esferas. A BTT é descrita como "o resultado mais surpreendente da matemática teórica", uma visão que Augenstein endossa. Mas o que tudo isso nos conta sobre a visão de mundo dos físicos? Quão "reais" são entidades como os quarks, e até que ponto eles devem ser considerados simplesmente como modelos artificiais e analogias para nos ajudar a entender o incompreensível mundo subatômico? Andrew Pickering, da Universidade de Edimburgo, argumentou que os físicos são sempre capazes de produzir modelos de como o mundo funciona, dado qualquer conjunto auto-consistente de dados experimentais, e que estes modelos sempre refletem a cultura de sua época.
"Não há dificuldade", ele diz, "para que os cientistas produzam relatos do mundo que acham compreensíveis; dados seus recursos culturais só uma incompetência singular poderia ter evitado que os membros da comunidade [de física de partículas] produzissem uma versão compreensível da realidade a qualquer ponto de sua história" (Constructing Quarks, Edinburgh UP, 1984. p 413). E, ele continua, "dado seu extenso treinamento em técnicas matemáticas sofisticadas, a preponderância da matemática nas descrições da realidade por físicos de partículas não é mais difícil de explicar que a preferência de grupos étnicos por seus respectivos idiomas nativos". Tudo isto vai contra o modo como a maioria dos físicos considera seu ramo, que eles vêem como um processo de descobrir verdades reais sobre o Universo que existem independentemente dos físicos terem ou não as descoberto. É um pensamento perturbador para a maioria dos físicos que toda sua visão de mundo possa ser não mais que uma história Kiplingesca "porque é assim" que fornece uma série de analogias e modelos que nos permitem pensar que entendemos o que acontece dentro de um átomo, mas que são mais um produto de nossas experiências e crenças culturais do que uma indicação de uma realidade subjacente que existe independentemente da sondagem de físicos.
Mas se Augenstein e Pickering tiverem razão, talvez este seja o modo pelo qual deveríamos considerar o mundo. "BTT", diz Augenstein, pode "esclarecer outras grandes questões sobre cognição e aprendizado -- como nós desenvolvemos visões do espaço físico, como nós manipulamos internamente o mundo externo e construímos modelos dele [e] como nós formamos e modificamos convicções". Nada mal para um ramo obscuro da matemática de 70 anos de idade. Aceitar o irrealismo de quarks pode ser um preço pequeno a pagar por tal compreensão de nós mesmos. aqui
Percepção Extra-Sensorial
Author: Roça
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Clarividência,
Percepção Extra-Sensorial,
PES,
Precognição,
Psicocinese,
Telepatia
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As alegações para a PES entram em quatro categorias gerais:
Telepatia -- a consciência de uma pessoa de pensamentos de outrem, sem qualquer comunicação por canais sensoriais normais.
Clarividência -- conhecimento adquirido de um objeto ou evento sem o uso dos sentidos.
Precognição -- conhecimento que uma pessoa pode ter dos pensamentos futuros de outra pessoa, ou de eventos futuros.
Psicocinese -- a habilidade de uma pessoa de influenciar um objeto físico ou um evento, somente pensando sobre ele. (Alguns investigadores consideram a psicocinese como uma parte do psi, mas não estritamente "percepção" extra-sensorial).
A evidência citada para a PES é normalmente anedótica. Porém, às vezes é alegado que testes científicos em instituições de pesquisa respeitadas têm demonstrado de forma conclusiva que a PES existe; ou testes do governo têm provado ela; ou que os russos estão "trabalhando duro" nisto, etc. Às vezes os proponentes citam experiências específicas como tendo confirmado a existência da PES. Na realidade, é a opinião essencialmente unânime de psicólogos que a existência da PES não foi demonstrada. Todas as experiências proceduralmente válidas e reproduzíveis não têm demonstrado a existência da PES.
A inconsistência entre as alegações de PES e o conhecimento científico
Podem ser levantadas perguntas sobre todo aspecto da PES. A existência da habilidade de PES em humanos (ou animais, se for assim) não seria consistente com qualquer coisa que nós sabemos sobre a natureza-- seja do ponto de vista da física ou da fisiologia humana. Consideremos os aspectos fisiológicos primeiro.
Todos os animais superiores mostram a mesma organização fundamental de seus sistemas sensoriais. As células especializadas (neurônios) que formam o sistema nervoso central (SNC) do homem e de outros animais superiores são em si mesmas insensíveis a estímulos sensoriais. Para cada tipo de estímulo importante no ambiente, animais evoluíram órgãos sensoriais altamente especializados. Cada tal órgão do sentido contém células únicas, altamente adaptadas que às vezes são chamadas "transdutoras". Cada estímulo no ambiente envolve um tipo especial de atividade celular. Visão envolve detecção direta de partículas de luz (fótons). Audição envolve detecção direta de movimento de onda organizado de moléculas de ar. Olfato e paladar envolvem detecção direta de formas moleculares. Órgãos sensoriais (olhos, orelhas, nariz) apoiam as células especializadas para detectar fótons, movimento molecular, e formas moleculares diretamente. Estas células geram impulsos que viajam ao longo de fibras nervosas e que são processados então em áreas de troca e codificação intermediárias, alcançando o cérebro finalmente em uma forma que ele pode interpretar.
O próprio cérebro é insensível a informação sensorial. Se uma pessoa abrisse um crânio e expusesse o cérebro vivo à luz, som, calor, cheiros, etc., o cérebro estaria totalmente desavisado da aplicação destes estímulos em seus tecidos. Por razões óbvias, os órgãos sensoriais que contêm as células transdutoras ficam situados na ou perto da superfície do corpo em todos os animais, inclusive humanos. Quando nós aplicamos esta regra universal de natureza sobre entrada de informação no cérebro para alegações de telepatia, nós nos vemos em maus panos de todas as formas. Assuma que o cérebro de uma pessoa irradia algum tipo de "algo" enquanto ela pensa. Como o cérebro de outra pessoa saberia sobre isto? Em nenhuma parte na superfície do corpo há um órgão especializado que parece faltar uma função, e que contém celas transdutoras sensíveis a "forças desconhecidas." Nem, ao contrário do mito popular, há qualquer área grande do cérebro cuja função é desconhecida, e que poderia ser responsável por recepção e interpretação de sinais do órgão de PES hipotético.
Além disso, no curso da evolução muitos tipos de animais desenvolveram sentidos extremamente aguçados de um tipo ou outro (i.e., comparados aos dos seres humanos). Cachorros têm um olfato muito mais altamente desenvolvido que os humanos; falcões e águias, visão mais aguçada; morcegos, uma faixa de audição muito maior, etc. Onde está o animal que tem um sentido PES muito CONTINUA...
18/07/2008
Leis na Banânia
A grande mídia, em especial a Globo, resolveu comprar a tese de que a nova “Lei Seca” resultou em uma queda drástica dos acidentes de trânsito. Em tudo que é jornal se lê que o número de acidentes caiu algo como 20% ou mais depois dos novos limites de bebida impostos pelo governo. Poucos leitores são críticos o suficiente para questionar estes dados. A confusão entre correlação e causalidade costuma enganar muita gente despreparada e leiga em estatística. Quando duas variáveis caminham juntas, não necessariamente uma é causadora do movimento da outra. Para se estabelecer o nexo causal, é preciso o uso da lógica dedutiva. Caso contrário, podemos acabar concluindo que o aumento de médicos é causa do aumento de doenças, já que onde há mais doentes costuma haver mais médicos também. Um imperador chegou a eliminar os médicos em seu país para acabar com as doenças!
Voltando ao caso da queda na taxa de acidentes após a aprovação da nova lei radical, que proíbe praticamente qualquer consumo de álcool pelo motorista, devemos questionar se a causa dessa redução nos acidentes se deve mesmo ao critério mais rigoroso da lei, ou a outros fatores. Um pouco de reflexão logo irá mostrar que faz muito mais sentido creditar o aumento da fiscalização, tanto pela polícia como pela mídia, em vez do novo patamar de álcool permitido. Simplesmente está ocorrendo uma fiscalização bem maior, principalmente porque a mídia está em cima. Afinal, a maioria dos acidentes causados por motoristas embriagados já estava na ilegalidade antes, com a lei anterior. O patamar antigo permitido já era baixo, e o grosso dos acidentes não é causado por motoristas que consomem um copo de cerveja ou uma taça de vinho, e sim por aqueles que estão realmente bêbados, sem condição alguma de conduzir o veículo. Sem falar que muita gente sóbria causa acidentes também, e nem todo imprudente está alcoolizado.
Será que devemos tolher a liberdade da grande maioria de indivíduos responsáveis por conta de uma pequena minoria de irresponsáveis? Não faz mais sentido punir aqueles que de fato colocam os demais em risco, dirigindo de forma claramente ameaçadora? Se este é o objetivo, a lei anterior era totalmente suficiente, e basta fiscalizar melhor. Comemorar a redução dos acidentes como se a causa fosse o maior rigor do limite de álcool é confundir correlação com causalidade.
Dito isso, resta fazer outros dois comentários. Em primeiro lugar, a conseqüência evidente da multa de quase mil reais para quem bebeu qualquer quantidade de álcool foi aumentar a corrupção na polícia, como previsto. Vários casos têm sido relatados de policiais cobrando até R$ 500 para liberar motoristas cujo único “crime” foi ter consumido uma taça de vinho no jantar com a mulher ou um chopp com os amigos. Era inevitável esse resultado, pois se concentrou poder demais nas mãos do agente da lei, e nada como a criação de dificuldades absurdas para a venda de facilidades ilegais. Os taxistas também celebraram a nova lei, e o movimento dos bares e restaurantes, como era de se esperar, caiu bastante. A Associação dos Bares e Restaurantes chegou a entrar na Justiça contra a nova lei. O impacto econômico da lei começa a ser sentido automaticamente, e isso não deve ser ignorado.
Em segundo lugar, é preciso lembrar que os fins não devem justificar quaisquer meios. Se a meta é apenas a redução dos acidentes, independente dos meios utilizados, há mais o que pode ser feito, muito mais radical ainda. Por exemplo: se todos forem impedidos de sair de carro à noite, a quantidade de acidentes irá desabar, sem dúvida. Mas qual terá sido o preço pago, em termos de liberdade individual? No limite, se os carros forem proibidos, acabam os acidentes com carros! Logo, antes de comemorar a redução dos acidentes, seria mais sábio entender as diferenças entre correlação e causalidade, e também refletir mais sobre a perda das liberdades individuais em nome dos resultados utilitaristas. Entendendo melhor essas estatísticas, fica claro que depois que passar essa fase de maior fiscalização, é provável que tudo volte a ser como era antes, à exceção do preço mais elevado da “cervejinha” dos policiais corruptos e da redução da liberdade dos indivíduos responsáveis. Não é proibindo o sofá que se combate o adultério!
http://rodrigoconstantino.blogspot.com
Tabagismo na Adolescência
A descoberta foi feita por pesquisadores da Universidade de Montreal (Canadá) e da Sociedade Canadense do Câncer. O resultado da pesquisa está publicado no site da revista "American Jorunal of Public Health".
Durante cinco anos, um grupo de 319 adolescentes respondeu questionários a cada três meses. Os relatórios mostraram como os jovens se relacionam com o tabaco. Mais de 70% dos adolescentes declararam que gostariam parar de fumar, mas somente 19% deles conseguiram ficar mais de um ano longe do cigarro durante os cinco anos do estudo.
Um dado interessante foi a descoberta de como um adolescente progride dentro do vício. A idade da iniciação fica entre os 12 e 13 anos. Depois da primeira tragada, em média se passam nove meses até que o jovem precise fumar todos os meses. Mais um ano e meio e o cigarro passa a ser semanal na vida desse adolescente. Finalmente, em menos de dois anos, a dependência se torna completa e eles sentem a necessidade de fumar todos os dias.
Se avaliarmos os dois sexos em separado, as meninas são mais pragmáticas. Tentam parar mais vezes e conseguem um índice de sucesso maior do que o meninos. Esses resultados mostram que a legislação que controla o acesso dos jovens ao cigarro deve ser cada vez mais implementada. Além disso, novas estratégias para facilitar o fim do hábito se mostram necessárias.
INTERNET ULTRA RÁPIDA
Cientistas da Universidade de Sydney, na Austrália, desenvolveram um novo chip que permite aumentar a velocidade da internet atual em até 60 vezes. Após quatro anos de desenvolvimento, a equipe apresentou o invento na Conferência de Opto-Eletrônica e Comunicações, no começo de julho, na Austrália.
O coração do sistema é uma chave que consiste em uma pequena ranhura feita sobre um pedaço de vidro. A ranhura funciona como um circuito integrado, direcionando o tráfego de informações pela rede. Utilizando a chamada tecnologia de transmissão via fótons - particula elementar da matéria que constitui a luz -, a chave consegue aumentar a velocidade da passagem da informação por fibras ópticas.
A diferença em relação aos sistemas atuais, explica o pesquisador Ben Eggleton, é que a chave precisa apenas de um picosegundo - ou 0.000000000001 segundo - para ser ativada. Em um segundo, ela pode ligar e desligar, direcionando a informação, um trilhão de vezes.
"Estamos falando em um avanço crítico que pode ser facilmente integrado à estrutura que já existe atualmente", afirma Eggleton, diretor do CUDOS (sigla em inglês para centro de equipamentos de banda ultra-larga para sistemas ópticos), ligado à Universidade de Sydney. "Para o consumidor, não há aumento de custo, mas a velocidade pode subir até cem vezes."
De acordo com Eggleton, o desenvolvimento de uma banda 'ultra-larga' é obrigatório para a evolução da rede. "Em breve, as pessoas vão exigir gratificação instantânea. Quando clicarem em um vídeo, vão querer começar a ver naquele momento, como se fosse televisão".
O chip desenvolvido na Austrália ainda está em fase de testes, e não há previsão de quando a tecnologia passará a ser utilizada comercialmente.
O coração do sistema é uma chave que consiste em uma pequena ranhura feita sobre um pedaço de vidro. A ranhura funciona como um circuito integrado, direcionando o tráfego de informações pela rede. Utilizando a chamada tecnologia de transmissão via fótons - particula elementar da matéria que constitui a luz -, a chave consegue aumentar a velocidade da passagem da informação por fibras ópticas.
A diferença em relação aos sistemas atuais, explica o pesquisador Ben Eggleton, é que a chave precisa apenas de um picosegundo - ou 0.000000000001 segundo - para ser ativada. Em um segundo, ela pode ligar e desligar, direcionando a informação, um trilhão de vezes.
"Estamos falando em um avanço crítico que pode ser facilmente integrado à estrutura que já existe atualmente", afirma Eggleton, diretor do CUDOS (sigla em inglês para centro de equipamentos de banda ultra-larga para sistemas ópticos), ligado à Universidade de Sydney. "Para o consumidor, não há aumento de custo, mas a velocidade pode subir até cem vezes."
De acordo com Eggleton, o desenvolvimento de uma banda 'ultra-larga' é obrigatório para a evolução da rede. "Em breve, as pessoas vão exigir gratificação instantânea. Quando clicarem em um vídeo, vão querer começar a ver naquele momento, como se fosse televisão".
O chip desenvolvido na Austrália ainda está em fase de testes, e não há previsão de quando a tecnologia passará a ser utilizada comercialmente.
17/07/2008
SATISFAÇÃO SEXUAL
2- 2/3 dos entrevistados não acham que têm sexo suficiente e metade acha que falta excitação e variedade em suas vidas sexuais
3- Claro que a maioria está infeliz, somente 58% dos entrevistados falam o que querem (ou não) fazer na cama
4- Essa é em homenagem a alguns amigos solteiros que andam meio devagar... Pessoas com mais de 65 anos continuam fazendo sexo e mais de uma vez por semana. Vocês têm pelo menos a metade disso!
5- As neozelandesas, definitivamente, são minhas heroínas. Somente elas ultrapassam os homens em número de parceiros sexuais (veja post “Turismo sexual”). Em todos os outros países, os homens estão à frente (OK, quantidade nem sempre significa qualidade, eu sei, mas pelo menos elas têm história pra contar...)
6- Destaque para os homossexuais, com uma média de 108 parceiros(realmente, os gays aproveitam a vida)
7- Enquanto uma relação sexual de pessoas casadas (ou que moram juntas) dura, em média, 16 minutos, a dos solteiros dura 22
8- A massagem está no topo das atividades desejadas para dar uma apimentada no sexo (nem acho tudo isso, pra falar a verdade, me dá sono)
9- Os brasileiros são os que mais usam sprays que retardam o orgasmo masculino (nem sabia que existia isso! Onde vende?)
10- Pra finalizar: nossa média anual de relações sexuais é de 82 vezes por ano, o que dá menos de 7 vezes por mês e menos de 2 vezes por semana (zzzzzzzzzzz). Podia ser pior. A dos japoneses é de 34 vezes por ano (estão ocupados cuidando dos tamagochis), e a dos americanos 53 (comendo hambúrgueres). Os ingleses até que me surpreenderam, com 55 relações sexuais por ano
Morrendo pela boca
O problema com Obama é muito simples. Ele força demais no bom-mocismo, a imagem que ele vende é diferente demais da realidade: no empenho desesperado de encobrir a diferença, ele se atrapalha todo e acaba não dizendo coisa-com-coisa.
Numa pesquisa da America Online, que perguntava se Obama é “liberal” (esquerdista), “conservative” ou “flip-flop” (muda de lado a toda hora), 82 por cento dos entrevistados votaram no “flip-flop”. Eu estava online e votei também, mesmo sabendo que as alternâncias dele são só da boca para fora, que por dentro ele continua tão pró-comunista, pró-terrorista e desvairadamente antiamericano quanto Osama bin Laden poderia exigir da mais fiel das suas esposas. Pois a encrenca é exatamente essa: Obama não é autêntico nem na indefinição. John Kerry também mudava de posição toda semana, mas fazia isso porque não tinha mesmo convicção nenhuma, queria só chegar à presidência. Políticos sem convicções não são tão maus quanto parecem. Alguns alcançaram enorme sucesso, fizeram até grandes coisas. Abraham Lincoln só se voltou contra a escravidão quando lhe pareceu conveniente. Franklin Roosevelt não acreditava numa só palavra do que dizia, mas, quando decidia, estava decidido. O nosso Getúlio Vargas morreu sem que ninguém soubesse qual era afinal a ideologia dele; seus discursos eram obras-primas da desconversa universal – mas quem vai negar que ele criou as bases da indústria brasileira? A ausência de convicções, o flip-flop mais desvairado, pode ocultar um pragmatismo saudável. Mas Obama só se faz de pragmático para esconder os compromissos explosivos que o tornam um óbvio inimigo do seu país. E os escondeu tão bem que eles acabaram aparecendo na capa da New Yorker.
Enquanto isso, o velho McCain se faz de inofensivo, só esperando que o adversário morra pela boca. É tática de pobre, mas às vezes funciona. Obama tem 315 milhões de dólares a mais que ele para a campanha. Se torrar tudo em camuflagens, terá obtido o mesmo resultado eleitoral que alcançaria se comprasse 315 milhões de dólares em roupas árabes.
O de Carvalho
OS PILARES DO NAZISMO
Muitos historiadores tentaram explicar o surgimento do nazismo de diferentes formas. O enfoque do economista Mises, no entanto, é bastante peculiar, pois mostra como o nazismo foi um filhote da mentalidade estatizante que dominou o mundo na época, e a Alemanha em particular. O prisma econômico de Mises permite uma abordagem transparente, que desfaz uma das maiores inversões já criadas na história: a idéia de que o nazismo é de “direita” e, portanto, oposto ao socialismo e mais próximo do capitalismo. Socialismo, afinal, trata de um sistema econômico de organização da sociedade, defendendo meios públicos de produção, contra o pilar do capitalismo, que é a propriedade privada. Analisando por este ângulo, fica evidente a proximidade entre nazismo e socialismo, ambos totalmente opostos ao capitalismo de livre mercado.
Quando se fala em nazismo, o anti-semitismo é uma das primeiras características que vem à mente. Mises mostra, no entanto, que esse ódio racial foi apenas um pretexto utilizado pelos nazistas, transformando os judeus em bodes expiatórios. Era impossível diferenciar antropologicamente alemães judeus dos não-judeus. Não existem características raciais exclusivamente judaicas, e o “arianismo” não passava de uma ilusão. As leis nazistas de discriminação contra os judeus não tinham ligação com considerações da raça em si. Eles se uniram aos italianos e japoneses, sem ligação alguma com a “supremacia racial nórdica”, enquanto desprezavam os nórdicos que não simpatizavam com seus planos de domínio mundial. Tantas contradições não incomodavam os “arianos”, pois o racismo não era a causa do movimento, e sim um meio político para seus fins.
Tudo aquilo que representava um empecilho no caminho do poder total era considerado “judeu” pelos nazistas. Apesar de os nacionalistas alemães considerarem o bolchevismo uma criação judaica, isso não os impediu de cooperar com os comunistas alemães contra a República de Weimar, ou de treinar seus guardas de elite nos campos de artilharia e aviação russos entre 1923 e 1933. Também não os impediu de costurar um acordo de cumplicidade política e militar com a União Soviética entre 1939 e 1941. Mesmo assim, a opinião pública defende que o nazismo e o bolchevismo são filosofias implacavelmente opostas. O simples fato de que os dois grupos lutaram um contra o outro não prova que suas filosofias e princípios sejam diferentes. Sempre existiram guerras entre pessoas do mesmo credo ou filosofia. Se a meta for a mesma – o poder – então será natural uma colisão entre ambos. O rei Charles V disse uma vez que estava em pleno acordo com seu primo, o rei da França, pois ambos lutavam contra o outro pelo mesmo objetivo: Milão. Hitler e Stalin miravam no mesmo alvo. Ambos desejavam governar a Polônia, a Ucrânia e os estados bálticos. Além disso, disputavam o mesmo tipo de mentalidade, aqueles desesperados que estão dispostos a sacrificar a liberdade em prol de alguma promessa de segurança. Nada mais normal do que um bater de frente com o outro, quando sustentar o acordo mútuo ficou complicado demais. Não devemos esquecer que os socialistas de diferentes credos sempre lutaram uns contra os outros, e isso não os torna menos socialistas. Stalin não virou menos socialista porque brigou com Trotsky.
Os bolcheviques partiram na frente em termos de conquista de poder, e o sucesso militar de Lênin encorajou tanto Mussolini como Hitler. O fascismo italiano e o nazismo alemão adotaram os métodos políticos da União Soviética. Eles importaram da Rússia o sistema de partido único, a posição privilegiada da polícia secreta, a organização de partidos aliados no exterior para lutar contra seus governos locais e praticar sabotagem e espionagem, a execução e prisão os adversários políticos, os campos de concentração, a punição aos familiares de exilados e os métodos de propaganda. Como Mises disse, a questão não é em quais aspectos ambos os sistemas são parecidos, mas sim em quais eles diferem. O nazismo não rejeita o marxismo porque sua meta é o socialismo, e sim porque ele advoga o internacionalismo. Ambos são anticapitalistas e antiliberais, delegando todo o poder ao governo centralizado e planejador. No nazismo, a propriedade privada não foi abolida de jure, mas foi de faContinue lendo
Uma ova!
Author: Roça
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anarco-capitalismo,
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“A virtude está sempre no meio”. Certamente, o estimado leitor já ouviu ou leu essa frase uma centena de vezes. Trata-se de um dos chavões prediletos da esquerda relativista, usado amiúde para contrapor opiniões e conceitos emitidos por seus opositores ideológicos.
Assim, quando os liberais fazem a defesa de um Estado mínimo, calcados nos direitos individuais elementares e, principalmente, na defesa da mais ampla liberdade possível, os estatólatras – especialmente após a queda do Muro de Berlim e a conseqüente derrocada do dito comunismo real – assumem aquela costumeira postura altiva e cospem o velho jargão: “o mercado não é perfeito e cabe ao Estado corrigir as suas imperfeições”. E, não raro, finalizam com sua sentença símbolo: “não há, no mundo moderno, mais espaço para radicalismos. A experiência mostra que a virtude está sempre no meio”.
Sempre que ouço isso, sabem o que respondo?
“Uma ova! As virtudes – e principalmente as grandes virtudes – quase sempre estão bem longe do meio”.
E, ante o olhar incrédulo do meu interlocutor, desafio:
“Se sua filha estivesse num dilema para escolher entre dois pretendentes. O primeiro, um homem corajoso e fiel; o segundo, um indivíduo meio covarde e infiel. Qual deles você preferiria que ela escolhesse?”
Agora, digamos que você seja um empresário e deseje contratar alguém para trabalhar ao seu lado. Sua preferência recairia sobre um sujeito honesto e trabalhador ou sobre um outro, digamos, desonesto dependendo das circunstâncias e meio preguiçoso?
Entre uma pessoa que diz sempre a verdade e outra que mente só de vez em quando, quem você escolheria como amigo?
Enfim, eu poderia ocupar inúmeras laudas aqui com exemplos que demonstram que as virtudes não estão no meio coisa nenhuma. Muito pelo contrário: na grande maioria dos casos elas estão exatamente nos extremos.
Portanto, esse negócio de dizer que uma mescla das virtudes do liberalismo com o socialismo seria o ideal é papo de gente oportunista. De fato, o capitalismo, para que funcione de modo adequado, precisa de alguns marcos institucionais, dentre os quais alguns precisam ser promovidos pelo Estado – pelo menos até que se invente uma alternativa melhor. Segurança pública, segurança jurídica, respeito aos contratos, defesa da propriedade privada, investimentos em infra-estrutura, etc., são pressupostos básicos para o bom funcionamento de uma economia de mercado. Daí, no entanto, a extrapolar estas funções básicas e requerer cada vez mais interferência do Leviatã em nossas vidas privadas, como querem as viúvas do comunismo, vai uma enorme diferença.
A distância entre os modelos de organização social mais radicais e polares, o anarco-capitalismo e o comunismo absoluto, é enorme, em vários aspectos. O espaço “do meio”, entre eles, portanto, é muito grande e diversificado. Defender que o modelo ideal seja um ponto, “no meio”, sobre a linha intermediária é chover no molhado; engabelar os incautos com frases de efeito que justifiquem suas pretensões sempre totalitárias.
O problema central da economia política está justamente em descobrir onde exatamente se encontra o ponto ideal, ou seja: entre um mercado operando sem a estrutura de um Estado por trás de si e uma superestrutura estatal que suprimisse qualquer vestígio de mercado, onde estará o ponto de eficiência máxima, que concilie os maiores níveis de liberdade possíveis, proteja eficazmente a vida e a propriedade privada, promova o desenvolvimento econômico e – vá lá – garanta um mínimo de dignidade aos “handicapped”?
Por motivos óbvios, é bem possível que este ponto jamais seja cientificamente determinado. Eu, particularmente, tendo a pensar que ele estaria bem mais próximo do anarco-capitalismo do que do comunismo absoluto. Eis aí, a meu ver, o grande dilema. O fato de não podermos prescindir da presença quase sempre nefasta do Estado torna o problema complicado e dá aos estatólatras a possibilidade de impor seus sofismas.
Quem já conseguiu largar algum vício sabe bem do que estou falando. Depois que parei de fumar – e lá se vão 10 anos – jamais coloquei nenhum cigarro na boca, pois tenho certeza de que, no momento em que o fizer, voltarei ao vício. Os Alcoólicos Anônimos (AA) sustentam que um alcoólatra jamais deixa de sê-lo e, portanto, o segredo do sucesso está em não ingerir a primeira dose. Tanto num caso, como no outro, a abstinência só é possível porque não precisamos daqueles produtos para sobreviver e podemos passar uma vida inteira sem jamais ingeri-los.
Mas há uma espécie de vício que é muito mais difícil de tratar. O dos comilões compulsivos, por exemplo. Para estes, o método da abstinência radical não é factível – afinal, ninguém pode viver sem comer. Não dá, simplesmente, para evitar a primeira garfada, o que torna o tratamento muito mais complicado e, em alguns casos, só uma intervenção cirúrgica complicada e perigosa de redução de estômago resolve o problema – pela mutilação física.
O vício dos estatólatras é como o vício dos glutões. Não há como, simplesmente, abandonar o Estado e passar a viver sem ele. É preciso administrar as doses. Para quem não é viciado, a coisa é simples. Inúmeros indivíduos provam que é perfeitamente possível consumir bebidas alcoólicas esporadicamente ou fumar um cigarrinho sem que isso represente um perigo à saúde ou torne-se um vício perigoso.
O problema dos estatólatras é que eles são viciados e, como tais, não conseguem mais viver sem uma mãozinha do Estado. A propensão deles, como a de qualquer viciado compulsivo, é, paulatinamente, querer sempre mais e mais. Como, no fundo, sabem que o seu vício é pernicioso não só a eles mesmos, mas também aos demais, inventam sofismas, desculpas esfarrapadas, para justificá-lo. A mais famosa é esta baboseira segundo a qual “a virtude está sempre no meio”. Uma ova!
Triturador
Author: Roça
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fantasia feminina,
masturbação,
mulher de borracha,
orgasmo,
punheta,
vibrador
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Eu pensava essas coisas graves, quando subitamente me surge uma “serpente” na TV: um reluzente e enorme “vibrador”! Sim, um pênis artificial que uma mulher exibia, elogiando os benefícios da masturbação contemporânea. Ela louvava com orgulho o chamado “dildo” manejando-o com naturalidade e destreza, enquanto o inquietante objeto fálico ronronava como um gatinho angorá. No dia seguinte, vejo no Saia Justa um fino debate sobre as vantagens do bom e velho “big consolator” Tabajara. Aí, me bateu a verdade inapelável: o vibrador explica a solidão em que vivemos, no amor, na política, nas artes.
O pré-vibrador foi inventado na pré-história; há-os até de pedra, pênis artificiais “flintstones” e, no início do século 20, foi recomendado no tratamento das histéricas frígidas. Tinha o romântico nome de “consolador”, ou seja, um “consolo” para damas solitárias, uma nostalgia, uma saudade. Hoje, não. Hoje o pênis natural é que ficou no banco de reservas. Hoje o “dildo” não consola ninguém; veio para afirmar, para nos substituir e nos deixar a nós “desconsolados”. Nos tipos de vibradores, há um retrato de nosso mundo imaginário: há-os em forma de coelhinhos infantis, há-os negros de ébano, imensos, evocando a África profunda, há-os árabes, terroristas, há-os imperialistas, americanos, há-os autoritários, ibéricos.
Com a inseminação artificial e os “dildos”, cria-se uma civilização de abelhas sem zangões. E não há uma contrapartida do consolador para homens. As tais mulheres de plástico (como vi anunciadas numa revista com o genial slogan: “She needs no food nor stupid conversation”) não resolvem. É muito sinistro aquela pobre boneca sendo estuprada no silêncio da ignomínia. A mulher de borracha é uma metáfora analógica; já o vibrador é uma metonímia digital – a parte pelo todo. A mulher de borracha nos angustia com sua presença incômoda; ela nos inquieta, mesmo esvaziada no fundo do armário, como uma ocultação de cadáver. O pênis digital não; ele tem vida própria, não tem inconsciente, não tem desejos e manias. O consolador é uma “coisa em si”; já o homem é “para si”, cheio de projetos, opiniões. Ele não é um pedaço, está inteiro; o homem é que foi amputado dele. O consolador não perua, (com trocadilho, please); ele é um amante dedicado, sempre pronto para satisfazer sua dama. O consolador é uma fantasia feminina de auto-suficiência, mas é também um velho sonho masculino: ser livre e solto como um pênis voador, sem inibições, comendo todo mundo numa boa, voando, irresponsável, o velho sonho do “passaralho”, capaz de proezas infinitas. Os homens gostariam de ter a autonomia de vôo do vibrador, seus movimentos giratórios, sua beleza aerodinâmica.
Vamos assumir logo: temos inveja e ciúmes do vibrador. Se uma mulher põe um vibrador na cama com o parceiro, isso pode provocar uma crise: “Ele é melhor que eu, quem você prefere?” Um vibrador pode provocar broxadas irreversíveis; um vibrador pode gerar terríveis discussões de relação (“DR’s”), a que ele assistirá impassível, ali, na cama, como um juiz da Vara de Famílias (com trocadilho).
O vibrador parece uma arma. Está pronto para entrar, aonde? Ele não recusa portas, pode estar na mulher ou no homem e, por isso, é angustiante. Ele pode desencaminhar machos, principalmente nesta era GLS, de oscilações entre homo e hetero. Vejam o sucesso crescente do “fio terra”...(quem não conhece a expressão, informe-se ou se toque – com trocadilho...)
Mas o vibrador não é um objeto cotidiano, que possa ficar à vista de todos, ali, como um bibelô, um telefone (se bem que os há nesse formato). Onde guardá-los? Nas gavetas e desvãos, encafuados e ocultos, sentem-se de longe as vibrações dos vibradores. Eles estão ali como uma bomba-relógio. Além do mais, o que dizer aos filhos que perguntarem: “Mãeêê...posso brincar com esse minhocão preto aqui? Legal! Essa piroquinha anda sozinha!..”
Eu fui educado para achar que as mulheres eram românticas, apenas uma conseqüência do desejo masculino. Hoje, a mulher pega, mata e come machos constrangidos e inseguros, perplexos diante de tanta liberdade. Ficaram mais fálicas que qualquer um de nós. Quem pode competir com seus parceiros portáteis? Elas estão numa “falicidade” (com “a” mesmo) vingativa quase, recuperando séculos de submissão. E o vibrador é sua espada para nos castrar num espelho. A tecnologia não tem volta. Assim, jamais vamos restaurar um romantismo simbiótico entre sexos analógicos. Talvez inventem vibradores com alma, o inverso de homens maquínicos: vibradores em crise, em dúvida, vibradores que discutam a relação, que tenham de ser estimulados aos poucos, que precisem de preliminares, que podem até broxar, humanizados como nós.
Na progressiva desumanização do sexo, os corpos estão apenas virando lugares onde se expressará o prazer das máquinas, seremos apenas o campo de provas da eficiência técnica das coisas. Quanto maior o orgasmo, mais caro o equipamento; dirão os vendedores: “faz um “test drive” com esse bofe aí...” )
Com o tempo, seremos apenas uma lembrança, uma nostalgia romântica, uma fantasia erótica evocada em meio a orgias tecnológicas e sem alma.
16/07/2008
Sociopatas
Author: Roça
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distúrbio de personalidade dissocial,
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mitomania,
personalidade dissocial,
sociopatas
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Existem graus muito variados de distúrbio de personalidade, que vão desde a pessoa considerada apenas "chata", "inconveniente", "patologicamente egocêntrica", até os casos de matadores e estupradores em série, passando por viciados, traficantes e seqüestradores, todos eles muito pouco preocupados com o bem-estar da sociedade.
Algumas pessoas consideram, erroneamente, o distúrbio de personalidade dissocial apenas como doença, quando, na verdade, nada é, também, mais próximo do conceito mais puro de "crime", pois o sociopata tem plena consciência e entendimento dos erros que comete. Existe, atualmente, um movimento nos meios jurídicos da Inglaterra no sentido de enfatizar o dano à sociedade que é tolerar esses indivíduos anormais, mesmo nos casos, muito freqüentes, em que a Justiça ainda não consegue caracterizar, formalmente, seus crimes e comportamento habitual altamente lesivo aos demais (Kendell RE, 2002).
Os sociopatas portadores de distúrbio de personalidade dissocial (freqüentemente chamados de "psicopatas", em sentido estreito) são exímios simuladores e manipuladores, conseguindo enganar mesmo alguns dos melhores peritos e escapar de promotores e juízes severos.
Os manicômios judiciários estão repletos de pessoas absolutamente normais, que, em uma circunstância severamente crítica, cometeram algum crime do qual realmente se arrependem. Enquanto isso, a sociedade convive com sociopatas muito graves que, usando de sua inteligência e manipulação, galgam, por exemplo, cargos públicos e profissões as quais nunca poderiam exercer (incluem-se advogados, juízes, promotores, médicos e professores de medicina).
Os casos extraordinários, noticiados pela mídia, de sociopatas assassinos e/ou estupradores em série são apenas "a ponta de um iceberg" que perpassa toda a sociedade. Há sociopatas de graus variados de severidade e mesmo os mais graves, em muitos casos, nunca serão "descobertos" (presos e/ou diagnosticados clinicamente).
Além do diagnóstico clínico, que deve ser estabelecido por médico experiente, competente e idôneo, são observadas alterações em exames subsidiários do cérebro, como tomografia por emissão de pósitron (mais conhecida pela sigla "PET", do inglês "Positron Emission Tomography") ou ressonância magnética nuclear funcional (mais conhecida, mesmo em nosso meio, como "fNMRI" de "Functional Nuclear Magnetic Ressonance Imaging") em cerca de dois terços dos casos diagnosticados. Tratam-se dos chamados "exames funcionais de imagem" da atividade do cérebro, dificilmente disponíveis no Brasil e extremamente caros.
Tais exames de imagem mostram, tipicamente, em sociopatas portadores de distúrbio de personalidade dissocial, alterações no funcionamento da região cortical anterior do cérebro, área envolvida no controle racional de comportamentos impulsivos, como a agressividade. Também são típicas as assimetrias funcionais nos núcleos da base do cérebro, envolvidos no controle do comportamento voluntário e da cognição, assim como em regiões mais superiores, anatomicamente, do sistema límbico, envolvido nas emoções.
Em até 1/3 a metade dos casos, são observadas, mesmo, lesões anatômicas em uma ou mais dessas regiões, evidenciadas na ressonância magnética nuclear convencional e/ou na simples tomografia computadorizada do cérebro.
O sociopata não é uma pessoa absolutamente insensível, mas sensível apenas a seus próprios sentimentos, desejos e necessidades, como se não enxergasse, no outro, um ser humano, a quem deveria alguma consideração e respeito intrínsecos. Os meios (e as pessoas) utilizadas para atingir seus objetivos parecem-lhe pouco importantes. Não têm noção de ética.
Por outro lado, consegue simular, perfeitamente, uma pretensa emoção, sentimento por outras pessoas, quando assim lhe convém.
O distúrbio de personalidade dissocial não tem tratamento. Os portadores nem, sequer, sofrem com seu distúrbio, mas causam imenso e profundo transtorno às outras pessoas. Há, freqüentemente, necessidade, mais ou menos imperiosa, de serem afastados do convívio da sociedade (cadeia ou manicômio judiciário), para bem desta.
Filhos de sociopatas são suas maiores vítimas, condenados a uma vida de sofrimento, violência, privação e punição injustificada e continuada, ao mesmo tempo em que esses pais sociopatas são capazes de exibir, para a sociedade, uma perfeita mas falsa imagem de pais dedicados e zelosos para com seus filhos, uma falsa imagem de "bons cidadãos", de cidadãos pacatos .
O sociopata leva uma vida dupla: mantém uma aparência e atividades cotidianas normais, mas essa imagem não corresponde à sua realidade íntima, anormal, doentia, que só é revelada a suas vítimas, quando estão indefesas.
Características do comportamento de sociopatas:
1) Atitudes impulsivas, incontroláveis;
2) Frieza, insensibilidade com relação às outras pessoas (ausência de piedade, compaixão e altruísmo);
3) Ausência de valores morais ("éticos");
4) Agem como se estivessem acima das leis e da sociedade;
5) Ausência de sentimento de culpa ou remorso;
6) Covardia (só praticam o delito com a certeza de a vítima não poder reagir);
7) Freqüentemente, age por motivação sexual;
8) Suas atitudes seguem uma lógica própria;
9) Obtém prazer através da violência;
10) Inteligência normal ou acima da média;
11) Ausência de delírio e alucinação;
12) Conhecem e usam com habilidade as brechas da Lei;
13) Mitomania (grande habilidade para mentir, forjar situações, convencer pessoas a acreditar no que não é verdadeiro);
14) Manipulação (habilidade de induzir as pessoas a fazer o que o sociopata quer, através da mentira, insinuação, produção de falsas "provas", sedução, intimidação, ameaça, violência).aqui
Leia também: Transtornos da Linhagem Sociopática
Flatofilia ou Peidofilia
Autonepiofilia: prazer em usar fraldas, babadores ou chupetas e ser tratado com o um bebê por outros adultos
Oculofilia: pessoas que se excitam com olhos de outras pessoas, a ponto de chegar ao orgasmos tocando, lambendo e até penetrando (não imagino como...) a zona ocular
Flatofilia: prazer erótico por escutar, cheirar e apreciar gases intestinais próprios e alheios.
Dentrofilia: algumas pessoas só chegam atingem o orgasmo quando se esfregam em troncos de árvores
Furtiling: excitar-se penetrando com o dedo genitais recortados em uma foto ou desenho
Insuflação: excitar-se soprando com força os orifícios corporais alheios
Latronudia: uma ramificação do exibicionismo em que se incluem as pessoas que se excitam tirando a roupa para médicos. Normalmente essas pessoas fingem doenças para realizar essa fantasia
Microgenitalismo: atração sexual por pênis pequenos. Quanto menor, maior a excitação
Misofilia: indivíduos que se excitam com o cheiro, a visão ou a manipulação de roupas sujas de outras pessoas
Psicrofilia: pessoas que chegam ao orgasmos sentindo frio ou observando outros indivíduos nessa situação
Sexpédia
HUA HUAHUAHUA!!
BioUrna na Banânia
Author: Roça
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Depois da urna eletrônica, novidade que ganhou o interior do País em 1996 e agilizou o processo de apuração dos resultados das eleições, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) vai lançar no ano que vem a urna biométrica, na qual o eleitor poderá ser reconhecido pela digital e pela foto. O TSE já dispõe de 25 mil aparelhos que serão usados nas eleições em três cidades, nos Estados de Santa Catarina, Rondônia e Mato Grosso do Sul. Os municípios estão em processo de seleção.
A idéia do TSE é, em 10 anos, usar a urna biométrica em todo o País. Isso reduziria em muito os custos das eleições para o governo, com o fim da função de mesário, e diminuiria significativamente a tentativa de fraude.
O desafio é grande. O TSE terá que recadastrar mais de 127 milhões de eleitores, na coleta de digitais e fotos. Nada impossível, no entanto, na visão do tribunal, que já tem o plano pronto para colocar equipes nas ruas no projeto-piloto este ano. O TSE elaborou uma lista das cidades, com até 20 mil eleitores, Escolherá um município em cada região.
As equipes serão instaladas nos cartórios eleitorais, onde o cidadão terá cadastrada a digital e a foto. O TSE investirá cerca de R$ 250 mil para compra de 60 máquinas fotográficas e 60 aparelhos de scaner. A peregrinação pelas três cidades escolhidas envolverá 120 servidores dos TREs até fevereiro, o prazo máximo estipulado pelo TSE para o cadastramento.
"A idéia básica é acabar com uma fraude que pode existir, a do eleitor fantasma", diz Athayde Fontoura, diretor-geral do TSE. Hoje, o título não tem foto, e a lei só exige o número do eleitor.
Fontoura destaca as dificuldades que podem ser sanadas com o tempo, a fim de colocar o país, mais uma vez, como pioneiro no processo eleitoral, a exemplo do sucesso das urnas eletrônicas, cujo modelo já foi exportado para vários países.
"A urna biométrica é um projeto complexo. Há a questão do custo, que é alto, e ainda outro fator: só podemos trabalhar no cadastramento em ano que não tem eleição. A implantação será gradativa", afirma o diretor-geral.
A concepção da urna biométrica é da equipe de engenharia do TSE. Será fabricada pela contratada Diebold Inco., empresa americana de quem o tribunal compra os aparelhos. A diferença das urnas biométricas para a atual, além do leitor digital, será a tela onde aparecerá a foto do eleitor.
Caso o projeto vingue, além de colocar o Brasil na dianteira dessa tecnologia, poderá tirar de campo mais de 1,5 milhão de mesários - os eleitores convocados para trabalharem em dias de eleição. Num cenário esperado pelo TSE, só fiscais do próprio tribunal seriam responsáveis pelas seções. A nova urna impedirá, por exemplo, que mesários corruptos assinem a lista de presença no lugar de pessoas que não compareceram no dia da eleição e, de posse dos dados, votem por elas.
O Brasil possui hoje 432.630 urnas eletrônicas. Segundo o TSE, o custo de implantação do sistema não será bilionário como se espera em casos de nova tecnologia nesses processos. O software é desenvolvido pelos técnicos brasileiros, e a inserção do leitor digital no aparelho ficará a um custo de R$ 30 por urna. Dentro desses cálculos, um investimento esperado em torno de R$ 13 milhões só para a implantação.
JB Online
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