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16/08/2008

Pedofilia

























1. Parafilia representada por desejo forte e repetido de práticas sexuais e de fantasias sexuais com crianças pré-púberes.

Pedofilia erótica. Psiq.
1. Perversão sexual que visa a criança.


O individuo afirma em seu site que gosta menininhas e trás em seu álbum várias fotos de meninas de 04 a 06 anos em poses obscenas e em práticas sexuais com adultos.

Acaloradas discussões se formaram por toda a net e duas correntes parecem se destacar:
1- A dos que abominam essa prática e defendem a punição dos seus adeptos por serem criminosos e,
2 - A dos que defendem que devem ser tratados como doentes, sendo a pedofilia apenas um desvio de conduta, comparada ao homossexualismo ou ao voyeurismo. Do lado destes, alguns "defensores dos direitos humanos" sustentam a tese de que o nosso código não define a pedofilia como crime e por isso tais pessoas não deveriam ser punidas, mas submetidas a tratamentos.

Ora, de fato, não há, no código penal pátrio a palavra "pedofilia" como crime, mas há, isto sim, o estupro e o atentado violento ao pudor que abrangem por definição, também, os tipos de prática inerentes à pedofilia; Além do mais, o ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente, assim estabelece:
"Art. 241. Apresentar, produzir, vender, fornecer, divulgar ou publicar, por qualquer meio de comunicação, inclusive rede mundial de computadores ou internet, fotografias ou imagens com pornografia ou cenas de sexo explícito envolvendo criança ou adolescente:
Pena - reclusão de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa."

Das chamadas parafilias, a pedofilia é a mais cruel das práticas, pois suas vítimas são crianças inocentes e indefesas, desprovidas de discernimento e abusadas sob os mais diversos tipos de atos violentos, incluindo-se aí a violência mental. O criminoso obtém o "favor" mediante ameaças explícitas ou tácitas, ou falsas promessas, valendo-se da inocência da criança ou de sua extrema necessidade. Ele é geralmente alguém acima de qualquer suspeita, conhecido da vítima e de sua família e inspira confiança. Um parente, um vizinho, um professor, até mesmo um clérigo ou um médico, como naquele rumoroso caso em Brasília.

. Há quem diga que é preciso distinguir o pedófilo que pratica o ato sexual ou libidinoso daquele individuo que no recôndito do seu quarto, diante da tela do computador se excita e se masturba com as imagens eróticas das crianças. Isso é uma afirmação no mínimo inocente. Como tais imagens chegaram até ele? Em que condições? E essas crianças que foram abusadas e terão para sempre a sua imagem veiculando na Net, onde eternamente aparecerão como crianças sendo violentadas? Pergunto a quem defende isso: Deixaria o seu filho ou filha de 04 anos sozinha em uma casa com alguém assim? Não? Não deixaria? Ora, mas ele não é um criminoso, ele apenas se excita olhando criancinhas sendo abusadas... Todo crime nasce antes na consciência, no desejo alimentado. Entre devanear o ato e praticá-lo é uma questão de tempo. É preciso combater a divulgação das imagens, cortar o seu caminho e punir quem as divulgam e quem delas faz uso.

Comparar a pedofilia ao homossexualismo é preconceituoso e denota uma total falta de conhecimento sobre o assunto. Pedofilia não é opção sexual, como estupro não é. Homossexualismo é prática sexual consentida entre pessoas do mesmo sexo, que já têm o discernimento e a capacidade de escolha. Relação entre pessoas do mesmo sexo ou não, sendo uma delas um adulto e a outra uma criança é crime e tem que ser combatido e punido. Não interessa que em culturas do passado isso tenha sido aceito. Somos responsáveis pelo nosso tempo, não por erros do passado. Em Esparta, as crianças que nasciam com qualquer defeito eram imediatamente assassinadas. A nossa sociedade não apenas protege o deficiente físico como instrui e fomenta o emprego para eles. Não vejo ninguém defendendo que se mate um bebê deficiente só porque em Esparta se praticava isso. Portanto, esse argumento é ridículo em se tratando da prática da pedofilia.

O pedófilo, para dar vazão à sua tara não mede limites ou conseqüências. Mata a infância, assassina a inocência, destrói os sonhos e gera uma ferida que jamais será de todo cicatrizada. Sustentar a tese da não punição alegando que o pedófilo de hoje foi a vítima do passado e que por isso tornou-se assim, também é um argumento muito frágil. O fato de alguém ter sido abusado na infância não o torna um pedófilo; O mais provável é que se torne um adulto marcado pela violência e que com certeza terá muitas dificuldades em lidar com as seqüelas de tamanha brutalidade. Portanto, o criminoso ter sido vítima um dia, não serve como atenuante e nem como justificativa.

por Ariadna Garibaldi
(Advogada e escritora)




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SERÁ ESSE O DESTINO DOS MILITARES ?

























Este é o décimo artigo duma série sobre o papel dos intelectuais na destruição do Brasil. Verificamos que essa classe controla o governo, a política, a mídia, a cultura e a educação – ou seja, tudo – no Brasil. Vimos que são oriundos das áreas de letras, filosofia, humanas e sociais das grandes universidades, razão pela qual, em homenagem à FFLCH-USP, conhecida como Fefeleche, adotamos o apodo fefeleches para designá-los. E concluímos que, devido à diferença de espírito e de formação, existe uma incompatibilidade insanável entre os fefeleches e os militares. Como os políticos no poder são fefeleches ou neles se apóiam, isso os põe automaticamente contra as Forças Armadas, fato que suscita grave contradição política. Se alguém dissesse, até meados do século 20, que existe país onde o governo governa contra as suas próprias forças armadas, ninguém acreditaria. Embora poder e força sejam coisas separadas, nenhum poder se exerce sem força. Esse era o maior dilema dos políticos brasileiros na “redemocra-tização” de 1986: como poderiam governar sem os militares? A pergunta não teria ca-bimento se o seu projeto fosse apenas governar. Mas o seu negócio era transformar o Brasil nisso que aí está e tende a piorar. É claro que não poderiam contar com os militares para liquidar o País. Daí a nova pergunta: como governar contra eles?
No tempo da Guerra Fria, governar sem, ou contra, os militares, seria impossível. Mas a “redemocratização” do Brasil aconteceu no final da década de 1980, quando a União Soviética desmoronava. Era o fim da Guerra Fria, e o bloco da OTAN – Estados Unidos e Europa Ocidental – aproveitava a ocasião para lançar seu projeto de domínio mundial. Esse projeto utiliza duas ferramentas: a “democracia” e os “direitos humanos”. Quando exige, sob ameaça de intervenção militar, que os países mais fracos se “democratizem” – ou seja, entreguem o poder aos políticos – e respeitem os “direitos humanos” – ou seja, entreguem o poder às ongues – a oligarquia internacional, que patrocina políticos e ongues, põe em cheque a autoridade de Estado, a soberania e a integridade territorial desses países, e assim prepara novos avanços na sua estratégia. E como a oposição brasileira prometia “democracia” e “direitos humanos”, seus patrocinadores garantiram-lhe apoio em caso de necessidade. (Ah, antes que eu me esqueça: por países mais fracos, entenda-se: sem armas atômicas e meios eficazes de lançá-las, entendeu, Fernandinho Collor de Mello?)
Assim, desde 1988, os políticos vão governando. Acham, ou esperam que, em caso de emergência, a ONU, a OEA, a OTAN, ou outra coalisão, estarão prontas a invadir o Brasil para defendê-los. Por isso são tão entreguistas e subservientes com seus cafetões estrangeiros, e tão insolentes e rancorosos com as Forças Armadas Brasileiras.
Mas o estranhamento não pode durar para sempre. Algum dia os políticos vão tentar domesticar as FFAA. Para ter idéia de como poderá ser esse projeto, vejamos o que acontece na Europa, onde o processo já avançou bastante. Tomemos o caso do Reino Unido.
No governo britânico não há um só membro do Gabinete que tenha servido nas Armas. Não por acaso: é deliberado. Os políticos são moleques da revolta estudantil de 1968. Desprezam seu próprio povo, sua cultura, sua história.. Abominam o patriotismo. Acham que a Inglaterra tem de se dissolver na Europa, que por seu turno deve fundir-se com o Oriente Próximo, e assim, de etapa em etapa, tudo deve sumir num só mundo sem fronteiras, por eles governado.
Embora detestem os militares, gostam de guerra. Parece necessidade de compensar a sua falta de virilidade. A qualquer pretexto, mandam tropas a lugares distantes, em missões sem interesse para o povo britânico, o qual paga a conta e fornece os recrutas. Usam as forças armadas como jogos de video game nos seus gabinetes, na maior adrenalina, sem perigo, lama, poeira ou sangue. Para manter as coisas sob controle, mandam a mídia flagrar os soldados em combate, ao menor tropeço contra os direitos humanos do inimigo. Filmam tudo, entrevistam as “vítimas” e explodem em acusações nas manchetes. As ongues armam o circo. Aí os políticos ordenam inquéritos e julgamentos, não para fazer justiça, mas para agradar a claque dos fefeleches.



O Reino Unido tem passado glorioso. A folha dos militares britânicos é das mais brilhantes. Embora nas suas guerras tenha havido dirigentes lunáticos e incompetentes, os militares jamais se revoltaram porque, por piores que fossem, quase todos haviam servido nalguma fase das suas carreiras. Por essa razão – empatia entre civis e militares – os soldados britânicos sempre toleraram os erros dos seus superiores.
Mas pela primeira vez cresce a animosidade entre políticos e a tropa. Os soldados já não reconhecem os fefeleches de Londres como gente sua. Sentem-se usados e traídos. Os feridos em combate no Iraque e no Afeganistão são largados nos hospitais públicos do NHS (o SUS de lá), onde, abandonados à própria sorte, recebem péssimo tratamento e são ameaçados ou insultados por atendentes muçulmanos ou esquerdistas. O material da infantaria é obsoleto e de má qualidade, pois o Ministério da Defesa gasta tudo em hi-techs caríssimas e inúteis, para agradar interesses políticos. Os militares acusados pela mídia de violar “direitos humanos”, depois de humilhante calvário, têm sido absolvidos. Alguns, indignados, pedem baixa. O coronel Tim Collins, herói condecorado, anunciou que não continuaria a servir sob covardes. Dois soldados dos Irish Guards, Joseph McCleary and Martin McGing, também inocentados, deram adeus às armas. McGing desabafou: O Exército me traiu. E aconselhou: Se quiser servir, trate de arrumar advogado para o caso do Exército o apunhalar pelas costas. Um porta-voz do Ministério “lamentou” a bofetada, dizendo nada podia fazer, pois é assunto pessoal de cada um.
Por isso, em junho de 2006, 250 mil militares britânicos se uniram para formar a Federação Britânica das Forças Armadas (BAFF), alegando que já não podem confiar seus direitos e interesses a “uma hierarquia cada vez mais politizada”. E o Chefe do EM doExército, Gen. Richard Dannatt, advertiu publicamente o Secretário (paisano) da Defesa: o Exército nunca vai abandonar a Nação, mas não admito que a Nação abandone o Exército.
Em artigo recentemente publicado, um militar revela: Muitos ainda acreditam que o Ministério da Defesa seja militar. Não é. É uma organização dominada por civis, muitos dos quais não concordam com a missão e não gostam dos militares. (...) A mentalidade, além de não ser militar, é anti-militar. Por isso raramente usamos uniformes no trabalho.
E continua: Certa vez, à paisana, fui a uma reunião sobre a “terceirização”. Todos achavam que era preciso “terceirizar”. Argumentei que esvaziar a Intendência, Engenharia, Material Bélico e Comunicações, entregando suas missões a empresas civis, poderia ser perigoso. Em caso de necessidade, técnicos ou cozinheiros militares podem combater; isso seria impossível com “terceirizados”. Aí olhei ao redor e perguntei: ‘Alguém aqui vibra pelas Forças Armadas?’ Silêncio. Perguntei de novo: ‘Alguém, nessa questão, está considerando em primeiro lugar as necessidades dos militares?’ A resposta foi uma risadinha de mulher. Insisti, pois a era coisa muito séria. Mas aí notei que eu era o único militar presente, e eles, se soubessem, não me teriam convidado.
Antigamente, eram três Armas com status de Ministério e assento nas reuniões do Gabinete: o Departamento da Guerra, o Ministério do Ar e o Almirantado. Mas em 1946 o governo meio-comunista de Clement Attlee formou o Ministério da Defesa, que excluía os três comandantes do Gabinete. Em 1964 os comandos se juntaram num QG combinado e o papel dos militares foi novamente diminuído. Aos poucos, a proporção de pessoal civil no Ministério aumentou. Na década de 1980 era um para quatro militares. Sob o pretexto de “eficiência”, “agilidade”, “capacitação gerencial” e outras desculpas do gênero, mais e mais foram admitidos, a tal ponto que hoje, segundo o autor, a proporção é de seis civis para um militar, sem contar “assessores especiais” e as estruturas paralelas junto ao Primeiro Ministro e ao Parlamento, de modo que, em tudo, talvez sejam doze civis para cada militar.

Os militares perderam o controle do seu próprio QG.

Continua: Mas o pior é que os civis mudaram. Antes, muitos haviam lutado na Segunda Guerra ou na Coréia, ou pelo menos prestado serviço militar. Esses respeitavam e compreendiam as FFAA. Hoje, os paisanos acham que elas são coisa do passado. Para eles, a missão do Ministério não é defesa nacional, mas objetivos políticos como a integração européia, as missões da ONU, e a auto-dissolução das Forças Armadas britânicas na OTAN.
Como vê o leitor, ser milico no Reino Unido (e nos outros países europeus) é duplo sacrifício: o da própria carreira, e o de ser comandado por xeleléus, boiolas e idiotas. Mas aqui entra um outro assunto, muito importante para nós, dos países mais fracos governados pelos fefeleches. Se o leitor se der ao trabalho de consultar os planos estratégicos do Ministério da Defesa britânico verá que a missão das suas Forças Armadas é inteiramente voltada para intervenções pelo mundo afora destinadas a proteger “democracia” e “direitos humanos”, ou seja, políticos e ongues. E como o Reino Unido é parte dum bloco político, seria interessante dar uma olhada nos Strategic Defence Reviews e White Papers divulgados por esse bloco. Aí, sim, será fácil entender que no Brasil, contrariamente ao que dizia o poeta, as aves que aqui gorjeiam, sim, gorjeiam como lá. Mas isso fica para o próximo Inconfidência.
(Antes de terminar, uma nota. Ali atrás eu disse que não há, entre os 31 membros do Gabinete britânico, nenhum que tenha feito serviço militar. Não é bem assim. Há um cara que diz ter “experiência militar”: Geoff Hoon, que passou três anos da sua infância como membro do CCF (Combined Cadet Force), uma organização de escoteiros. Acredite se quiser.)

* Economista, ex-aluno da
Escola Preparatória de Cadetes de São Paulo
A C Portinari Greggio


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Parafilia













As Parafilias são caracterizadas por anseios, fantasias ou comportamentos sexuais recorrentes e intensos que envolvem objetos, atividades ou situações incomuns e causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social ou ocupacional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo. Cabe notar que as noções de desvio, padrões de desempenho sexual e conceitos de papel apropriado para o gênero podem variar entre as culturas

As características essenciais de uma parafilia consistem de fantasias, anseios sexuais ou comportamentos recorrentes, intensos e sexualmente excitantes, em geral envolvendo

objetos não-humanos;
sofrimento ou humilhação, próprios ou do parceiro, ou
crianças ou outras pessoas sem o seu consentimento, tudo isso ocorrendo durante um período mínimo de 6 meses. Em alguns indivíduos, as fantasias ou estímulos parafílicos são obrigatórios para a excitação erótica e sempre incluídos na atividade sexual. Em outros casos, as preferências parafílicas ocorrem apenas episodicamente (por ex., talvez durante períodos de estresse), ao passo que em outros momentos o indivíduo é capaz de funcionar sexualmente sem fantasias ou estímulos parafílicos. O comportamento, os anseios sexuais ou as fantasias causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.

A imaginação parafílica pode ser posta em ação com um parceiro sem o seu consentimento de modo a causar-lhe danos (como no Sadismo Sexual ou na Pedofilia), podendo o indivíduo estar sujeito à detenção ou prisão. As ofensas sexuais contra crianças constituem uma parcela significativa dos atos sexuais criminosos, sendo que os indivíduos com Exibicionismo, Pedofilia e Voyeurismo perfazem a maioria dos agressores sexuais presos. Em algumas situações, a ação sob a influência da imaginação parafílica pode acarretar ferimentos auto-infligidos (como no Masoquismo Sexual). Os relacionamentos sociais e sexuais podem ser prejudicados se as outras pessoas consideram vergonhoso ou repugnante o comportamento sexual incomum ou se o parceiro sexual do indivíduo recusa-se a cooperar com suas preferências sexuais incomuns. Em alguns casos, o comportamento incomum (por ex., atos exibicionistas ou coleção de fetiches) pode tornar-se a principal atividade sexual na vida do indivíduo. Esses indivíduos raramente buscam auxílio por sua própria conta, geralmente chegando à atenção dos profissionais de saúde mental apenas quando seu comportamento provocou conflitos com parceiros sexuais ou com a sociedade.

As Parafilias aqui descritas são condições especificamente identificadas por classificações anteriores. Elas incluem Exibicionismo (exposição dos genitais), Fetichismo (uso de objetos inanimados), Frotteurismo (tocar e esfregar-se em uma pessoa sem o seu consentimento), Pedofilia (foco em crianças pré-púberes), Masoquismo Sexual (ser humilhado ou sofrer), Sadismo Sexual (infligir humilhação ou sofrimento), Fetichismo Transvéstico (vestir-se com roupas do sexo oposto) e Voyeurismo (observar atividades sexuais). Uma categoria residual, Parafilia Sem Outra Especificação, inclui outras Parafilias encontradas com menor freqüência. Não raro, os indivíduos têm mais de uma Parafilia.

quem possam atuar suas fantasias podem recorrer aos serviços da prostituição ou atuar suas fantasias contra a vontade de suas vítimas. Os indivíduos com uma Parafilia podem escolher uma profissão ou desenvolver um passatempo ou trabalho voluntário que os coloque em contato com o estímulo desejado (por ex., vender sapatos ou roupas íntimas femininas [Fetichismo], trabalhar com crianças [Pedofilia] ou dirigir uma ambulância [Sadismo Sexual]. Eles podem ver, ler, comprar ou colecionar seletivamente fotografias, filmes e textos que enfocam seu tipo preferido de estímulo parafílico. Muitos indivíduos com esses transtornos afirmam que o comportamento não lhes causa sofrimento e que seu único problema é a disfunção sexual resultante da reação de outras pessoas a seu comportamento. Outros relatam extrema culpa, vergonha e depressão pela necessidade de se envolverem em uma atividade sexual incomum que é socialmente inaceitável ou que eles próprios consideram imoral. Existe, freqüentemente, um prejuízo da capacidade de ter uma atividade sexual recíproca e afetuosa, podendo ocorrer Disfunções Sexuais. Distúrbios da personalidade também são freqüentes, podendo ser suficientemente severos para indicar um diagnóstico de Transtorno da Personalidade. Sintomas depressivos podem desenvolver-se em indivíduos com Parafilias, podendo acompanhar-se de um aumento da freqüência e intensidade do comportamento parafílico.

Sexualidade e Vida





















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Congresso Bolivariano dos Povos





























“O Congresso Bolivariano dos Povos (CBP) é um espaço novo que nasce sob o calor das urgências dos povos latino-americanos e caribenhos. O Congresso Bolivariano dos Povos será o lugar onde as forças populares, democráticas e patrióticas de Nossa América poderão discutir e resolver as linhas comuns de ação no caminho da integração e da unidade”.

Integram o CBP “todas as organizações populares, democráticas e patrióticas que levantem as bandeiras da unidade latino-americana e caribenha”. Do Brasil essas organizações “democráticas e patrióticas” são:

Federação Única de Petroleiros - CUT,
Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (CEBRAPAZ),
Federação das Associações de Favelas do Estado do Rio de Janeiro (FAFERJ) e Círculos Bolivarianos Leonel Brizola
Federação Democrática Internacional de Mulheres

O I Congresso do CBP foi realizado em 15/27 de novembro de 2003, em Caracas, inaugurado por Hugo Chávez. Na Declaração Final desse Congresso são listados, resumidamente, os seguintes objetivos do CBP que, na realidade, constituem o programa de ação do Congresso Bolivariano dos Povos:

- Apoiar as lutas dos povos latino-americanos e caribenhos contra o modelo neoliberal;

- Fomentar a unidade bolivariana em nível regional 3 continental, desenvolvendo uma formação cidadã que incorpore uma consciência crítica social, uma memória histórica e uma identidade cultural;

- Substituir o modelo de democracia representativa por uma democracia participativa e protagônica que possibilite a participação e intervenção das pessoas, movimentos sociais e forças políticas na tomada de decisões;

- Constituir uma alternativa à integração neoliberal, que priorize o livre comércio e os investimentos;

- Buscar uma maior inserção dos movimentos sociais em outros processos de integração que se desenvolvem na região, como o MERCOSUL, Comunidade Andina e outros;

-Priorizar a formulação de políticas públicas, reformas política e programas de desenvolvimento das expectativas, direitos e propostas dos amplos setores camponeses, indígenas, mulheres, jovens, afro-descendentes e nativos, que com suas lutas atuais constituem setores sociais e políticos determinantes nas mudanças e transformações sociais;

- Desenvolver um parlamentarismo bolivariano que contribua na construção de uma alternativa bolivariana de integração entre os povos;

- Luta pela desmilitarização, o desmantelamento das bases militares norte-americanas, e pela oposição aos exercícios militares coordenados pelo Comando Sul;

- Desenvolver uma solidariedade efetiva entre os povos de Nossa América, em particular contra o bloqueio a Cuba, contra a agressão militar na Colômbia e as manobras antidemocráticas contra a revolução bolivariana da Venezuela. Exigir a liberdade dos cinco patriotas cubanos prisioneiros nos EUA;

- Saudar as lutas do povo salvadorenho contra o modelo neoliberal, particularmente a solidariedade à Frente Farabundo Martí de Libertação (FMLN) na luta político-social pelas mudanças para ganhar as eleições presidenciais de março de 2004;

- Saudar a mobilização do povo mexicano em defesa da indústria energética ameaçada, pela privatização, de ser entregue ao capital internacional;

- Dar solidariedade ao povo uruguaio e à Frente Ampla por seu triunfo no referendo contra a privatização da empresa petrolífera;

- Combater o colonialismo em todas as suas formas e manifestações; a descolonização de Porto Rico e a soberania argentina sobre as ilhas Malvinas;

- Apoiar a demanda da recuperação de saída ao mar pela Bolívia;

- Saudar o 200º aniversário de independência do Haiti;

- Saudar o 45ºaniversário da revolução cubana:

- declarar o ano de 2004 como o “Ano da Unidade dos Povos da América Latina e do Caribe”;

Em dezembro de 2004 foi realizado o II Congresso Bolivariano dos Povos, novamente em Caracas. Esse Congresso reafirmou a decisão de lutar unidos pela definitiva independência dos povos latino-americanos e caribenhos, bem como as decisões do I Congresso. Além disso, a Resolução Final decidiu:

- Trabalhar para converter o Congresso Bolivariano dos Povos num movimento internacional que aglutine as forças políticas e sociais da América Latina e Caribe, impulsione sua unidade e articule suas lutas em função da autodeterminação e bem-estar de todos, tendo sempre como referência o pensamento emancipador de Simon Bolívar;

- Declarar o ano de 2005 com o “Ano da Ofensiva e Avanços da Unidade dos Povos da América Latina e Caribe”, impulsionando a criação das redes bolivarianas de prefeitos, parlamentares e meios de comunicação alternativos, bem como as Unidades Populares de Produção;

- Apoiamos a construção da Comunidade Sul-Americana de Nações;

- Acordamos criar um Secretariado Político permanente, com sede inicial em Caracas, donde estejam representadas, em forma rotativa, as distintas forças políticas e sociais que integram o CBP .

Integram o Congresso Bolivariano dos Povos, organizações políticas e movimentos ditos sociais dos seguintes países: Argentina, Bolívia Brasil, Chile, Colômbia, Cuba, Equador, El Salvador, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, Porto Rico, Republica Dominicana, Uruguai e Venezuela.

Representantes de organizações políticas, sindicais e movimentos dito sociais do Brasil que participaram do II Congresso Bolivariano dos Povos:

Federação Única de Petroleiros - CUT, João Antonio Moraes
Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (CEBRAPAZ), José Reinaldo Carvalho
Federação das Associações de Favelas do Estado do Rio de Janeiro (FAFERJ) e Círculos Bolivarianos Leonel Brizola, Aurélio Fernandes
Federação Democrática Internacional de Mulheres, Marcia Campos.

Carlos I.S. Azambuja no MSM


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15/08/2008

Alexitimia

































O conceito de Alexitimia é muito melhor conhecido hoje que há um quarto de século. Trata-se de uma marcante dificuldade para a expressão apropriada da língua, para descrever os sentimentos próprios e para relatar as sensações corporais, uma impressionante habilidade para fantasiar e uma maneira prática e utilitária de pensar (pensamento operante).


O conceito de Alexitimia foi formulado em conseqüência das observações clínicas em Paris e Boston nos anos 1960, sobre uma condição que resultava em certo deficit em pacientes que sofriam de alguma condição psicossomática. Alexitimia, é hoje um termo que diz respeito à marcante dificuldade para usar a comunicação verbal apropriada para expressar e descrever sentimentos, bem como das sensações corporais.

Alexitimia na política e no crime

Existem muitos relatos na Psiquiatria forense, sobre alguns criminosos condenados a longos anos de prisão, à prisão perpétua ou mesmo à morte, que não eram capazes de demostrar nenhuma reação emocional, mesmo quando suas sentenças eram proferidas pelo juíz.

Sifneos cita o relatório sobre um assassino em série que, condenado à morte, não mostrou nenhum sentimento. Também não demonstrou sentimentos enquando eram descritos seus crimes hediondos durante o julgamento. O criminoiso pareceu ser totalmente apático em termos emocionais. Nenhum músculo moveu-se, sua expressão facial era uma tela em branco. Um amigo dele teria descrito-o como um cérebro ambulante. Começou a beber e usar a cocaína quando tinha 13 anos, costumava dizer que preferia matar alguém, ainda que apenas para o divertimento, do que morrer ele próprio. E ria quando falava isso. O crime para ele era como sair de férias ou escalar uma montanha.



Depois das observações iniciais das características clínicas originais para a Alexitimia, mais duas foram acrescidas em 1972 e em 1976, em Londres e em Heidelberg respectivamente. A conferência de Londres afirmava uma hipótese de provável etiologia biológica para a Alexitimia, enquanto a conferência de Heidelberg classificou-a juntamente com os transtornos psicossomáticos.

Durante os 20 anos seguintes, um grande número de estudos clínicos constataram a presença de características alexitímica em porcentagens variadas nos pacientes que sofriam distúrbios clínicos e psiquiátricos diferentes, tais como, no abuso de substâncias, na dor psicogênica, nos transtornos alimentares, nas depressões típicas ou mascaradas, nos ataques do pânico, nos transtornos somatoformes, na personalidade borderline e transtornos sociopáticos da personalidade, bem como em indivíduos normais.

Alexitimia, resumindo, é uma marcante dificuldade para o uso apropriado da linguagem para expressar e descrever sentimentos, bem como a dificuldade para diferenciar com precisão as sensações corporais e uma impressionante capacidade para fantasias.

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Asfalto Forte











O calor acumulado no asfalto pode ser fonte de energia para os usos mais variados, do aquecimento de água à geração de eletricidade, dizem pesquisadores dos Estados Unidos em um estudo que será divulgado na semana que vem.

"Você põe uma rede de canos sob o asfalto e coloca água dentro deles. Se você fizer isso no estacionamento de um hotel, por exemplo, pode usar a água quente para lavagem", afirmou um dos autores do estudo "Capturando Energia Solar de Pavimentos de Asfalto", Rajib Mallick.

O uso da água aquecida seria o mais simples entre os possíveis. O objetivo principal dos pesquisadores, diz Mallick, é usar o calor contido na água para fazer funcionar turbinas e gerar energia elétrica.

Mallick, professor de engenharia civil e ambiental do Worcester Polytechnic Institute (WPI), em Massachusetts, e os outros três autores do trabalho argumentam que a energia pode ser mais simples de instalar do que painéis solares.

Entre as vantagens, estariam o aproveitamento de uma estrutura já existente de estradas e estacionamentos - a instalação poderia ser feita nas obras de recapeamento - e a possibilidade do uso após o anoitecer, ao contrário dos painéis, que dependem da luz para funcionar.

Mallick diz que, após terem feito os testes em laboratório, os pesquisadores estão agora fazendo um experimento em um estacionamento.

Segundo o cientista, a instalação do sistema em estradas tende a ser mais complexa do que em estacionamentos, pela instabilidade no pavimento causada pelo contínuo movimento e peso dos veículos que trafegam nas rodovias.

A idéia do estudo partiu de Michael Hullen, da empresa Novotech e um dos autores do estudo. Segundo Mallick, embora o potencial aproveitamento do asfalto na retenção do calor já tenha sido mencionado em outros estudos, ele e sua equipe não encontraram um que detalhasse o funcionamento do sistema de forma prática.

Além de Mallick e Hullen, Sankha Bhowmick e Bao-Liang Chen, também do WPI, foram co-autores no estudo, que será apresentado na próxima semana no Simpósio sobre Pavimentos de Asfaltos e o Meio Ambiente, em Zurich, na Suíça.

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A Farsa Olímpica




























Yang Peiyi (à esq.), a verdadeira cantora, foi substituída por Lin Miaoke na cerimônia.





Medalha de Ouro na categoria de “Maior Mentiroso do Mundo” para o Partido Comunista Chinês!

Não pôde ser mais expressivo e cruel o show de engodo materialista-dialético proporcionado ao mundo pelo ditatorial Partido-Governo da República Popular da China na abertura espalhafatosa dos Jogos Olímpicos Beijing 2008.

O indivíduo e a sua dignidade foram solenemente pisoteados pela China perante os olhos estupefatos do mundo. Enganado que foi sobre quem realmente cantou a canção “Ode à Pátria”, dublada por uma menina chinesa classificada pelo Partido Comunista Chinês como de “boa aparência”, o mundo ignorava que a dona da verdadeira voz que escutávamos, pertencia ao que o mesmo Partido taxou de “menina feia”, a qual foi devidamente obrigada a ficar escondida atrás dos bastidores enquanto cantava. Eis o que os comunistas de todas as cores entendem por Direitos Humanos.

Pois que com isso exibiram a melhor aula do que significa na prática o “materialismo dialético”!

Para eles, não existem Direitos Humanos para o indivíduo humano, mas somente para uma dita “sociedade humana”, por mais abstrato que tal conceito possa parecer aos olhos de uma pessoa de bom senso.

O indivíduo é compreendido pela doutrina comunista como uma mera e material “peça de engrenagem” sem valor algum em si mesmo, ou seja, para os comunas somos apenas um “pedaço de carne” com alguma ou nenhuma utilidade, conforme a aparência.

A “menina de boa-aparência” por isso encarnou bem o “espírito” materialista do PC Chinês, inclusive mimetizando perfeitamente a conhecida expressão facial plastificada, arrogante e pretensiosa dos membros do Partido Comunista Chinês, os quais, diga-se de passagem, não respeitam nem os próprios cabelos brancos, pois que os pintam de preto diariamente até a hora da suas mortes... Realmente foi escolhida a dedo!

Que pena! A China moderna é construída assim... De imagens grandiosas e falsidades bem trovadas, mas por baixo do tapete são apenas entulho e lixo fedorento. Isto é o que hoje significa

Bem-vindo à “MADE IN CHINA”!

A arrogância, mendacidade e covardia do Partido Comunista Chinês é tanta e tão virulenta, que a ordem para a “dobradinha” farsesca veio apenas horas antes do show, obrigando o Diretor Musical, contratado para a preparação da Abertura dos Jogos Olímpicos, o cidadão francês, Sr. Chen Qi Gang, a aceitar inaudito escândalo de crueldade para com duas crianças que nada têm a ver com a ideologia porca de adultos, a começar com a de seus pais que permitiram que elas participassem de tamanho vexame e humilhação.

Josef Ben Zhou no MSM
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Psicose Iluminista




















Um dos traços constitutivos da mentalidade revolucionária é a compulsão irresistível de tomar um futuro hipotético – supostamente desejável – como premissa categórica para a explicação do presente e do passado. Nessa perspectiva, a história humana é vista como o trajeto linear – embora entrecortado de abomináveis resistências – em direção ao advento de um estado de coisas no qual o curso total dos acontecimentos encontrará sua consumação e sua razão de ser.

Que haja nisso uma inversão psicótica da ordem das causas é algo que nem de longe rebrilha no horizonte da (in)consciência revolucionária, tão embevecida na contemplação estática das suas próprias lindezas que até a claridade máxima do óbvio se torna a seus olhos treva densa e impenetrável.

Mais cômica ainda, ou tragicômica, torna-se essa inversão quando, à maneira iluminista, o futuro esperado é descrito como o triunfo da racionalidade científica sobre o obscurantismo das crenças bárbaras. Pois a concepção futurocêntrica da História, virando de cabeça para baixo a hierarquia do necessário e do contingente já traz em seu bojo a destruição completa da lógica, do método científico e de toda possibilidade de compreensão racional da realidade. Não foi à toa que Paul Ilie, no seu magistral estudo The Age of Minerva (2 vols., University of Pennsylvania Press, 1995), caracterizou o estilo mental do Século das Luzes como "razão anti-racional".

Não espanta que, mais de 200 anos depois de ter desencadeado a maior e mais duradoura epidemia de revoluções, tiranias e genocídios já registrada desde o início dos tempos, a vaidade iluminista ainda continue a se pavonear de campeã da liberdade e dos direitos humanos, como se fosse lícito a uma filosofia reconhecer-se a si mesma tão somente pelos ideais declarados na sua propaganda e não pelo desenrolar inevitável e previsibilíssimo da realização efetiva das suas premissas.

O ideal de uma sociedade regida pela "razão científica" é o cerne mesmo da proposta iluminista, e a ele deve-se o nascimento das duas tiranias mais sangrentas que o mundo já conheceu, uma fundada na biologia evolucionária, outra na ciência marxista da história e da economia. O mais recente e meticuloso estudo comparativo desses dois regimes, The Dictators: Hitler's Germany, Stalin's Russia, de Richard Overy (New York, W. W. Norton, 2004, especialmente pp. 637 ss.), destaca como primeira e essencial similitude entre eles o "culto da ciência". Auschwitz e o Gulag são a utopia iluminista materializada.

E não me venham com aquela idiotice de que o iluminismo não gerou só ditaduras totalitárias, mas também a democracia americana. De um lado, o iluminismo britânico que influenciou a independência americana nada teve da rebelião voltaireana e enciclopedista contra a religião e as tradições (ver Gertrude Himmelfarb, The Roads to Modernity: The British, French and American Enlightenments, New York, Vintage Books, 2004).

De outro, mesmo essa versão suavizada do discurso iluminista não foi subscrita no todo pelos founding fathers, os quais a modificaram e cristianizaram em tal medida que praticamente não há na declaração da independência, na Constituição americana ou nas constituições dos Estados uma só afirmativa ou dispositivo legal cuja inspiração bíblica não esteja abundantemente documentada.

Nenhum argumento racional foi jamais apresentado contra a massa de provas reunida por Benjamin F. Morris nas mil e tantas páginas de The Christian Life and Character of the Civil Institutions of the United States em 1864. Tudo o que o partido iluminista pôde fazer, para tentar impor como puro constitucionalismo americano uma versão caricatural, "francesa", do Estado leigo compreendido como Estado ateísta militante, foi dar sumiço a esse livro e depois entrar em pânico quando da sua reedição em 2007 pela "american vision".

Olavo de Carvalho


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O dragão chinês



















A milenar China, no leste da Ásia, influenciada por três grandes correntes filosóficas (Confucionismo, Taoismo, Budismo) é um país gigantesco que abriga 8 tipos de clima. Sempre rodeada de mistérios e lendas, a China é uma cruel ditadura capitalista que, por força da globalização, se vê obrigada a também se abrir para os mercados externos.

A China não está para brincadeiras. Com 56 etnias reconhecidas oficialmente, segundo pesquisas sérias apontam, hoje, na China, existem algo em torno de 42 milhões de pequenas empresas, representando 99% das empresas nacionais chinesas. Enquanto o Brasil, por obra e (des) graça do governo Lula e “companheiros” do PT, já descamba para o 15º lugar no ranking na economia mundial , a China ocupa o 4º lugar em termos de economia globalizada.

Embora a pirataria chinesa continue sendo uma afronta mundial, o governo chinês está apertando o cerco contra esses piratas. Há uma marcha célere para que os produtos chineses atinjam o patamar Top of Quality . E sabem qual é a ironia disso tudo? É que os chineses, para dotar suas indústrias de processos que garantam a qualidade, foram buscar a metodologia japonesa de qualidade! Acredite quem quiser, mas o Programa 5s de Qualidade é largamente adotado pela indústria chinesa. Perceberam a diferença e a ousadia dos chineses?

Dá para competir com os caras? A resposta é ... Sim ! O entrave maior, porém, está dentro do próprio Brasil, pois o custo astronômico para sustentar a máquina ineficaz do (des)governo brasileiro é insuportável, além de a sociedade não mais agüentar ser tungada pela corrupção já endêmica que coloca a Nação de joelhos.

Não adianta o (des)governo inventar o Super Simples (que de simples não tem nada), achando que, agora, as empresas serão mais competitivas. Sem uma ampla e irrestrita reforma fiscal, política e ética na condução de um verdadeiro Estado de Direito, sob a liderança de dirigentes acima de quaisquer suspeitas, o Brasil dificilmente se alinhará às nações de primeira constelação.

O Dragão Chinês , embora soltando fogo pelas ventas, pode ser convidado a dançar samba aqui ou no seu próprio terreiro, desde que o convite seja respeitoso, ético, e que a gente nunca esqueça de que um dragão será sempre um dragão.

Não custa lembrar, por fim, que, apesar de toda a maquiagem que o governo chinês faz da sua própria imagem para mostrar ao mundo um rosto mais “suave”, a China é uma ditadura feroz, que rouba o bem maior de todo ser humano: a sua liberdade.

Luiz Oliveira Rios é orientador de estratégias empresariais oliveira.rios@hotmail.com
Por Luiz Oliveira Rios no Diário do Comércio

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O Dragão Olímpico

Hoje começam os jogos olímpicos de 2008. A competição esportiva é extremamente saudável, além de desafiar os limites humanos, incentivando os atletas a romper barreiras. Mas o esporte tem outro lado mais perigoso. Ele pode ser usado para desviar a atenção das massas dos assuntos políticos, o antigo “pão e circo” que tinha no Coliseu seu ícone romano. O povo, distraído com os jogos, ignora os temas políticos. E como o historiador Arnold Toynbee já tinha alertado, “o maior castigo para aqueles que não se interessam por política é que serão governados pelos que se interessam”. O nacionalismo, que sempre demanda inimigos externos, acaba adicionando mais lenha na fogueira, transformando a disputa esportiva numa guerra tribal, interessante apenas para os governantes de cada país.

As Olimpíadas desse ano contam com um problema adicional: sua localização. A China foi escolhida para realizar os jogos. Um erro diplomático, em minha opinião. A revista britânica The Economist chegou a tratar desse problema em matéria de capa, argumentando que as Olimpíadas vão atrasar as conquistas por maior liberdade no país, que infelizmente ainda vive sob uma ditadura. Os avanços chineses têm ocorrido a despeito dos jogos, não por causa deles. O Partido Comunista Chinês, ao abandonar sua ideologia no campo econômico, precisa legitimar seu controle político de alguma forma, para sobreviver. O “orgulho nacionalista” tem sido um importante aliado da ditadura nesse sentido.

Além disso, como explica Ellen Bork, da Freedom House, em artigo no The Wall Street Jornal, a justificativa da segurança nos jogos olímpicos tem sido utilizada pelo governo chinês para avançar mais sobre as liberdades individuais. Quando tudo acabar e os turistas forem embora, o governo não terá incentivo algum para relaxar o controle. Ao contrário, a sua capacidade de repressão estará fortalecida por causa dos jogos. Regimes comunistas sempre tentaram enganar os estrangeiros com propagandas mentirosas. A impressão que as Olimpíadas podem deixar em muitos turistas poderá ser totalmente falsa em relação ao regime opressor que ainda existe na China. Se isto acontecer, não importa qual país consiga maior quantidade de medalhas de ouro: o grande perdedor terá sido o próprio povo chinês.
Rodrigo Constantino


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Putin, o terrível
















por Alvaro Vargas Llosa em 15 de agosto de 2008

Publicado originalmente em Díário do Comércio em 13/08/08

© 2008 MidiaSemMascara.org


Em Reconstruindo a Rússia , publicado quando a União Soviética estava à beira do colapso, Alexander Solzhenitsyn escreveu que "o despertar da autoconsciência nacional russa tem sido, a longo prazo, incapaz de livrar a Rússia da idéia de super potência e de delírios imperiais. Tomou conta dos comunistas a noção falsa e forçada do patriotismo soviético". Como todas declarações proféticas, era uma leitura sagaz do presente, não do futuro. A invasão russa à Geórgia é poderosa confirmação das palavras de Solzhenitsyn.

Obviamente, pode-se reverter sua argumentação: o imperialismo soviético era uma continuação, não um antecedente, do nacionalismo russo. Vladimir Putin e seu lacaio, o presidente Dmitry Medvedev, reviveram a tradição de expansionismo russo que data a Ivã, o Terrível . A invasão da Geórgia ecoa a anexação russa daquela país em 1801 e novamente em 1921, quando os soviéticos esmagaram uma independência georgiana de curta duração.

Isso tem pouco a ver com proteger os ossetianos do sul, que há poucos anos estavam lutando pela independência tanto da Geórgia quanto da Rússia. E tem pouco a ver com o nítido erro de cálculo do presidente georgiano, Mikheil Saakashvili, ao responder a última provocação da Ossétia do Sul tentando garantir o controle militar daquela região. A Rússia estava planejando isso há algum tempo, como ficou demonstrado pela espantosa eficiência do ataque, com alvos bem além da Ossétia do Sul e da Abkhazia, outra região rebelde, e mobilizando sua frota do Mar Negro.

Seria um erro grosseiro achar que a casus belli possa ser relacionada a ações do Ocidente, como o reconhecimento da independência de Kosovo em detrimento dos sérvios aliados da Rússia ou a pressão da Otan por um sistema antimíssil na Europa Central. Mas esses movimentos imprudentes, por causa da psicologia dos líderes de Moscou, não vieram antes do surgimento do nacionalismo pós-soviético na Rússia.

Bem ao contrário: a expansão externa de Moscou é a continuação lógica do regime autoritário doméstico, que Putin está consolidando há algum tempo com a ajuda do dinheiro abundante do petróleo e do gás natural.

Primeiro, Putin conseguiu que as frágeis instituições democráticas de seu país fossem substituídas por organizações autocráticas. A maioria do sistema de fiscalização foi neutralizada: o Judiciário, partidos políticos, governos locais, a mídia, empresas privadas, regiões separatistas.

As forças de segurança, a Igreja Ortodoxa e a indústria energética se tornaram os pilares do novo regime. Os dois primeiros, já com os pés no nacionalismo russo, precisaram de poucos expurgos. O setor energético exigiu algum trabalho, essa é a razão pela qual a gigantesca empresa Yukos quebrou e sua subsidiária de petróleo foi englobada pelo governo, como foi a Gazprom , a maior produtora de gás natural do mundo.

Uma vez que o controle do Kremlin foi estabelecido, havia pouco o que se pudesse fazer sobre o expansionismo russo. A Europa importa grande quantidade de gás natural e de petróleo da Rússia. A ameaça de reduzir ou interromper os fornecimentos - por exemplo, ao interromper o embarque pela Ucrânia, uma importante rota -, serviu como chantagem à União Européia.

A Rússia gostaria de ter em suas mãos tudo que fica entre o Báltico e o Cáucaso (além disso, seu grande vizinho ao sul, o Cazaquistão, governado por uma tirania sentada no petróleo, já um grande amigo de Moscou).

Mas há alguns obstáculos, incluindo o fato que o Báltico e a maioria dos Balcãs faz parte da União Européia e da Otan. O que deixa a Geórgia e a Ucrânia - cujas revoluções em 2003 e 2004 foram vistas com uma poderosa declaração dos valores ocidentais na região que a Rússia considera como seu quintal - como os alvos mais fáceis.

Os nacionalistas russos, que são impetuosos mas não loucos, sabem muito bem que a Europa Central está fora do alcance, mas eles poderiam minar seriamente esses países se controlarem o vizinho de porta deles, a Ucrânia. E a Geórgia ainda lhes daria controle da rota entre o Mar Cáspio e o Mar Negro, o que quer dizer o Mediterrâneo.

O que temos visto na Geórgia, nos últimos dias, é nada menos do que a decisão perfeitamente racional da Rússia em dar um passo adiante no nacionalismo renascido do país.

É importante entender essa realidade, agora que o debate sobre isolar, se aliar ou ignorar a Rússia deve começar a ficar mais sério no Ocidente.

Em 1990, Solzhenitsyn - ele próprio um tipo de nacionalista russo - escreveu que "deve ser dito bem alto ... que ... a Transcaucásia será separada inequívoca e irreversivelmente" da Rússia. Imagino o que ele estaria pensando da decisão de seu amigo Putin, para provar que ele estava equivocado.

Publicado pelo Diário do Comércio em 13/08/2008


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14/08/2008

A Volta dos Bárbaros

Como todo bárbaro, Lula e seus acólitos mentem desbragamente, com a maior cara de pau. Ele afirma que é o homem mais ético do País, quando a verdade é exatamente o contrário


Nos primeiros séculos da Era Cristã os bárbaros, principalmente vindos do Oriente, destroçaram o Império Romano e instalaram a barbárie na Europa, inaugurando séculos de selvajaria e obscurantismo.

A civilização ocidental só conseguiu emergir do atraso e do obscurantismo por um processo lento e doloroso, que culminou, no Século XVIII, com o Século das Luzes. No entanto, engana-se quem pensa que a barbárie acabou. Como sentenciou o genial Roberto Campos, "A verdadeira dicotomia do momento não é mais entre a esquerda e a direita mas entre o Iluminismo e a barbárie." Hoje, as tendências políticas e econômicas ou são "iluministas" (ou liberais) ou "bárbaras".























O Iluminismo, com sua versão política, a "democracia", e sua versão econômica, o "capitalismo", resultou em uma nova idade dominada pela razão, ciência e respeito pela humanidade. Conforme Kant, foi a emancipação do homem do princípio da autoridade, atingindo a independência de pensamento sem ter que recorrer aos pensamentos de outrem. O Iluminismo ( "Século das Luzes"), sepultou o "magister dixit" e foi a parteira do mundo moderno. Os não-iluministas permanecem nas trevas da superstição, do fanatismo e da barbárie. Que sirva de exemplo o presidente do Irã, que deseja "varrer Israel do mapa". É um bárbaro!

Em estreita cumplicidade com Roma, antes do "Século das Luzes" os reis absolutistas concentravam o poder em suas mãos. Sua vontade era lei. Como disse Luís XVI: "É legal sim, porque ‘eu’ o desejo". O Iluminismo, ao contrário, defende que o poder emana do povo e somente em seu nome pode ser exercido. Assim, o poder é negado aos tiranos e distribuído entre a população, por meio de inúmeros dispositivos.

Inseparável do Iluminismo é o desfrute da liberdade por todos, despertando o potencial dos indivíduos, com benefício para toda a sociedade. O Direito de Propriedade foi uma das maiores conquistas do Iluminismo. O Direito de Propriedade não é nada "sagrado", mas apenas um "sine qua non" do progresso técnico, científico e econômico. Pragmatismo puro! Os países que restringiram o Direito de Propriedade pagaram caro por isso.

Ao contrário do coletivismo praticado pela Igreja e, de fato, por todas as religiões, o Iluminismo prega o individualismo e a completa separação entre a religião e o Estado. O poder não mais emana de um tirano ou da Igreja, porém de leis consensuais, iguais para todos e seus infratores serão punidos neste mundo e não em um hipotético inferno futuro.

Em 1776 o Iluminismo foi posto em prática com a Independência dos Estados Unidos que, em 1789, promulgaram uma constituição iluminista, a primeira, vigente até hoje, que tem como um de seus objetivos principais evitar a concentração de poderes nas mãos de algum tirano ou de um grupo, porque, como sentenciou Lord Acton, "O poder corrompe".

Concretizado em leis e instituições, o Iluminismo revelou-se um sucesso extraordinário, como pode ser avaliado pela prosperidade incrível deste país e de outros que também adotaram idéias iluministas, como Inglaterra, Alemanha, Japão, França, Itália, Coréia do Sul.

Infelizmente, depois da vitória do Iluminismo, entraram em cena os saudosistas do atraso, principalmente Karl Marx, um jornalista recalcado, praticante de rituais satânicos que, com sua inteligência demoníaca, lançou, em 1948, o "Manifesto", que nada mais é que uma nova versão do Absolutismo, apoiado em um religião secular, com todo o fervor religioso que carateriza os psicopatas. Karl Marx representou a volta da barbárie, ou seja, a concentração do poder em tiranos absolutistas.

Como todos os bárbaros, Karl Marx repudiou abertamente os princípios morais da tradição judaico-cristã e pregou a tomada do poder pela violência e pelo uso de todos os métodos, mesmo os mais sujos, desde que ajudassem a "causa". Os comunas consideram-se acima do bem e do mal, pois a culpa individual dilui-se no coletivismo.

A história é prenhe de bárbaros, desde os assírios, os babilônios, Alexandre, Átila, Gêngis Cã, Tamerlane, até bárbaros mais modernos, como Lênin, Mussolini, Hítler, Stálin, Pol Pot, Mao Tsé-Tung, Fidel Castro, além de bárbaros em potencial, como Hugo Chávez e Lula. Este último já fez várias tentativas de assumir o controle total do poder, no melhor estilo stalinista, amordaçando a imprensa e o áudio visual, tentando desarmar a população ordeira, apoiando os partidos comunistas e promovendo o Foro de São Paulo, a maior reunião de bárbaros vermelhos de todo o mundo. O Poder Legislativo, por meio de Renan Calheiros e Aldo Rabelo, já comem em sua mão e até o Supremo, que vergonha! também transformou-se em um quintal do PT.

Os bárbaros são todos iguais, diferenciando-se apenas na quantidade de poder que conseguem conquistar. Lula já infringiu o Estado de Direito dezenas de vezes e nem a velhinha de Taubaté duvida de que ele é o chefe do maior esquema de roubalheira jamais perpetrado no Brasil, a fim de comprar políticos na luta sem quartel para o poder absoluto. Se Lula tivesse tanto poder quanto Stálin, executaria expurgos com a mesma barbaridade que o monstro soviético e na certa estabeleceria gulags para os trabalhadores, e privilégios mil para a quadrilha da nomenklatura vermelha.

A falta de pudor com que Lula executa o plano de bolsa família, um imoral projeto eleitoreiro, é uma demonstração de que, por ser um bárbaro, não obedece a leis nem a princípios de moral. O esquema do mensalão é uma demonstração eloqüente do modo de agir bárbaro. Só o poder interessa, custe o que custar. Na captura da presidência da Câmara Lula usou os mesmos métodos bárbaros de cooptação de políticos corruptos, com liberação de verbas, de cargos e conchavos políticos. Ele não respeita o direito de propriedade e apóia, com verdadeiras fortunas, os bandidos do MST, o braço rural do PT. Quando for chegada a hora da "ruptura", eles serão devidamente armados, possivelmente com os milhões de rifles adquiridos por Hugo Chávez, seu parceiro. De acordo com os objetivos traçados no Foro de São Paulo, os comunistas lutam para "recuperar" na América Latina o que "foi perdido no Leste Europeu", criando a União dos Estados Bolivarianos (Soviéticos) Sulamericanos. O ódio aos Estados Unidos, símbolo do Iluminismo e do individualismo, é o combustível que alimenta seu fanatismo.




















Como todo bárbaro, Lula e seus acólitos mentem desbragamente, com a maior cara de pau. Ele afirma que é o homem mais ético do País, quando a verdade é exatamente o contrário. Seu mentor ideológico, José Dirceu, ponto de união com o chefe supremo, o carniceiro Fidel Castro, afirmou, com a cara mais limpa do mundo, antes da abertura do esgoto do mensalão, que o PT é "o partido que não rouba e não deixa roubar". Há suspeitas robustas de que o PT não só rouba, como também mata...

Novas revelações, ainda não esclarecidas devidamente, sugerem que Lula foi eleito com ajuda das FARC e até de Fidel Castro, o que justificaria, de pronto, o cancelamento do PT como partido político. Isto é, se o Estado de Direito vigesse no Brasil, um país que se encontra nas mãos de bárbaros, que até recompensam regiamente os bandidos dos anos 70, em vez de fazê-los enfrentar corte marcial, por traição à Pátria.

No entanto, toda esta conspiração preparada contra o País é totalmente ignorada pela mídia, pelos tais "cientistas políticos" e até pelos deslumbrados "brasilianistas", que também acreditam nas mentiras dos bárbaros. Não ouvi, até hoje, nem uma vez, um jornalista denunciar o macabro plano dos bárbaros do PT e seus cúmplices, como P-SOL, PCO, PSB, PMN, PDT, PSDB, PMDB, PL. Todos, farinha do mesmo saco. Só quem leu Constantine Menges e Olavo de Carvalho sabe o que se passa nos bastidores.

É preciso ser completamente cego, ou um biltre, para não perceber a trama fatídica que Lula prepara para nosso sofrido Brasil. Ele nem se preocupa mais em esconder sua verdadeira natureza comunista, comparecendo com toda a malta vermelha do Planalto ao 11.º Congresso do PcdoB, onde, em clima de euforia, congregaram-se mais de mil bárbaros, além de tribos selvagens de 45 países. Apesar de seu fracasso, a barbárie bolchevista luta para ressuscitar o putrefacto cadáver insepulto do comunismo. Enganam-se os ingênuos que acreditam que "o comunismo morreu". Nunca esteve tão vivo!


Huascar Terra do Vale

Ensaísta e advogado. Dedica-se a estudos nas áreas da filosofia, história, arqueologia, linguística, semântica geral, psicologia, psicanálise, cosmogonia, cosmologia, etologia e sociobiologia. É colunista do site Mídia sem Máscara. É autor das obras "Hino à Liberdade" e "Tratado de Economia Profana". Entre seu material inédito, constam as obras "Sociedade da Desconfiança", "Trincheiras do Iluminismo", "A Treatise on Profane Religion", "The Twilight of Gods" e "Jesus, from Abraham to Marx".


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13/08/2008

verdade inconveniente





















Existe a China que será exibida nos jogos olímpicos, o motor do mundo onde vive em harmonia 1,3 bilhão de prósperos socialistas. E existe outra, sempre presente, nunca apresentada: uma ditadura que explora, polui e censura em nome do progresso. Conheça essa china pelos olhos de um jornalista brasileiro em Pequim

Gilberto Scofield Jr.

Há um mês e meio da simbólica data de 08/08/08, abertura das Olimpíadas de Pequim, a ONG Human Rights Watch (HRW) lançou um guia para jornalistas estrangeiros. As recomendações vão do básico - registre-se na embaixada de seu país e carregue sempre seu passaporte, por exemplo - ao sombrio - "nunca, jamais, em nenhuma hipótese, revide fisicamente a qualquer ação da polícia ou mesmo de grupos à paisana". Bem-vindo aos Jogos Olímpicos ao típico estilo chinês.

A China passou de nação pobre refém de um incompetente planejamento comunista a um capitalismo selvagem e emergente com um estado ainda gigante - o tal "socialismo de características chinesas" -, mas os ventos que renovaram a economia não sopraram sobre a política. No comando da impressionante máquina de crescimento chinesa está um regime autoritário, incapaz de lidar com críticas ou investigações jornalísticas, especialmente se elas vêm do exterior (até porque a mídia chinesa é estatal).

Estamos falando da maior ditadura do planeta, exercida com mão de ferro pelo Partido Comunista da China (PCC), que esmaga sem dó nem piedade toda a crítica que possa, de alguma forma, desestabilizá-lo - e às vezes nem isso. O sistema eleitoral só existe no nível de pequenas vilas, mas com candidatos indicados pelo partido. A falta de um sistema judicial independente, cujos quadros são compostos por gente nem sempre formada em direito e umbilicalmente ligada ao partido, favorece abusos de poder.

Matéria Completa

E leia também no site de Martha Colmenares:
mapa de los campos de tortura en china a metros de instalaciones olimpicas

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Quanto Vale um Indivíduo Chinês?




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Carta a Sra. Cantanhêde



















Prezada jornalista Eliane Cantanhêde,





Em seu artigo Guerra de 8 do corrente a senhora afirma que o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra é um torturador.





Baseada em que a senhora faz tal afirmação? Na afirmação de sua colega Bete Mendes que diz ter sido torturada por ele? Ou nas aleivosias da camarilha que quer por que quer abrir uma ferida já cicatrizada? Interessa ao Brasil a reabertura de um processo doloroso sobre acontecimentos ocorridos há três décadas atrás onde as perdas ocorreram de ambos os lados mas que teve o mérito de evitar que o Brasil se transformasse numa imensa Cuba? A senhora já imaginou o que teria acontecido caso os comunistas em armas tivessem ganho e deposto o governo militar? Teriam eles, por acaso, tido a coragem de promulgar uma lei de anistia isentando os militares daquilo que eles chamam até hoje de golpe sem jamais admitir que na verdade foi uma contra-revolução para barrar as intenções do comunismo internacional comandado por Moscou? Ou teriam, a exemplo de Fidel Castro que era o ídolo deles, levado todos ao paredão para serem fuzilados?





Nesta hipótese, a senhora já parou para pensar em qual teria sido a reação dos Estados Unidos? Aceitariam eles de braços cruzados que a maior nação sul-americana se transformasse numa potência comunista quando eles já tinham ido à beira da guerra nuclear em setembro de 1962 por causa da extrema ousadia de uma ilha insignificante como Cuba, hecatombe que só não aconteceu porque Moscou meteu a viola no saco e saiu da festa?





É preciso muito cuidado, cara jornalista Eliane, ao analisar certas coisas e, mais ainda, ao julgar personagens de um drama que poderiam ter provocado uma tragédia para o nosso país de conseqüências imprevisíveis porque um grupelho de brasileiros traidores da pátria resolveram embarcar numa aventura financiada por um país com o qual não temos a menor afinidade, a ex-União Soviética. Traidores estes que, anistiados e perdoados pelos seus adversários num ato de extrema generosidade, esperaram três décadas alimentando um ódio insano, injustificado e irracional para, a pretexto de punir aqueles que lhes perdoaram, aos quais acusam de torturadores, colocam novamente em risco o futuro do Brasil. Será que já não é bastante para comprometer o futuro do Brasil essa administração incompetente, irresponsável, caótica e extremamente corrupta? Querem o que mais? Sangue?





Será que não perceberam que aquilo que eles ainda cultuam, o regime comunista, caiu de podre sem que fosse necessário os americanos darem um tiro sequer? Gente desse tipo é portadora de uma patologia incurável chamada idiotia crônica onde os expoentes mais notáveis são Tasso Genro, Marco Aurélio Garcia e Franklin Martins, dentre muitos outros. Além de idiotas, são reles traidores da pátria.





Faço-lhe aqui algumas perguntas e peço-lhe respostas sinceras: seqüestrar representantes estrangeiros, assaltar bancos matando pessoas inocentes, praticar atos de terrorismo em locais freqüentados por quem não tem nada a ver com a insanidade dos terroristas, como aconteceu no aeroporto dos Guararapes em Recife, matar friamente a coronhadas de fuzil um oficial da Polícia Militar de São Paulo como fez Carlos Lamarca, dentre outros atos bárbaros que resultaram em mortes de inocentes, tudo isto não são também atos de tortura? Manter o embaixador da maior potência mundial com uma arma apontada para sua cabeça esperando apenas uma ordem para fuzila-lo caso o governo não atendesse as exigências dos seqüestradores, não é também um ato de terrorismo? O senhor Franklin Martins, hoje ministro do governo Lula, foi um terrorista torturador ou não foi?





Ah, mas de acordo com a novilíngua "os crimes que praticamos são para o bem do povo, enquanto que os mesmos crimes praticados pelos nossos adversários, não passam de crimes comuns". Assim Stalin e Gramsci os ensinaram. Como também a roubalheira promovida por este governo é exaustivamente justificada pela roubalheira promovida por Fernando Henrique Cardoso & Cia. Haja canalhice!





Sabe o que eu acho, cara jornalista? Está na hora dos militares começarem a trazer à público a folha corrida de todos aqueles que participaram daqueles episódios, divulgando os mínimos detalhes, alguns que ainda estão inclusive sob sigilo, a começar por pessoas como Franklin Martins, Dilma Rousself, José Dirceu e outras pústulas que hoje estão sendo premiados com vultosas indenizações e generosas pensões a título de reparação pelos pretensos prejuízos por terem participado de uma luta armada que eles espontaneamente começaram, provocando uma reação que não poderia ter sido outra senão o enfrentamento. E está na hora também de a imprensa brasileira que tem compromissos com o povo e com o futuro do Brasil parar de endeusar um bando de assassinos terroristas. É isto o que a maioria de brasileiros sensatos, responsáveis, trabalhadores, honestos, honrados e cumpridores de seus deveres para com a nação espera. Nada mais que isto.





Infelizmente, cara jornalista, para a desgraça do Brasil, não se fazem mais generais como Humberto de Alencar Castelo Branco e outros e jornalistas como Carlos Lacerda e outros. Foram homens de uma época em que os objetivos dos homens de bem se pautavam pela honradez, o que não é o caso da maioria dos governantes e jornalistas de hoje. Os governantes de hoje mais roubam do que trabalham, e os jornalistas mais confundem do que informam. E mentem muito. Mentem no atacado.





Aguardo a gentileza de suas respostas aos meus questionamentos.





Respeitosamente,





Otacílio M. Guimarães

Material extraído DAQUI


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Fumo / Pele



















Este meu texto de hoje não vai explicar que o cigarro causa câncer de pulmão. Também não vai citar os outros tipos de cânceres mortais causados pelo fumo. Não vai falar sobre o risco aumentado de infarto nem sobre como esse veneno causa bronquite e enfisema. Tudo isso você já sabe e está cansado de ouvir. Mas se ainda assim os argumentos não foram suficientes para fazer um fumante parar, aqui vai mais uma tentativa. Dessa vez, da pele. Sim, porque entre os inúmeros males causados pelo cigarro, ainda há o envelhecimento da pele.

Se ainda há quem pense que cigarro dá charme e glamour, a ciência prova que fumar não deixa ninguém mais bonito. Pouco a pouco, o cigarro agride, resseca, enruga e muda a cor da pele e dos dentes.

Como o cigarro afeta a nossa pele?

O cigarro provoca a contração de vasos sangüíneos que irrigam a pele. Com isso, ela recebe menor quantidade de nutrientes e oxigênio que o normal e fica em contínua desnutrição.

Conseqüentemente, o colágeno, fibra que dá sustentação à pele, é danificado. A fabricação de colágeno novo também é prejudicada. Com o tempo, a pele enruga mais do que seria esperado se a pessoa não fumasse. Ela fica fina e se atrofia muito além do que a genética determina. A elasticidade também é afetada, pois há danos nas fibras elásticas da derme, a segunda camada da pele.

A isso se soma o movimento facial, repetido tantas e tantas vezes num puxar e soltar a fumaça, que causa rugas profundas ao redor dos lábios. Rugas profundas aparecem também ao redor dos olhos, que se contraem quando a fumaça é exalada.

O calor e a fumaça dia após dia em contato com a pele acabam deixando-a ressecada. Todas essas alterações, somadas a uma coloração pálida, amarelada, e às vezes cinzenta devido à má circulação, são descritas no meio médico como smoker’s face (face de fumante). Por mais injusto que pareça, a face de fumante é mais intensa nas mulheres.

Cigarro e Câncer de pele

A incidência de carcinoma espinocelular de pele é maior nos fumantes. Além de maior incidência, o carcinoma é mais agressivo nesse grupo. Quanto ao melanoma, não se observa aumento na incidência em fumantes. Mas a agressividade da doença é maior em quem fuma. Cicatrização e Fumo

A má nutrição da pele prejudica a cicatrização após uma cirurgia. As cicatrizes ficam alargadas e há risco de necrose de enxertos e retalhos de pele, feitos em cirurgias. Se você fuma, ao menos colabore com seu cirurgião e suspenda o cigarro alguns dias antes e alguns dias depois da cirurgia. Aí colabore com você e pare para sempre.

Viu? Dessa vez não foram o ofegante pulmão ou o sofrido coração que imploraram para você abandonar o cigarro. Foi sua linda e sensível pele.

Informações da Veja
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Isto é - Militância...

A matéria intitulada "Tortura não é crime político", publicada na última edição da revista Isto É, de 11/08/2008, e assinada pelos jornalistas Alan Rodrigues e Octávio Costa, deveria entrar para o hall daquelas que podemos chamar de exemplar. Deveria ficar eternizada nos livros acadêmicos da Comunicação Social, nos capítulos que tratassem especificamente de "tudo o que não se deve fazer em jornalismo", ou de "jornalismo a serviço da militância esquerdopata", ou ainda de "como envergonhar seus colegas de profissão".

Infelizmente, há maus profissionais em tudo quanto é área e a de jornalismo não haveria de ser exceção.

Vamos dissecar a tal matéria.

De cara, o título "Tortura não é crime político", por ser uma frase alardeada na imprensa pelas falas do ministro Tarso Genro, deveria vir entre aspas. Mas, veio como afirmação. E, se veio como afirmação, esperava-se, no mínimo, que houvesse, ao menos, a menor tentativa que fosse de definir 'crime político'. Entretanto, não haveria como fazer isso sem deixar de dizer o óbvio, ou seja, que crime político é um crime (portanto não o deixa de ser) que é cometido por motivos supostamente ideológicos. Uma falácia: todos os crimes são ideológicos, ainda que a ideologia seja a própria do criminoso.

Não? Então consultem os livros sobre o tema e os dicionários. Neles, entre uma variação e outra, estarão definições mais ou menos assim: "ideologia: 1 Sistema que considera a sensação como fonte única dos nossos conhecimentos e único princípio das nossas faculdades; 2 Maneira de pensar que caracteriza um indivíduo ou um grupo de pessoas; 3 Ciência que trata da formação das idéias; 4 Tratado das idéias em abstrato. A origem do termo teria ocorrido com o criadoor da própria palavra, Destutt de Tracy, que lhe deu o significado de 'ciência das idéias'. Antes dele, entretanto, na antiguidade clássica e na Idade Média, os pensadores já entendiam ideologia, sem se referir ao termo, como o conjunto de idéias e opiniões de uma sociedade. Foi, porém, uma teoria a respeito de ideologia, desenvolvida pelo alemão Karl Marx, que passou a ser confundida com o real significado do termo. Muito resumidamente, para Marx, ideologia seria uma falsa percepção da realidade provocada nos trabalhadores, dentro da sociedade capitalista, por causa da divisão entre trabalho manual e intelectual – este último realizado pela elite burguesa dominante. O homem era mesmo o gênio da tergiversação, temos que admitir!

Logo depois, continua a matéria, uma frase: "A punição de torturadores da ditadura pode ser um caminho para o Brasil conhecer verdades ainda ocultas do regime de 1964". Tão mal colocada, a tal frase mais parece a conclusão pessoal do repórter a respeito do assunto tratado do que a descrição de um fato ou do que pensam os envolvidos na disputa sobre o mesmo. Não haveria nada de mal nisso caso se tratasse de um artigo opinativo e não de uma suposta reportagem.

Em seguida, duas fotos e uma descrição: "REBELIÃO DOS MILITARES - Generais e coronéis, da reserva e da ativa, se manifestam contra Tarso Genro no Clube Militar, no Rio, enquanto, do lado de fora, estudantes apóiam o ministro". Primeiro, os militares, em visível estado de 'bom comportamento', são apontados como estando a fazer uma "REBELIÃO MILITAR", tudo em caixa alta, que é para reforçar essa idéia. Já os estudantes, bastante efusivos, apenas "apóiam o ministro" (Tarso). A primeira foto está perfeita, técnica e esteticamente.





A segunda - a dos estudantes - parece aquelas que se tiram com máquinas fotográficas amadoras, que acabam registrando movimentos mais acelerados sob forma de 'rabiscos de luz', de 'embaçado', de falta de foco. O efeito disso nessa foto? Ora, o leitor não consegue determinar o número de pessoas presentes à manifestação e nem o desprezo dos transeuntes pelo ato, para o qual nem mesmo dirigiam o olhar. E, é claro, a matéria não revela, em lugar nenhum, o número de manifestantes – de insignificantes 15 a 30 estudantes, no máximo, perto das cerca de 800 pessoas presentes ao evento.

Depois, a matéria vem com um partidarismo tão absurdo que praticamente dispensa comentários quanto à intenção: "Mas a lei incluía os chamados "crimes conexos" - um eufemismo para livrar torturadores do regime de processos futuros. Aprovada em agosto daquele ano, a Lei da Anistia beneficiou 4.650 pessoas e gerou uma espécie de amnésia coletiva - os militares nunca tornaram públicos os detalhes das ações de repressão ao terrorismo, se aposentaram como se todos os arbítrios da ditadura fossem uma página virada e jamais foram legalmente cobrados pelos crimes que porventura tenham cometido".

Primeiro, define os "crimes conexos" como "eufemismo para livrar torturadores do regime de processos futuros". Como assim? Tortura seria 'mais crime' do que seqüestros, assassinatos, assaltos e até mesmo do que a tortura praticada pelos 'revolucionários' contra civis e contra militares? E, depois, por que essa perseguição somente aos militares e não aos policiais que, afinal, são muito mais citados nas denúncias 'oficiais' de tortura, que quase sempre se referem a agentes (dos DOPS etc.) e não a tenentes, capitães etc.?

Depois, para não perder a oportunidade, esclareça-se aos alunos que a palavra eufemismo foi empregada de maneira errada, porque não cabe em 'ações' (ninguém pratica eufemismo) – trata-se de um recurso lingüístico que nos permite substituir palavra que se suponha 'feia' ou 'agressiva' por outra 'mais agradável' e que, por isso, só deve ser atribuído a palavras ou ao uso das mesmas. Ou seja, uma pessoa, uma coisa ou um fato não podem ser 'eufemismo', nem praticá-lo. Sendo assim, a matéria poderia trazer "crimes conexos – um eufemismo para 'impunidade' (que é o que queria expressar), no caso, dos torturadores do regime em processos futuros". É, alunos, não basta florear, tem que saber como.

Em seguida, mais outra frase: "os militares nunca tornaram públicos os detalhes das ações de repressão ao terrorismo... e jamais foram legalmente cobrados pelos crimes que porventura tenham cometido". Ora, faltou mencionar que isso acontece, simplesmente, porque implicaria, também e obviamente, em que fossem revelados todos os crimes cometidos pelos 'revolucionários', desde sempre os maiores interessados em que 'os arquivos' jamais fossem tornados públicos. Pergunte para a Dilma Rousseff, chefe da casa civil, que está, há anos, com a 'chave da porta dos tais arquivos' e não abre. É que, primeiro, segundo a própria ministra, estaria sendo feito um processo de 'filtragem', para não expor ao constrangimento público 'uns e outros' (que, é claro, não seriam os policiais e os militares).

No final das contas, em se revendo a Lei da Anistia, meu caro repórter, com otimismo, seriam uns dez 'militantes' a terem que ser presos, para cada 'agente' que tivesse que 'pagar por seus crimes', e uns vinte para cada militar. Não é por outro motivo que 'heil' Tarso e companhia só querem que apenas o crime de tortura – sobre os quais, diga-se de passagem, não há uma única prova concreta e sim 'palavra contra palavra' – seja 'reconsiderado', ou, como diz o ministro, 'considerado', porque a ele, nominalmente, não se tenha referido na Lei da Anistia.

Continua matéria: "Até que, num seminário interno, de nome tão caudaloso quanto prolixo (Limites e Possibilidades para a Responsabilização Jurídica dos Agentes Violadores de Direitos Humanos durante o Estado de Exceção no Brasil), o ministro da Justiça, Tarso Genro, disse que não considerava tortura e violação de direitos humanos crimes políticos, mas comuns"... "A partir do momento em que o agente do Estado pega o prisioneiro e o tortura num porão, ele sai da legalidade do próprio regime militar e se torna um criminoso comum", disse Genro, repetindo um raciocínio que havia exposto recentemente numa entrevista à ISTO É. Mas aí veio a frase que ressuscitou a ira dos militares: "Ele (o torturador) violou a ordem jurídica da própria ditadura e tem que ser responsabilizado (...) atos de tortura não podem ser beneficiados pela anistia."

A declaração do ministro, sem dúvida, impressiona – não pelo conteúdo, é claro, completamente falso, mas pela capacidade de fazer com que um possível interlocutor necessite de alguns segundos para processá-la. No caso de um repórter, 'alguns segundos', dependendo da situação, são fatais para que não se possa fazer uma outra pergunta que esclareça as falhas da declaração feita. Um exemplo: "Mas, senhor ministro, seqüestros, assaltos e assassinatos, entre outros crimes, como explodir bombas em aeroportos e em embaixadas, por exemplo, matando e aleijando civis - todos estes crimes praticados pelos 'revolucionários da época', também não estavam 'fora da legalidade do próprio regime militar', como afirmou estar a 'tortura'? E, por isso, não estariam também 'eles', os 'revolucionários', no caso, violando a 'ordem jurídica'?"

Ou seja, o homem falou um absurdo e o repórter 'engoliu', sem esboçar reação.

Continua a matéria: "Tarso Genro não pretende reabrir a Lei da Anistia, mas defende que os responsáveis pela tortura durante o regime militar respondam criminalmente com base na Convenção Internacional de Direitos Humanos, um pacto internacional feito em 1969 em São José da Costa Rica - e que o Brasil só assinou durante o governo Fernando Henrique Cardoso".

A reportagem deveria, mas não esclareceu: Tarso, naturalmente, deve estar se referindo à Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos e Punições Cruéis, Desumanos e Degradantes, que entrou em vigor em 26/06/1987, depois de aprovada pela ONU, em 10/12/1984. O Brasil retificou a esta Conveção, em 28/09/1989. Seu Protocolo Opcional, de 18/12/2002, e que vigora desde 22/06/2006, também foi ratificado pelo país, em 12/01/2007. Em 1988, a nossa constituição Federal, em seu artigo 5o, XLIII, já consagrara a tortura como crime, que acabou vindo a ser definida nos termos da lei n° 9455, de 7 de abril de 1997.

É bom que se diga, na Convenção contra a Tortura não há uma única linha sequer na qual se possa ler que se trate de um crime 'imprescritível', como diz Tarso Genro, bem como há claríssimas cláusulas afirmando serem prioritárias as leis estabelecidas nas constituições, e as regras dos códigos penais, de cada país membro signatário. Toda e qualquer ação de julgamento, em se tratando de exceção, pode ser julgada por tribunal estabelecido internacionalmente (*) (e não localmente), geralmente em se tratando de julgar crimes de guerra, já definidos por acordos internacionais (Convenção de Genebra e Estatuto de Roma). Alguns crimes de guerras conhecidos foram os cometidos por Adolf Hitler e por seus oficiais, na época da II Guerra Mundial, além de os cometidos por alguns rebeldes, na "guerra" de Ruanda, África, em disputa entre etnias pelo poder naquele país. Em ambos os casos foram criados cortes especiais, como o Tribunal de Nuremberg e uma 'corte para Ruanda', respectivamente.

Além disso, não se sabe como Tarso recorreria a um tribunal internacional para levar seus projetos de 'vingança' à diante, uma vez que a posição do país, na atualidade, no simples cumprimento do que estabelecem os acordos internacionais, beira o vexame, com dezenas de compromissos ignorados. Basta que se leia o "Relatório Sobre Tortura no Brasil", concluído, em 2005, pela nossa própria comissão de Direitos Humanos no Congresso. Vale lembrar, também, que, em maio de 2000, o relator especial da ONU sobre a tortura, Nigel Rodley, esteve no Brasil, por três semanas, levantando dados para elaborar um relatório final. Na época, vejam o que declarou à Folha de São Paulo:

"Eu não posso adiantar nada do relatório. Mas o próprio governo disse que há tortura frequente no Brasil. As autoridades federais e estaduais reconhecem isso... Há coisas incontroversas: as condições de detenção nas delegacias de polícia são absolutamente estarrecedoras. Fomos a uma delegacia policial em São Paulo onde as pessoas são levadas para aguardar julgamento. Fomos no dia mais limpo, o domingo, porque a limpeza é aos sábados. Vimos excrementos por toda parte. Os próprios presos me olharam: "Como o senhor espera que o juiz reaja diante de nós se nós parecemos animais e cheiramos como eles?" Eles estão certos."

No final da entrevista, Rodley foi claro: "O relatório não trará sanções para o Brasil. A ONU não entra em sanções, a não ser em casos extremos".

Apesar de toda esta situação vexatória, no presente, e que necessitaria de providências urgentes, muito trabalho, dinheiro e dedicação por parte dos poderes públicos e dos governos estaduais e federais, "corre em São Paulo uma ação civil pública contra os comandantes do DOI-Codi", diz a matéria da Isto É, sem mencionar 'detalhes' como os que foram acima citados – que, certamente, reforçariam as chances de que leitores pudessem ensaiar uma lijeira impresão de que as tendências da ação do ministro da justiça estariam mais para 'vingança'. Um dos autores da ação, o procurador da República de São Paulo, Marlon Alberto Weichert, justifica: "Do ponto de vista técnico, a lei não pode perdoar agentes do Estado que praticaram esses crimes."

Do ponto de vista técnico? Só se for o 'técnico-ideológico'. Não se trata de 'tecnicidade' nenhuma aqui. Foi um acordo entre inimigos, depois de uma batalha, supostamente, em nome da paz e da reconstituição democrática do país. O mínimo que uma boa reportagem sobre o tema Anistia tem que obrigatoriamente mencionar é que a exigência de que esta fosse 'ampla, geral e irrestrita' foi da esquerda de Tarso, que hoje está no poder. O ministro está dando, afinal, com essa proposta de 'revisão', mais uma prova histórica de que não se pode confiar em comunista.

O fato é que, num país onde impera a ignorância e no qual se lê muito pouco, principalmente sobre assuntos técnicos e sobre política, a imprensa deveria tomar cuidado redobrado, não ao divulgar o que se diga, mas em explicar que o que está sendo dito não se trate da mais pura verdade, ainda que tenha saído da boca de presumíveis 'autoridades'.

Mais adiante, continua a reportagem: "O general Enzo Martins Peri, chefe do Exército, disse ao presidente Lula que 'é preciso pôr uma pedra sobre esse assunto, até porque, este tema abre feridas e provoca indignação'. Tem razão e não há mal nenhum nisso até porque as feridas não foram fechadas - e é isso que prova a indignação do ministro da Justiça com a tortura. Num caso que beira à indisciplina, o comandante militar do Leste, general Luiz Cesário da Silveira, tirou o uniforme e foi "como pessoa física" a um seminário sobre a Lei da Anistia no Clube Militar do Rio de Janeiro, na quinta- feira 7. Tudo um eufemismo para se criar o palco para protestos destemperados contra Genro."

Bem, meus caros, chamar essa matéria de reportagem, depois do que foi dito acima pelo jornalista que a escreveu, é ofender a inteligência do leitor. Trata-se de texto para defender um determinado ponto de vista. Ponto final. Caberia num artigo ou num editorial, que pressupõem essa intenção. Depois, para não perder a oportunidade, esclareça-se aos alunos que a palavra eufemismo foi empregada, novamente, de maneira errada.

O mais grave, entretanto, sobre esta 'reportagem', está nos bastidores. Coisa rara termos acesso ao processo de composição de uma matéria jornalística. No caso desta matéria da Isto É, tivemos essa oportunidade porque um dos entrevistados foi o escritor, articulista e psicanalista Heitor de Paola. Foi ele quem divulgou a entrevista que deu e que deveria ter sido veiculada junto com esta reportagem da revista. O jornalista Alan Rodrigues, um dos que assina a tal matéria, entrevistou Heitor, por e-mail. Notem: não foi um 'bate papo', uma conversa informal, sobre a atitude do ministro Tarso e sobre a própria Anistia, para que o jornalista se preparasse para abordar o tema dentro de uma futura reportagem, mas, sim, o envio de perguntas formais que, supostamente, deveriam ser publicadas junto à matéria.

Entretanto, como se constata ao ler a entrevista que Heitor concedeu, nenhuma linha sequer da mesma foi publicada, assim como também não existe, na matéria, nem mesmo a mais longínqua abordagem do tema sob seu ponto de vista, que é contrário ao de Tarso – o qual a reportagem nitidamente defende.

Isso não é jornalismo; é militância – que, aliás, não é crime nenhum, desde que essa abordagem fique bem clara ao leitor, ao ouvinte ou ao telespectador. No caso desta matéria veiculada pela Isto É, não há esse tipo de esclarecimento. Trata-se de um exemplo bastante abrangente, e triste, de como não fazer jornalismo.

ENTREVISTA PARA A REVISTA “ISTO É”

Entrevistador: Alan Rodrigues
Entrevistado: Heitor De Paola
Método: por E-mail
Data: 06/08/2008



ISTO É - Como o sr. analisa a proposta dos ministros Tarso Genro e Vannuchi de “revisão” da Lei de Anistia, particularmente, na questão da condenação aos torturadores?

RESPOSTA – Em primeiro lugar, há que investigar se realmente houve torturas. Até agora não há nenhuma prova convincente, só acusações de pessoas que têm óbvios interesses ideológicos, políticos e pecuniários - as vultosas indenizações a que teriam direito caso fossem condenados, com ou sem provas, os supostos torturadores. Estes deveriam ter amplo direito de defesa como assegura a Constituição.

ISTO É - O sr. acha que a tortura foi crime político?

RESPOSTA – O que é um crime político? A meu ver crime é crime, seja qual for a motivação alegada. Com exceção do direito à legítima defesa, nada deveria ser atenuante, muito menos o político que é planejado nos mínimos detalhes e para o qual nem o estado de privação momentânea de consciência pode ser alegado.

ISTO É - O argumento dos militantes de esquerda é que eles, que se exporam (imagino que você tenha desejado dizer expuseram?) ao voto, pagaram caro nesse período e que até hoje sofrem com seqüelas, e que os militares saíram como os vitoriosos por isso deve ser passado a limpo esse período da história. Como o sr. “vê” esse pensamento?

RESPOSTA – “Vejo” como uma série de mentiras dentro de mentiras. Note que você usa, talvez inconscientemente, os termos assimétricos, baseado no velho “dois pesos, duas medidas”: os militares são torturadores, criminosos, etc.; os terroristas e guerrilheiros são apenas “militantes”, quer dizer pessoas inocentes que somente “militaram” em organizações cujos propósitos óbvios eram o terrorismo e a guerrilha para instaurar um regime totalitário do tipo cubano, que jamais anistiou ninguém: prende, mata e tortura e ainda recebe aplausos. Nunca conheci um revolucionário que defendesse a democracia e a liberdade. Quanto aos militares terem sido vitoriosos: quem está no poder, hoje? Eles, ou os terroristas que eles combateram? O argumento de que “quem se expõe ao voto comprova sua inocência” é tão primário que nem mereceria comentários. Democracia não é júri e eleição não é tribunal! Quantos bandidos estão eleitos?

ISTO É - O sr., como ex militante, acha que essa proposta pode ser considerada como revanchismo?

RESPOSTA – Por parte de alguns indivíduos isolados, talvez sim. Mas esta proposta é muito bem elaborada – inclusive surgindo num momento em que os contatos do PT e de altos próceres do governo com as FARC estão sendo denunciados – e sua intenção é bem outra: desmoralizar, achincalhar e humilhar as Forças Armadas que, por mais que o governo faça, ainda são consideradas as instituições mais confiáveis do País. Não haverá revanche, tanto o Genro como o Vannuchi sabem que quando o processo chegar ao STF será arquivado.

ISTO É - O sr. foi militante da ALN?

RESPOSTA – Não; da Ação Popular (AP). De 1963 a janeiro de 1968, e saí exatamente porque foi decidido incrementar a luta armada – não desencadear, pois já começara em 1961, em pleno governo democrático - e não sou assassino. Por isto conheço bem os que ficaram. Além disto, o AI-5, em dezembro daquele ano, foi uma resposta e não a causa, da luta armada.

Copyright © Heitor De Paola. O entrevistado se reserva o direito de publicar esta entrevista em seu site ou em qualquer outro veículo após a publicação da Revista Isto É, mesmo sendo ela utilizada só em parte ou não utilizada pela Revista.


Rebecca Santoro
Formada em Comunicação Social - Jornalismo, pela PUC-RJ (1985), tendo ainda cursado mais três períodos do curso de Economia(1987/88), a título de especialização, na mesma Universidade. Para se aprimorar no lado técnico da profissão, fez 4 períodos do curso de Telecomunicações, na Estácio-RJ (1991/92). Lugares onde morou e estudou: New Jersey (USA), Rio de Janeiro (RJ), Campo Grande (MS), Brasília (DF), San Diego (Califórnia – USA), Macapá (AP) e Belém (PA). Trabalho: Vendedora; Repórter/Estagiária da Rádio Nacional (RJ); Proprietária e Editora responsável pelo jornal Rio 1000’s, especializado em lazer (RJ); Contato Publicitário – Agência DIA DESIGN – (RJ); ECO-92-RJ; Escritora e repórter freelancer.
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