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04/07/2008

SOBRE A MENTIRA




















A Mitomania e a Mentira Compulsiva

1) O que é mitomania?
Mitomania é uma doença gerada por conceitos distorcidos, ou delirantes, dos modelos básicos de uma pessoa, o que leva a uma tendência mórbida para a mentira.

2) Qual a diferença entre mitomaníaco e mentiroso compulsivo?
O mitomaníaco mente apenas sobre assuntos específicos, como o perfil dos pais, por exemplo, ou fatos específicos do passado. Já o mentiroso compulsivo não tem motivo, nem tampouco controle, para a mentira. Mente por mentir.

3) Quais os sintomas do problema?
Principalmente a insegurança, por ter a própria identidade e a vida sustentadas por uma realidade forjada, artificial. Entre outros sintomas, a dificuldade para tomar decisões e acreditar nelas, falta de autoconfiança, credibilidade e a tendência a confusão mental.

4) Quando ela começa a se manifestar na vida da pessoa?
Entre dez e treze anos de idade, o indivíduo desenvolve a saúde mental, ou seja, um equilíbrio entre o mundo interno e o externo. Assim, aprende a ter suas próprias opiniões e se relacionar formalmente. Qualquer trauma ou complicação nesta época pode desencadear conceitos errados sobre si mesmo ou a própria vida.

5) Quais as causas da doença?
Podem existir várias causas. Informações contraditórias fornecidas pelos adultos, a falta de limites sobre certo e errado, inconseqüência, muitas vezes o excesso de imaginação ou até o encorajamento para acreditar nas próprias fantasias.

6) Como deve ser o tratamento da mitomania?
Esclarecer, sem cobrança ou pressão, a razão pela qual o indivíduo está mentindo. Livrá-lo de culpas e entender até que ponto vale à pena continuar mentindo. Depois, procurar “sublimar”a doença, ou seja, transformar a vontade de mentir em uma atividade produtiva, como o uso da inventividade no trabalho, por exemplo. Pois esta pessoa, no mínimo, é criativa.

7) No caso dos mentirosos compulsivos, o tratamento é o mesmo?
A princípio sim. O problema é que o mentiroso compulsivo, em muitos casos, pode ter um comprometimento de formação, como a perversão, por exemplo, o que complicaria bastante o quadro. Daí, a mentira seria apenas um sintoma.

8) Como lidar com um mitomaníaco? (dicas para nao piorar a situação )
Procure entender que quando ele delira, ou seja, descreve algo distorcido, está apontando para uma ferida dolorida, que ele não quer que ninguém veja, encoste ou atinja.

9) Quando uma mentirinha passa a ser uma mitomania? Há como evitar o problema?
Hoje em dia, como o Marketing está na moda, é muito fácil encontrar pessoas mentindo sobre si mesmas ao preencherem um currículo, ao venderem coisas, ou até na hora de paquerar. Estas são consideradas atitudes mitomaníacas, mas o conceito de doença surge quando o comportamento gera problemas. Lembrando que “patos”em grego significa sofrimento, por isso a “patologia”.

10) Existem graus da doença? Quais sintomas classificam cada um?
O grau de uma doença é sempre proporcional ao tamanho do sofrimento da pessoa.
Alguém que prefere conviver com um passado que nunca existiu para fugir dos problemas, ou mascarar as feridas para não tratá-las, pode criar diversos sintomas. Muito difícil classificar, pois tudo vai depender do autocontrole de cada um.

11) Depois de tratada, a pessoa está sujeita a recaídas?
Sempre, pois o ser humano é uma somatória de todas as idades que já teve.
Ao tratarmos de uma pessoa adulta, podemos ter resultados muito rápidos e eficientes, mas, muitas vezes, a criança que está dentro dela não ficou convencida da mudança.

12) Outras considerações.
Muitas pessoas respeitam as filosofias orientais, principalmente a hindu.
Na Índia, os devotos de Vrsnu têm a verdade como sendo Deus em si. Para eles, mentir é como afastar-se da lucidez.

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Veremos ainda que existe a mentira institucional, aquela dos políticos, dos programas de governo, de instituições. São mentiras já mais ou menos aguardadas e socialmente sabidas como mentiras e mesmo assim com peso de verdade. “– Nosso programa de desenvolvimento ecológico pretende, até o final do ano, controlar totalmente as queimadas...” “– Senhores passageiros, a aeronave deve voltar ao aeroporto de partida por um pequeno problema na ventilação, estamos circulando o aeroporto para esgotar todo combustível antes do pouso” “– Toda corrupção será apurada...”

Pelas curiosidades em torno desse tema, talvez seja importante estudarmos um pouco a mentira em si, como fenômeno de falseamento da verdade, de oposição à veracidade, como mecanismo de conveniência e convivência social, de estratégia de sucesso, como planejamento político, enfim, como habilidades de sobrevivência do ser humano (e parece não ser monopólio do ser humano).

A Mentira
A mentira não deve ser entendida como uma espécie de contrário da verdade. Ética e moralmente a mentira está muito mais relacionada à intenção de enganar do que ao teor de deturpação da verdade e, juridicamente, a mentira está relacionada ao dolo ou prejuízo que causa a outra pessoa.

A mentira não é apenas invenção deliberada, uma ficção, pois nem toda ficção ou fábula é sinônimo de mentira. Não pode ser mentira a literatura, a arte ou mesmo a demência (sintoma da confabulação). A intencionalidade é que define a mentira, estabelece o dano ou dolo.

Assim sendo, não mente quem acredita naquilo que diz, mesmo que isto seja falso. Santo Agostinho declara que “Quem enuncia um fato que lhe parece digno de crença ou acerca do qual forma opinião de que é verdadeiro, não mente, mesmo que o fato seja falso”.

Considerarmos todas as formas de mentira, desde a mentira convencional de dizer Bom Dia às pessoas sem que, necessariamente, ansiamos para que ela tenha realmente um bom dia, passando pela mentira humanitária de consolar o moribundo, pela mentira carinhosa de achar que aquele vestido ficou muito bem na pessoa amada, o Papai Noel, ou a mentira por omissão, seja ela médica, política ou policial, enfim, todas essas maneiras de dissimular a verdade, entendemos melhor as pesquisas que mostram a mentira presente em todas as pessoas.


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