Gilberto Scofield Jr.
Há um mês e meio da simbólica data de 08/08/08, abertura das Olimpíadas de Pequim, a ONG Human Rights Watch (HRW) lançou um guia para jornalistas estrangeiros. As recomendações vão do básico - registre-se na embaixada de seu país e carregue sempre seu passaporte, por exemplo - ao sombrio - "nunca, jamais, em nenhuma hipótese, revide fisicamente a qualquer ação da polícia ou mesmo de grupos à paisana". Bem-vindo aos Jogos Olímpicos ao típico estilo chinês.
A China passou de nação pobre refém de um incompetente planejamento comunista a um capitalismo selvagem e emergente com um estado ainda gigante - o tal "socialismo de características chinesas" -, mas os ventos que renovaram a economia não sopraram sobre a política. No comando da impressionante máquina de crescimento chinesa está um regime autoritário, incapaz de lidar com críticas ou investigações jornalísticas, especialmente se elas vêm do exterior (até porque a mídia chinesa é estatal).
Estamos falando da maior ditadura do planeta, exercida com mão de ferro pelo Partido Comunista da China (PCC), que esmaga sem dó nem piedade toda a crítica que possa, de alguma forma, desestabilizá-lo - e às vezes nem isso. O sistema eleitoral só existe no nível de pequenas vilas, mas com candidatos indicados pelo partido. A falta de um sistema judicial independente, cujos quadros são compostos por gente nem sempre formada em direito e umbilicalmente ligada ao partido, favorece abusos de poder.
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