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19/08/2008

Contra informação e propaganda



























Foi cirúrgico: ao tempo em que vieram a público as notícias sobre os e-mails encontrados no computador do terrorista Raúl Reys, comprometendo autoridades brasileiras ligadas ao PT, o ministro da Justiça, Tarso Genro, inventou o factóide de revisão da Lei de Anistia, atiçando a ira do meio militar. A notícia importante, a ligação de nossas autoridades com o terrorismo das FARC, sumiu como por encanto de todos os meios de comunicação, entrando em seu lugar o factóide inventado por Genro. Dias depois o bondoso Lula mandou seu ministro se calar, ficando o dito pelo não dito, mas o escândalo dos e-mails foi devidamente esquecido.


Fiquei muito impressionado com o poder da contra-informarão e o soberbo poder demonstrado sobre a mídia que têm os estrategistas do Planalto. Nem nos tempos do Regime Militar vi tamanha eficiência e grau de controle do poder constituído sobre a mídia. A notícia mais sensacional e importante de nossa grande política foi picada no triturador de papel, no caso as manchetes de jornais que deixaram de ser impressas.



Vou votar em Geraldo Alckmin para prefeito de São Paulo. É o melhor nome, o único em condições de vencer Marta Suplicy. Ontem (15/08) o IBOPE divulgou estranhíssima pesquisa, pela qual a candidata do PT abriu quinze pontos de vantagem sobre o candidato do PSDB. Como nenhum fato novo relevante aconteceu desde a última pesquisa divulgada (dava vantagem a Alckmin), só posso concluir que esses novos números ou têm forte viés de amostra (erro técnico) ou a mão deliberada do inimigo. A mesma técnica usada para apagar os rastros de Raúl Reys da mídia pode estar sendo utilizada para induzir o eleitorado a achar que Marta “já ganhou”.


Reiteradas vezes tenho apontado que o fato de São Paulo (prefeitura e Estado) não estar nas mãos do PT é o grande freio para as ambições totalitárias do partido governante. Não que José Serra seja alguém diferente do PT, ao contrário. Serra, assim como muitos dos que se filiam ao PSDB, comunga das idéias igualitaristas do PT e pratica objetivamente a mesma política. Ocorre que esses políticos não empunham mais a bandeira revolucionária e aceitam o jogo democrático da alternância de poder. No caso particular de Serra há um terceiro fator: seu grupo não se dá pessoalmente com o PT, até onde se sabe. O efeito “caciquismo” é importante para que o governador de São Paulo se mantenha longe da influência petista.


Mas Serra, por seu voluntarismo individualista, pode indiretamente estar ajudando o PT. Ao forçar a candidatura do prefeito Kassab contra suas próprias bases e contra as evidências de que Alckmin reúne as melhores condições para derrotar Marta Suplicy, põe água a mover o moinho do PT. De fato Serra, ao não se ligar publicamente ao candidato de seu partido e ao não somar esforços eleitorais consistentes – vale dizer, pôr recursos e energia na campanha – está fazendo o jogo do inimigo.


Uma eventual derrota de Geraldo Alckmin poderá comprometer mais do que a futura candidatura de Serra à Presidência da República, poderá significar a perda sucessiva da prefeitura de São Paulo e do governo do Estado. Marta, eventualmente vitoriosa, marchará resoluta para ganhar o governo do Estado. Aí o país inteiro ficará á mercê dos revolucionários que comandam hoje o Palácio do Planalto. O que está em jogo é o futuro da democracia no Brasil.


A miopia do grupo de José Serra reflete a miopia de nossa classe pensante, desde sempre, a de que o PT é um partido como outro qualquer. Não é. É um partido revolucionário que está à espera de acumular forças suficientes para colocar seu projeto totalitário em ação. Se seus dirigentes ganharem a prefeitura de São Paulo darão um passo gigante na direção de sua hegemonia. Aí até o projeto de re-reeleição de Lula sairá do papel com rapidez.


Mentiras como essas de Tarso Genro sobre a Lei da Anistia, para enganar a opinião pública, assim como essas pesquisas tecnicamente contestáveis sobre a tendência do eleitorado nem mais precisarão ser utilizadas como expediente. Podemos estar agora na véspera do poder totalitário.
José Nivaldo Cordeiro no MSM


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