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08/07/2008

O Codigo de Bandidos de 88


A constituição de 1988 é um estelionato institucional! Embora disfarçada em constituição "cidadã", contém uma série de armadilhas


"Este é o povo mais covarde, imbecil e subserviente do universo, campeão intergalático da idiotice", segundo o Professor Olavo de Carvalho (O Globo, 18/12/04).

O Mestre está certíssimo, como demonstra a vergonhosa submissão dos brasileiros ao código de bandidos apelidado de CONSTITUIÇÃO "cidadã" de 1988, promulgada por uma constituinte espúria que continha trezentos "picaretas", segundo Lula, que é do ramo.

Uma constituição de verdade tem como objetivo fundamental proteger a população contra o excesso de poder e do arbítrio do leviatã estatal. Para ser legítima, tem que ser elaborada, não pelos "cobradores" mas pelos "pagadores" de impostos, como aconteceu com a Magna Charta, de 1215, a primeira constituição da História.

A constituição de 1988 é um estelionato institucional! Embora disfarçada em constituição "cidadã", contém uma série de armadilhas objetivando, não a defender o povo, mas a conceder fantásticos privilégios aos cobradores de impostos, os donos do poder. Com sua "burrice intergalática", jornalistas, professores, cientistas sociais e até os medalhões "constitucionalistas" são incapazes de enxergar as diabólicas arapucas traiçoeiramente inseridas na Constituição.

Por exemplo, o direito de greve dos funcionários públicos. No setor privado a greve é um direito legítimo pois o patrão, não concordando com as pretensões dos grevistas, podem despedi-los e contratar outros. Restabelece-se, assim, o equilíbrio. No entanto, o direito de greve para funcionários que gozam da estabilidade é um disparate, pois concede-lhes um poder de barganha quase infinito.



















Pouco a pouco vão "conquistando" aumentos e regalias, e quem paga é o povo, é claro. Quanto mais recursos forem desviados para os donos do poder, menos dinheiro será aplicado nos setores produtivos. Resultado: menos riqueza, menos empregos, menor arrecadação... e maior tributação! Também evaporam as verbas que deveriam ser aplicadas em obras públicas. Quanto às estatais e aos bancos oficiais, em vez de distribuir dividendos aos acionistas, como antigamente, já desviaram centenas de bilhões de reais para os fundos de pensão, em meio a suspeitas cabeludas de todos os tipos de tramóias e de desvio de fundos.


Os privilégios dos marajás são ainda protegidos por outros truques igualmente indecorosos (invisíveis aos medalhões), como: "isonomia", "direito adquirido", "autonomia financeira", "paridade", "irredutibilidade do salário" e outras malandragens, à custa dos idiotas intergaláticos, que pagam a conta.

Por isso, nos órgãos públicos, os recursos são quase que inteiramente dissipados nas folhas de pagamento (salários e "penduricalhos mil"). O governo transformou-se em um mero órgão arrecadador de tributos para distribuí-los entre os amigos do rei que, cinicamente, sempre estão chorando que ganham pouco.

Já tivemos apagões e teremos outros, pois o País só investe no funcionalismo público e nos mensalões. Os recursos são furtados por meio das arapucas constitucionais, apesar da monstruosa carga tributária, a maior do mundo, que não pára de crescer.

Antes da prostituição de 1988, no governo civil-militar, a arrecadação de tributos devia ser cerca de seis vezes menor que hoje! Mesmo assim, como não havia a roubalheira constitucional de 1988, o País crescia a taxas de até quatorze por cento ao ano (hoje está encolhendo!). Grandes obras foram construídas: Ponte Rio Niterói, as maiores represas do mundo, como Itaipu, Tucuruí, Jupiá, São Simão, Sobradinho, Emborcação, Volta Grande e tantas outras, além das usinas nucleares, implantação da FIAT em Betim, dentre dezenas de outras indústrias, atraídas pelo INDI, Telemig, Ceasa, Camig, Corredores de Exportação, construção de quatro portos e recuperação de outros vinte, aumento da malha rodoviária de três para 45 mil quilômetros, duplicação da rodovia Rio-Juiz de Fora e da Via Dutra, rede ferroviária aumentada para 14 mil quilômetros, frota mercante quadruplicada, implantação do metrô em várias capitais, desenvolvimento da técnica de exploração de petróleo na plataforma continental, aumento assombroso da produção petróleo, implantação dos pólos petroquímicos de Cubatão e Camaçari, criação de 13 milhões de empregos, reorganização geral do País, com a criação do Banco Central, BNDS, Embrapa, Embratel, FGTS, IBDF, PAEG, SFH, ICM, IPI, ISS, PIS, PASEP, Proálcool, Eletrobrás, Nuclebrás, Embraer, impulso às indústrias naval, automobilística e bélica, Lei do Inquilinato, aumento de matrículas em cursos superiores, de 100 mil para 1,3 milhão, mais de dez milhões de vagas nos cursos primários, aumento de seis mil para 28 mil estabelecimentos de assistência sanitária, Crédito Educativo, Mobral, INFRAERO, CNPq, FINEP, CAPES, INPS, IAPAS, Dataprev, LBA, FUNABEM, INAMPS, FUNRURAL (beneficiando oito milhões de trabalhadores), programas de merenda escolar e alimentação do trabalhador, extensão do mar territorial de 12 para 200 milhas, criação das siderúrgicas Açominas e Mendes Júnior, etc. Como resultado, o País subiu da 48.ª para a 8.ª posição no ranking mundial das potências econômicas.

No entanto, enquanto o governo civil-militar reorganizava o País, depois do desastre de João Goulart e de sua quadrilha de comunas, os barbudos que hoje estão no poder dedicavam-se a assaltos, greves, seqüestros, guerrilhas, invasões, torturas e assassinatos. Seu ideal explícito era transformar o Brasil em uma colônia soviética. Hoje, no poder, continuam bandidos como sempre, mentindo, roubando, usando caixa dois, pagando mensalões, achacando empresários, até sob ameaça de revólver, desviando fundos de órgãos públicos e de fundos de pensão e, tudo indica, até executando "queimas de arquivo". Deviam receber uma bala na nuca, por traírem a Pátria, no entanto, utilizando a lei para seus sórdidos objetivos, estão furtando bilhões de reais da população indefesa, por meio das execráveis indenizações. Agora os bandidos furtam protegidos por leis promulgadas em causa própria, a começar da execrável constituição bandida de 1988. É o Estado de Direito, ao avesso!

O País parou de crescer pois, protegidos pelo estatuto de bandidos, os afilhados do poder, em vez de trabalhar para a população, dedicam-se exclusivamente a "conquistar" cada vez mais privilégios, à custa, evidentemente, dos trabalhadores de verdade do setor produtivo da economia. Assim, estamos escorregando no ranking das nações e já devemos estar no 14.º lugar. E a tendência é piorar, pois o desenvolvimento do País é o menor do mundo. Se houvesse continuação do governo de 1964 certamente o Brasil estaria hoje nos primeiros lugares do ranking das potências econômicas, inclusive com melhor distribuição de renda e menos miséria.

As conseqüências do esquema de roubalheira constitucional são trágicas. O governo precisa cada vez de mais dinheiro, para pagar os marajás e para comprar deputados, fora as roubalheiras de sempre. Muitos órgãos públicos, principalmente aqueles infectados pelo PT, não passam de lojas de vender alvarás. Para custear estas roubalheiras o governo é obrigado a pagar os maiores juros do mundo e a criar cada vez mais impostos, sufocando a economia, destruindo todo o trabalho de reestruturação do País pelo Governo civil-militar de 1964. Os juros altos atraem dólares especulativos, derrubando as cotações da moeda americana, prejudicando as exportações, incentivando importações e aumentando o desemprego. É o pior dos mundos.

Toda esta crise horrorosa que assola o país tem origem no código de bandidos de 1988, promulgada antes da derrocada do Império Soviético. Infelizmente, notícias do fracasso do socialismo ainda não chegaram à América Latrina, onde uma súcia de retardados ainda sonha em restabelecer a suposta glória do antigo Império Soviético, como Lula, Fidel Castro, Hugo Chávez, Néstor Kirschner, Evo Morales. Internamente, temos ainda praticamente toda a imprensa, professores, intelectuais, estudantes, operários, políticos, entoando loas à pior desgraça que já sucedeu na história universal: o comunismo!

A única saída consiste em jogar uma pá de cal na atual prostituição e promulgar outra constituição de verdade, elaborada não pelos "cobradores" mas pelos "pagadores" de impostos. Haverá choro e ranger de dentes, mas não existe outra saída. Exceto o Galeão.

Huascar Terra do Vale
Ensaísta e advogado. Dedica-se a estudos nas áreas da filosofia, história, arqueologia, linguística, semântica geral, psicologia, psicanálise, cosmogonia, cosmologia, etologia e sociobiologia. É colunista do site Mídia sem Máscara. É autor das obras "Hino à Liberdade" e "Tratado de Economia Profana". Entre seu material inédito, constam as obras "Sociedade da Desconfiança", "Trincheiras do Iluminismo", "A Treatise on Profane Religion", "The Twilight of Gods" e "Jesus, from Abraham to Marx".
Site: www.geocities.com/Athens/Aegean/5301


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