por Aluízio Amorim
Depois que Lula e seus sequazes começaram a (des)governar "este país", todas as vezes que ficam meio calados a gente começa a pressentir que algo de inaudito está para acontecer.
Reparem que antes de ser deflagrada a tal operação Satiagraha havia certo silêncio e comedimento por parte dos petralhas. Até o MST, Via Campesina, CUT e aparelhos comuno-fascistas e assemelhados pareciam estar dando um tempo.
Bingo! Explode a espalhafatosa operação da Polícia Federal que nada mais fez do que insuflar a deletéria luta de classes.
Governos do tipo carismático, como o de Lula, têm de evitar a rotinização do carisma. A dominação carismática para sustentar-se exige de seu protagonista, o líder carismático, permanente demonstração de indescritível poder, ou seja, uma condição de articulação que supera tudo o que já foi visto. O líder tem de ser sempre excepcional e, por isso mesmo, esse tipo de dominação é problemático.
Com o passar do tempo a tendência do carisma é sua rotinização e esse tipo de dominação tende a se transformar em dominação tradicional ou racional legal. A primeira é exercida pela gerontocracia ou pelo patriarcalismo; a segunda, racional legal, tipifica o Estado moderno.
Em rápidas palavras esta é uma análise com base no conceito de tipo ideal de dominação política que se extrai da sociologia do poder de Max Weber.
Passado o vendaval da Satiagraha surge uma calma aparente, porque essa operação espetaculosa cumpriu o seu mister, que era açular a luta de classes, encontrar um inimigo, um gigante do "capitalismo maldito, o culpado por todos os males do Brasil.
No epicentro desse movimento-surpresa está o líder carismático com seu poder quase sobrenatural, a mostrar que é ele, em última análise, o agente da façanha! "Nunca antes neste país", é o bordão que repete.
Notem, portanto, que esses movimentos-surpresa, que são recorrentes e sempre escandalosos, tipificam a ação política de agitação permanente do petismo que busca afirmar o seu poder desafiante.
E funcionam como um esquema de lavagem cerebral das massas. Tanto é que logo após baixar a poeira aparece por parte do governo uma "agenda positiva" para arrefecer os ânimos.
Ultimamente o petismo vem usando a Petrobras. Logo que parte da sociedade civil consciente começa a se articular surge o anúncio da descoberta de uma grande jazida petrolífera, ou então o lançamento, por parte de Lula, de algum programa social com a finalidade de saldar o que denominam de "dívida social".
É possível que agora, no período que antecede as eleições, o petismo minimizará ações de ataque às instituições democráticas, bem como à propriedade privada, para colher apoios e dividendos eleitorais. O bando petista vai dando uma trégua, para após as eleições fazer girar novamente essa roda do horror.
Observem como o governo do PT vem produzindo crises e escândalos o tempo todo. Se vocês pensam que esses fatos surgem espontaneamente, estão enganados.
Como tudo isso acontece num país botocudo, cuja população não possui espinha dorsal, é indolente, safada, picareta e vagabunda, a tendência é o seu prosseguimento até que todas as instituições que seguram o regime democrático estejam liquidadas.
Blog do Aluízio Amorim
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