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04/10/2008

Nazismo Tropicalista




























O PT de Hitler, Nazional Sozialism Deutsch Arbeit Partei – Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores da Alemanha, surgiu em 1920 e era oriundo do Deutsch Arbeit Partei – Partido dos Trabalhadores da Alemanha, fundado em 1904.

Entre os fatores que caracterizaram os inícios do Nacional-socialismo, cumpre ressaltar o papel relevante desempenhado pela ascensão espetacular e pela veneração quase religiosa do Führer. A estrutura organizacional e as atividades do movimento basearam-se completamente no princípio do líder. Ao centro de tudo encontrava-se a figura de Adolf Hitler e em termos de psicologia social ele representava o homem comum, de origem humilde, em posição de subordinação, ansioso para compensar seus sentimentos de inferioridade através da militância e do radicalismo político.

Na crise de 1929 o partido teve notável crescimento. Além de enorme penetração popular passou a ser encarado pela classe alta como representante de seus interesses econômicos. Na verdade, as mensagens nacionalistas e radicais cativavam pessoas de todas as classes sociais. Não apenas os seis milhões de desempregados alemães, que amargavam a crise mundial se encantaram com a pregação nacional-socialista, mas muitos intelectuais, pessoas do mais alto nível de escolaridade ficaram fascinadas por aquela ideologia. Tanto é que em 1926, na Universidade de Göttingen, que chegou a ser o maior centro de pesquisas matemáticas do mundo, mais da metade dos alunos era nazista.

Nas eleições de 1930, quando os nazistas conquistaram 107 cadeiras no parlamento alemão, a porcentagem de votos obtidos por Hitler na cidade de Göttingen foi o dobro da que ele obteve em média em toda Alemanha. Como a cidade girava em torno de sua universidade famosa onde, inclusive, Einstein se socorreu de um professor de matemática para desenvolver sua Teoria da Relatividade, pode-se dizer que o apoio a Hitler naquele local da Alemanha veio de uma elite intelectual.

O caminho para a ditadura foi conseguido quando o presidente von Hindenburg nomeou Hitler chanceler. Com a morte de Hindenburg, Hitler fundiu a chancelaria com a presidência e a partir daí acumulou poderes cada vez maiores: Extinguiu o Poder Legislativo através do cerceamento de suas prerrogativas; implementou o controle completo da burocracia estatal, ou seja, aparelhou o Estado; eliminou gradativamente os outros partidos fazendo com que qualquer tipo de oposição desaparecesse; assumiu o comando supremo das Forças Armadas e os militares prestaram juramento àquele que se concedera o título de Führer.

Assim, aos poucos, o Estado totalitário substitui o Estado burguês.

Enquanto isso Hitler ia se impondo de maneira incontestável, seduzindo a nação pela força de seu carisma aliada a intensa propaganda produzida pelos meios de comunicação de massa. Em empolgantes discursos o ditador acentuava a esperança, a auto-estima, as boas notícias e prometia ao povo alemão um futuro brilhante numa linguagem que podia ser compreendida até pelas pessoas mais simples. Sua aprovação ultrapassava os 80% e ele seguia levando a risca a idéia do seu grande inspirador, Mussolini, que dizia: “Em política, 97% do apoio popular vem da propaganda governamental e só 3% das realizações efetivas”.

Possíveis insatisfações e ódios eram canalizados para os judeus para desviar a atenção de problemas concretos. Desse modo o monstruoso Holocausto foi aceito com naturalidade, como purificação da raça superior ariana, com a vantagem de que a brutal eliminação dos judeus abria espaços para a classe média alemã nas atividades do comércio e da pequena indústria onde aqueles atuavam.

Muito útil foi também a utilização de símbolos e conceitos marxistas adaptados a ideologia nazista. O proletariado tornou-se “proletariado racial” e a luta de classes deslocou-se para a guerra proletária contra os países capitalistas.

É verdade que durante os seis anos de totalitarismo nazista a Alemanha experimentou grande crescimento, mas tal coisa teve pouco a ver com as políticas econômicas do Führer, mas sim com a recuperação econômica mundial depois da crise de 1929 e com o talento dos empresários alemães que já dispunham de modernas tecnologias.

Hitler dominou a totalidade da vida da sociedade alemã, ampliou os lucros dos grandes trustes econômicos e levou mundo à Segunda Guerra Mundial. O resto todos conhecem.
Seria impossível essa experiência se repetir de forma idêntica. Ela aconteceu a partir de certas circunstâncias de um dado país, numa determinada época e sob o influxo de uma personalidade carismática sui generis. Mas as sementes maléficas do nacional-socialismo, que floresceram no nazismo, não seriam passíveis de novas floradas trágicas, com outros nomes, em outras épocas e em outras sociedades? Será que o nacional-socialismo ressuscitou bem junto a nós através de uma versão tropicalista, adulterada, falsificada, longe anos-luz da envergadura carismática e maligna de Hitler, mas igualmente nociva? É prudente pensar nisso.
Maria Lúcia Victor Barbosa
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02/10/2008

Ídolos das Multidões


























"Um grupo humano se transforma numa multidão quando responde a uma sugestão em vez de a um raciocínio, a uma imagem em vez de a uma idéia, a uma afirmação em vez de a uma prova, à repetição de uma frase em vez de a argumentos, ao prestígio em vez de à competência."

Jean-François Revel não estava se referindo aos Estados Unidos quando escreveu essas palavras, nem à sua França, mas aos seres humanos em geral. Ele não estava com certeza se referindo a Barack Obama, de quem ele nunca deve ter ouvido falar, pois Revel morreu ano passado.

Para encontrar algo comparável às reações de euforia da multidão em relação à Obama, teríamos que retroceder às antigas imagens das multidões alemãs dos anos 1930, com sua bajulação ao führer, Adolf Hitler. Em retrospecto, podemos olhar para aquelas pessoas com compaixão, sabendo quantos delas foram levadas à morte pelo homem que idolatravam.

A exaltação do momento pode custar um alto preço no futuro. Em nenhuma outra situação isso é mais verdadeiro do que quando se vai escolher o líder de uma nação, que significa entregar a esse líder o destino de milhões hoje e de gerações ainda por nascer.

Um líder não tem de ser mau para levar um país a uma catástrofe. Inexperiência e incompetência podem criar resultados muito similares, talvez ainda mais rapidamente numa era nuclear, quando "um pequeno país" - como o senador Obama chamou o Irã - pode provocar uma catástrofe em qualquer lugar do mundo, se esse país for governado por fanáticos suicidas e se ele fornecer armas nucleares a terroristas que são também fanáticos suicidas.

Barack Obama é verdadeiramente um fenômeno de nosso tempo - um candidato presidencial que não consegue citar uma única realização em sua carreira, além de alavancá-la com retórica.

Ele tem uma resposta retórica para tudo. Quando falamos da ameaça do Irã, estamos nos engajando na "política do medo" segundo Obama, algo que nos distrai das "verdadeiras questões", tais como aumentar impostos e fazer benesses com o dinheiro dos outros.

Quem já estudou os anos que precederam a II Guerra Mundial fica impressionado com o número de pessoas e países que não conseguiram enxergar os preparativos de Adolf Hitler.

Mesmo Hitler telegrafando seus golpes, poucas pessoas pareciam perceber a mensagem. Livros sobre o período tinham títulos como "A tempestade se avoluma" e "Por que a Inglaterra adormeceu?".

Será que as futuras gerações ponderarão sobre por que adormecemos? Por que não conseguimos perceber a tempestade se avolumando no Irã, onde um dos maiores produtores de petróleo do mundo está construindo plantas nucleares - ostensivamente para gerar eletricidade, mas cujo óbvio propósito é produzir bombas atômicas.

Esse é um país cujo presidente tem ameaçado tirar do mapa um país vizinho. Alguém tem de desenhar?

Quando os terroristas colocarem as mãos nas armas nucleares, não haverá meios de deter os homens-bomba. Nós e nossos filhos estaremos permanentemente à mercê dos impiedosos.

E do que estamos falando? De políticas fiscais e aumento de gastos governamentais, da culpa das companhias petrolíferas e do salvamento das pessoas que jogam com arriscados empréstimos habitacionais e perdem.

Estamos falando sério? Somos incapazes de percepção adulta das coisas e de assumirmos a responsabilidade adulta que nos cabe?

Barack Obama, claro, tem sua resposta usual: conversar. A retórica parece ser sua resposta para tudo. Obama clama por uma diplomacia "agressiva" e por "duras" negociações com o Irã.

Esses adjetivos coloridos podem impressionar eleitores ingênuos, mas eles têm pouca chance de impressionar fanáticos que estão dispostos a se destruírem se, no processo, eles conseguirem nos destruir.

O que exatamente o senador Obama irá dizer ao Irã que ainda não foi dito? Que não queremos que eles desenvolvam armas nucleares? Isso já foi dito, de todas as formas possíveis. Se conversa funcionasse, já teria funcionado.

Ir às Nações Unidas? O que eles farão, exceto publicar alertas - e quando eles forem ignorados, publicar outros mais?

Mas o que tem Obama além de conversa - e multidões de adoradores?

Thomas Sowell

Publicado por Townhall.com
Tradução de Antônio Emílio Angueth de Araújo.
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01/10/2008

O Foro de São Paulo



















***** Heitor De Paola

Esta organização nasceu em julho de 1990, mas foi concebida em janeiro de 89, em reunião de cúpula do PC de Cuba – Fidel Castro – e o PT do Brasil – Lula da Silva - com a finalidade de “reconquistar, na América Latina o que viria a ser perdido no leste europeu”, já antevisto então: a queda do comunismo. Embora não seja uma organização secreta sua criação só foi inicialmente publicada na edição doméstica do GRANMA, órgão oficial do PC Cubano e um pouco depois na revista “América Libre”, dirigida por Frei Betto na Argentina. Em 89 previa-se a eleição de Lula que coordenaria toda a esquerda continental. Com a vitória de Collor, foi organizada uma reunião no Hotel Danúbio em SP, precedida de visitas estratégicas da cúpula do PC Cubano a Itaici, sede dos encontros da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) para uma reunião com o Cardeal Evaristo Arns.

Compareceram representantes de 48 partidos comunistas e grupos terroristas convidados por Marco Aurélio Garcia, a mando de Fidel e desde então o FSP coordena toda a esquerda na região. Os co-Presidentes são Fidel e Lula, e Garcia é o Secretário Executivo que coordena, de um dos principais gabinetes vizinhos a Lula, todos os grupos guerrilheiros e terroristas desde a fronteira do México os com EUA até a Patagônia. O Foro se reúne anualmente com raras exceções. Uma das reuniões mais importantes foi em 1993 em Havana, onde foram tomadas três decisões fundamentais.

Primeira: decisão incondicional de todas as forças ali reunidas, no sentido de dar todo o apoio a Cuba, durante o período especial, decorrente da cessação do auxílio soviético e do Leste Europeu, inclusive com a compra de remédios e estímulo ao turismo. Segunda: concentração de esforços para eleger Lula, tendo em vista a necessidade de uma base territorial para dar suporte ao que viria a ser a União ou Federação das Repúblicas Socialistas da AL. Terceira: impedir o desenvolvimento da Nafta, tratado de livre comércio de iniciativa americana, e a luta contra o “neoliberalismo”.

É dentro desta estratégia que se deve enquadrar o governo petista, finalmente eleito em 2002 e re-eleito em 2006. Não como um governo nacional, mas como parte de uma estratégia definida de conquista continental para instalação de uma união de repúblicas socialistas. Assim foram todos os governos comunistas: internacionalistas e apátridas. A política econômica de submissão ao capital internacional é apenas uma fachada de gradualismo para esconder uma estratégia mais ampla, como foi definida pelo ditador venezuelano Hugo Chávez ao sair em defesa de Lula, vaiado no Fórum Social Mundial em 2004, explicando com todo cuidado que, nas atuais circunstâncias, o gradualismo é uma estratégia necessária dos governantes esquerdistas “para se fazerem aceitar aos poucos, sem causar rechaço na população”: e que erros de excessiva velocidade podem ser fatais para o processo revolucionário. “Há fases nos processos, há ritmos que não têm a ver só com a situação interna do país, mas com a situação internacional”.

Esta estratégia precisa ser mantida em segredo e para isto conta com uma mídia ideologicamente cooptada e/ou manietada por dívidas a órgão oficiais. Os grandes meios de comunicação, ao relatar a 12ª reunião em SP, comemorativa dos 15 anos do Foro, de 1 a 4 de julho de 2005, limitaram-se a cobrir as críticas à corrupção, evitando os temas ideológicos mais importantes e fundamentais. Por exemplo, Marco Aurélio Garcia destacou a irrupção dos chamados “movimentos sociais”, “novos atores” do cenário político, elogiou os movimentos guerrilheiros marxistas da América Central, dizendo que tinha que “tirar o chapéu” ante os casos da Guatemala, de El Salvador e da Nicarágua e a “efervescência” dos mesmos. Viu como “positivas” as “grandes desestabilizações” provocadas nos últimos anos, em países como Bolívia, Equador, Argentina, Uruguai, etc. Declarou que “o Estado de Direito não pode transformar-se numa camisa de força da democracia” e que, por isso, via as referidas “desestabilizações” como uma “expansão da democracia”, como um instrumento para “quebrar as hegemonias”. Portanto, se o marco institucional que dizem respeitar lhes causa problemas ou lhes põe limitações, então os “movimentos sociais”, que eles mesmos teleguiam, se encarregariam de Mídia-lo, por bem ou por mal. Foi sonegada a declaração “Valorizamos a materialização e a perspectiva da Alternativa Bolivariana para a América que já se pode apreciar em primeiro lugar nos Convênios entre a Venezuela e Cuba; porém podem também identificar-se no Convênio Integral de Cooperação entre Argentina e Venezuela, na aliança estratégica Brasil-Venezuela (...), nos acordos de criação da TeleSul, PetroSul e o mais recente ainda, firmado pela Venezuela e os países do Caribe: PetroCaribe (...)”.

Sobretudo, foi totalmente ignorado o discurso de Lula, no dia 2, em que ele reconhece plenamente pela primeira vez, ter tomado decisões importantes sem consultar o país que preside, mas aos companheiros do Foro. E também ter se referido à verdadeira natureza clandestina – embora não secreta – das reuniões com outros revolucionários que incluem organizações terroristas e narcotraficantes.

CONEXÕES INTERNACIONAIS:
O DIÁLOGO INTERAMERICANO


Esta estratégia se interpenetra noutra. Em 1982 a Guerra das Malvinas e a crise da dívida externa levaram pânico aos países ricos. Aproveitando o caos político e institucional na América Latina, interesses internacionais moveram-se rapidamente buscando manter seu domínio político e econômico na região. Desse esforço surgiu o Diálogo Interamericano (DIA), sob os auspícios do Centro Woodrow Wilson, banco de cérebros, com sede em Washington e criado em 1968 pelo Congresso dos EUA, como “um centro privado de investigação e documentação política”. O Diálogo Interamericano propunha estabelecer estruturas supranacionais para atuar no continente, vigiando as atividades militares e promovendo ações intervencionistas “sempre que necessário”. Dez anos depois, o Diálogo Interamericano anunciou um plano para eliminar, em curto prazo, a soberania dos países da América Latina, substituindo suas funções por uma rede de instituições supranacionais – assim como o Foro – subordinadas aos interesses de uma Nova Ordem Mundial.

Esse projeto baseava-se no argumento de que “a soberania dos estados nacionais não poderia constituir-se em escudos atrás dos quais governos ou grupos armados poderiam se esconder”. Um dos meios destinados a fragmentar as nações latino-americanas é o chamado “Movimento pelos Direitos Indígenas”, financiado, dirigido e promovido desde o exterior, operando em quase todos os países do continente. Onde não há indígenas nativos, missionários e antropólogos estrangeiros os constituem ou reconstituem.

Foi questionada a missão dos militares, infensos a aceitar a transformação de nosso território numa imensa fazenda exportadora de matérias-primas e de produtos semi-manufaturados. Foi constituída uma “rede democrática” com poderes suficientes para se opor “aos comunistas e aos militares”, colocados em pé de igualdade. E aprovada a Resolução da OEA sobre o monitoramento das democracias no continente, defendendo a substituição das Forças Armadas Nacionais da região por uma Força Interamericana de Defesa, segundo o receituário fixado pela “Nova Ordem Mundial”: cortes orçamentários, redução de efetivos, abandono da missão histórica de defender o Estado Nacional, participação em forças multinacionais, achatamento dos soldos militares. E a paulatina corrosão do prestígio, através de uma sistemática campanha para Mídi-los à tortura – como o recente livro no qual o Governo brasileiro “reconhece” as prisões, torturas e mortes provocadas pela repressão e a abolição do pacto de entendimento na Argentina, a mais recentemente no Uruguai – polpudas indenizações a terroristas, assaltantes de banco e guerrilheiros. A sinalização para o início foi o processo contra Pinochet.



O sucateamento e desmoralização das forças armadas foi recomendado para países que não possuem inimigos externos imediatos, onde para se alcançar os objetivos revolucionários é mais importante controlar um comando de polícia política, compromissada com os ideais revolucionários e livres de qualquer inibição moral ou hierárquica. Opcionalmente, as FFAA seriam reestruturadas à imagem e semelhança do partido revolucionário, para que a estrutura corrupta de poder que sempre se forma na pós-revolução possa ser mantida a custo de extrema violência política.

E é exatamente este o ponto de interseção entre os interesses dos revolucionários comunistas e dos países hegemônicos. Em fevereiro de 1993, reuniram-se na Universidade de Princeton, EUA, Fernando Henrique Cardoso, então vice-presidente e hoje co-presidente do DIA, e Lula. Foi firmado um Pacto, o Pacto de Princeton que é abrangente, mas, para a esquerda orientada por Fidel, é uma forma de obter apoios adicionais, utilizando tudo quanto seja favorável à estratégia do FSP, dando a impressão de uma efetiva disposição de cumprimento da estratégia comum. O acerto final ocorreu na última semana de julho do mesmo ano numa reunião de Lula com Fidel Castro em Havana, onde foi firmado um Pacto de Ação Continental.

Portanto, é um exercício sobre o nada, fazer avaliações políticas do governo Lula – de resto dos dois governos do PSDB também – como se fossem governos nacionais normais e não apenas peças importantes de uma estratégia global rumo a uma Nova Ordem Mundial comandada pela ONU.


A VERDADEIRA META COMUNISTA: A NOVA CLASSE


Ao definir a passagem do Estado Socialista para o Comunista, Marx ressaltou que a diferença fundamental seria passar de um Estado em que imperasse a cada um de acordo com seu trabalho, para outro no qual imperaria a cada um segundo suas necessidades. Enquanto o primeiro inclui necessariamente algum esforço, o segundo acena com um estado de coisas paradisíaco no qual todos terão suas necessidades atendidas.

O que parece uma loucura não é. Este estado já foi atingido pelos próprios líderes comunistas: nenhum exerceu qualquer trabalho sistemático por muito tempo. Marx viveu à custa de sua mulher aristocrática e depois, de Engels. Este nunca precisou trabalhar. Lenin foi sustentado irmã, depois peos exilados, peloo Império Alemão e finalmente pelo Estado. Mao exerceu por pouco tempo o magistério, Chou Enlai era descendente de riquíssimos mandarins. Fidel, Che, Lula sabe-se mais quem. A lista é infinita e serve para mostrar que, para os mais iguais entre os ‘iguais’ (apud Orwell) a teoria deu certo! Conseguiram recriar o estado aristocrático de parasitas tão indolentes quanto inúteis, uma casta burocrática e privilegiada: o verdadeiro fim a que se propõe a práxis comunista: a constituição de uma Nova Classe. Como bem o disse Milovan Djilas: “Em contraste com as antigas revoluções, a comunista, feita em nome da extinção das classes, resultou na mais completa autoridade de uma nova e única classe”. Alegando construir, “um mundo melhor possível”, uma sociedade nova, ideal, mais justa, “construíram-na para si mesmos do melhor modo que puderam”. A Nova Classe “se interessa pelo proletariado e pelos pobres apenas na medida em que eles lhes são necessários para o aumento da produção (...) o monopólio que, em nome da classe trabalhadora, se estabelece sobre toda a sociedade, é exercido principalmente sobre esta mesma classe trabalhadora”. Como diz Suzanne Labin: “é o primeiro sindicato que realizou o velho sonho dos patrões: o controle de todos os sindicatos operários”. Djilas percorreu todo o caminho de uma carreira comunista, chegando ao Comitê Central iugoslavo, e denunciou já em 1957 que a Nova Classe se apropria de todos os bens pela nacionalização e estatização, tornando-se uma classe exploradora.

Mikhail Sergeyevitch Voslensky, que também percorreu toda a carreira dentro da URSS, complementa mostrando que a propriedade socialista é a propriedade coletiva da Nomenklatura (a lista dos funcionários estatais), pois “sua adesão fingida ao coletivismo obrigou-a a adotar a forma coletiva de propriedade”. Já Bruno Rizzi, citado por Voslensky, mostrava em 1939, que “na sociedade soviética os exploradores não se apropriam da mais-valia diretamente, como o faz o capitalista quando embolsa os dividendos de sua empresa. Fazem-no indiretamente através do Estado, que embolsa a mais-valia nacional e a distribui, então, aos seus funcionários”, cujas nomeações são sempre por recomendação de algum órgão ou funcionário graduado do Partido. E conclui: “A Nomenklatura é uma classe de exploradores e de privilegiados. Foi o poder que lhe permitiu ascender à riqueza e não a riqueza que lhes proporcionou o poder. A Política da Nomenklatura consiste em assentar seu poder ditatorial no plano interno a Mídiai-lo ao mundo inteiro”. Esta nova casta é a herdeira direta das antigas aristocracias e das monarquias absolutistas, às quais tentam substituir desde 1789, e com maior sucesso desde 1917.

Mas existe outro fator que explica a estranha – para alguns – associação entre o grande capital que financia o movimento pela globalização através de inúmeras ONG’s e da ONU, com os partidos revolucionários tradicionais cujas metas deveriam ser divergentes. Mas como ficou claro acima pelo pacto entre FHC e Lula/Fidel (que se reflete na política de apaziguamento da crise de corrupção, liderada pelo PSDB) existem fatores em comum.
“Um século de liberdade econômica e política [foi] suficiente para tornar alguns capitalistas tão formidavelmente ricos que eles já não querem se submeter às veleidades do mercado que os enriqueceu. Querem Mídiaic-lo, e os instrumentos para isso são três: o domínio do Estado, para a implantação das políticas estatizantes necessárias à eternização do oligopólio; o estímulo aos movimentos socialistas e comunistas que invariavelmente favorecem o crescimento do poder estatal; e a arregimentação de um exército de intelectuais que prepare a opinião pública para dizer adeus às liberdades burguesas e entrar alegremente num mundo de repressão onipresente e obsedante (estendendo-se até aos últimos detalhe da vida privada e da linguagem cotidiana), apresentado como um paraíso adornado ao mesmo tempo com a abundância do capitalismo e a ‘justiça social’ do comunismo. Nesse novo mundo, a liberdade econômica indispensável ao funcionamento do sistema é preservada na estrita medida necessária para que possa subsidiar a extinção da liberdade nos domínios político, social, moral, educacional, cultural e religioso” (Olavo de Carvalho).

Com isso, os megacapitalistas mudam a base mesma do seu poder. Já não se apóiam na riqueza enquanto tal, mas no controle do processo político-social, que os liberta da exposição às flutuações do mercado, e faz deles um poder dinástico durável, uma neo-aristocracia capaz de atravessar incólume as variações da fortuna e a sucessão das gerações, abrigada no castelo-forte do Estado e dos organismos internacionais. Já não são megacapitalistas: são metacapitalistas – a classe que transcendeu o capitalismo e o transformou no único socialismo que algum dia existiu ou existirá: o socialismo dos grão-senhores e dos engenheiros sociais a seu serviço. Essa nova aristocracia não nasce, como a anterior, do heroísmo militar premiado pelo povo e abençoado pela Igreja. Nasce da premeditação maquiavélica fundada no interesse próprio e, através de um clero postiço de intelectuais subsidiados, se abençoa a si mesma. Resta saber que tipo de sociedade essa aristocracia auto-inventada poderá criar – e quanto tempo uma estrutura tão obviamente baseada na mentira poderá durar (º de C.).

NOVA METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO DA CRISE ATUAL


Somente entendendo a inserção global dos governos de FHC e de Lula pode-se fazer uma avaliação mais acurada da crise atual e ainda assim, levando em consideração os tópicos que levantei sobre como se comportam os comunistas e seus partidos. Vale mencionar algumas outras regrinhas de alto valor para a avaliação de atitudes de governos comunistas:

1 - Nunca acreditar que partidos que não tenham o nome comunista como o PT, não o sejam. Geralmente o nome diferente é pura desinformação. Lembre-se que o PCB – com este nome – não teria ganhado nem mesmo uma prefeitura. Nomes nada valem – observar os atos, os métodos e as práticas;
2 - Não acreditar que polêmicas entre comunistas, nem entre eles e partidos afins como o PSDB, impliquem em real divisão entre eles. Avaliar se há de fato razão suficiente para as propaladas disputas (FHC declarou que não há diferença ideológica entre PT e PSDB, apenas divergências políticas que se resumem no fato de que, enquanto o primeiro é marxista, o segundo é Fabiano);
3 - Procurar, por detrás da aparência de desunião, sinais de unidade de ação;
4 - Procurar correlações temporais entre a eclosão de polêmicas e as grandes iniciativas comunistas;
5 - Considerar sempre a polêmica como parte da operação de desinformação para criar uma divisão real no interior da oposição, paralisando-a;
6 - A causa está acima de tudo, até mesmo dos militantes que podem ser sacrificados em prol da continuidade do processo. Os militantes podem mudar de lugar, como José Dirceu, mas se for necessário Mídiaica-lo em prol da causa, isto será feito, com a plena aceitação por parte do mesmo;
7 - Nunca acreditar em alianças ou tratados com comunistas – tratados existem para serem rompidos – assina-se e depois se joga no lixo;
8 - Nunca acreditar em história, biografias, etc. publicamente apresentadas, pelo seu valor de face. São todas forjadas e fomentadas pela massificação doutrinária pela mídia.
9 - Ter sempre em mente que os arroubos de democracia e Estado de Direito, são engodos importantes para ascenderem ao poder, dos quais se livram assim que puderem;
10 - Idem quanto à alegada defesa da “soberania nacional” que tanto encanta nossos nacionalistas, os quais se surpreendem quando percebem que jamais houve em toda a história do Brasil governos mais entreguistas do que nos últimos 13 anos. Às vergonhosas e escandalosas privatizações com dinheiro público de FHC seguiram-se as entregas de grande parte do território nacional do governo Lula às ONG’s. Com o discurso de um Chico Mendes, atuam como um Henry Ford;
11 - Não acreditar, como o fazem alguns sinceros críticos liberais, que a mentalidade comunista é produto de uma “utopia” delirante que os faz acreditar sinceramente no que fazem com o dinheiro público em prol da causa. Pelo contrário, sabem muito bem que o que fazem é puro roubo e errado segundo a moral “burguesa”, mas distorcem esta moral criando uma outra, que cinicamente denominam “proletária” – à qual nenhum proletário honesto seguiria – que não passa de justificativa de caso pensado.
12 - Ao avaliar o que é ou não comunista, esquecer os surrados slogans de ditadura do proletariado, sociedade mais justa, etc. Os objetivos são outros, todos destinados a liquidar com a civilização ocidental e seus valores: defesa do aborto, liberação das drogas, da oficialização das relações homossexuais – diferente de respeitar os indivíduos homossexuais – movimento feminista rancoroso, estimulação do racismo sob o rótulo oposto das cotas raciais, etc.;
13 - A campanha pelo desarmamento – que prossegue apesar do referendo – está em perfeita harmonia com o sucateamento e desmoralização das Forças Armadas para impedir qualquer resistência ao domínio da nova classe;
14 - Finalmente, nunca o que parece ser, é!



© Mídia Sem Máscara, 2005
Heitor De Paola
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29/09/2008

Curiosidades Obâmicas II

















Olavo de CarvalhoJornal do Brasil, 25 de setembro de 2008



A coluna de Maureen Dowd citada no artigo anterior era falsa. O engraçadinho que a enviou a mim sabia disso, pois não pode tê-la colhido nas páginas do New York Times, onde ela nunca esteve.

Em todo caso, não a mencionei como prova de nada, apenas como ilustração, curiosa mas dispensável, de algo que já estava bem provado por mil e um outros meios: que, se a candidatura de Barack Obama, como qualquer outra, é subsidiada por uma multiplicidade de fontes, o mesmo não se pode dizer da sua carreira total, criada e financiada desde o início por pessoas ligadas a organizações pró-terroristas e/ou ao banditismo puro e simples. Quem formou sua mentalidade foram os doutrinadores extremistas Frank Marshall Davis e Jeremiah Wright, quem o lançou na política foi o terrorista William Ayers (do grupo “Homem do Tempo”), quem pagou seus estudos em Harvard foi um mentor dos “Panteras Negras”, quem mais coletou dinheiro para ele nas eleições ao Senado foi um vigarista sírio condenado por dezesseis crimes. Que essa candidatura desperte o entusiasmo de todos os grupos pró-terroristas e partidos comunistas do mundo não prova uma “conspiração” em sentido estrito – tecnicamente, nenhum movimento histórico de amplitude mundial pode ser chamado uma “conspiração” –, mas também não pode ser uma inocente coincidência ex post facto. Obama nasceu desse meio, alimentou-se dele, e o aplauso que daí recebe é apenas o reforço final necessário para que a ambição longamente acalentada de destruir os EUA desde dentro (e desde cima) deixe de ser apenas um sonho de mentes malignas e se torne uma temível realidade.

Ahmadinejad tem razão: a eleição de Obama, se acontecer, será o sinal verde para a conquista da América pelo Islam revolucionário e seus parceiros comunistas, como a sedução da alma do príncipe Charles por um guru muçulmano, mais de vinte anos atrás, – ignorada pela mídia até hoje – foi o início da conquista da Inglaterra. Esta geração dificilmente passará sem que o mundo veja a autodissolução da Igreja anglicana e sua transformação em entreposto do islamismo. Mas talvez passe sem que os EUA – e portanto Israel – consumem sua rendição sacrificial ante o altar de seus inimigos. A presente eleição americana não é o último lance dessa disputa, mas é certamente um dos mais decisivos.

Ainda não sei ao certo como a crise econômica sustada pela ação rápida da Presidência americana se insere nesse quadro, mas sei que ela foi criada pelos democratas, que agora escondem suas culpas, como sempre, por trás de acusações ao governo e extraem proveito eleitoral de seus próprios crimes ignorados pela população. Fannie Mae e Freddie Mac já estavam encrencados em 2005 e o Senado discutia uma lei para impedir o desastre. A lei foi bloqueada pelos senadores Hillary Clinton, Christopher Dodd e – vejam só – Barack Obama, que em seguida receberam vultosas contribuições de campanha de Fannie e Freddie. (Leiam a história em http://www.bloomberg.com/apps/news?pid=newsarchive&sid=aSKSoiNbnQY0, e fiquem tranqüilos: ninguém me enviou a matéria por e-mail, eu mesmo a li na página da Bloomberg.)

Seria ingênuo esperar de esquerdistas uma conduta mais decente. Nas últimas semanas, eles apelaram aos expedientes mais extremos para esculhambar a candidatura McCain: montaram grupos terroristas armados de coquetéis Molotov para desmantelar a convenção republicana (cem incendiários foram presos na véspera, mas os remanescentes ainda fizeram um belo estrago), espalharam fofocas escabrosas sobre a família Palin (incluindo insinuações de incesto), armaram um escândalo nacional em torno da demissão de um policial no Alasca, como se fosse um novo Watergate, e invadiram os e-mails de Sarah Palin, publicando tudo (droga!, não havia nada de comprometedor). E a Folha de S. Paulo, com a cara mais bisonha do universo, informa a seus queridos leitores que Obama está escandalizado com o baixo nível dos ataques vindos da campanha McCain...

























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