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22/07/2008

Como a esquerda ficou oca


















por Alexandre Barros

Imaginem como a esquerda vai viver agoniada com uma China capitalista na qual Mao Tsé-tung se limita a enfeitar as notas de 20 yuans. A China tem mais milionários e mais bilionários que o Brasil.

Adeus às longas reuniões para discutir qual das linhas é mais válida: a chinesa, mais radical, ou a russa, que queria tomar o poder pela burguesia nacional. Os comunistas da linha chinesa e da linha russa viviam às turras para ver quem mais legitimamente representava o interesse dos oprimidos. Quem saiu do socialismo quer mesmo é melhorar de vida e consumir, tanto na Rússia, e em seus antigos satélites, quanto na China.

A China gera lucros, prazeres e empregos no Brasil, importando e exportando todo o tipo de coisas. Tem US$ 1 trilhão em reservas internacionais, obtido por meio de vendas capitalistas para países capitalistas. A cada ano alguns milhões de chineses entram no mercado consumidor.

Fidel é carta fora do baralho. Ainda vivo, mas fora do poder, não tem mais saúde para viajar e não despertará o fascínio que, confesso, nunca entendi, em suas visitas internacionais e em sua arenga.

A esquerda adorava a capacidade que Fidel tinha de entreter as massas com discursos de cinco horas. Achava isso fascinante. Passou despercebido um livro de um economista sueco sobre a economia do uso do tempo (Staffan Burenstam Linder, The Harried Leisure Class, NY: Columbia University Press: NY, 1970), no qual ele dá a resposta com muita simplicidade: isso só era possível porque não havia nenhuma alternativa em Cuba. Ninguém tinha mais nada para fazer em Cuba. Entre não fazer nada e ouvir Fidel, ouviam Fidel. Tenho dúvida se, de barriga vazia, gostavam do que ouviam.

Já pensaram: um presidente do Brasil falando por cinco horas na televisão? Ninguém iria assistir, porque o povo tem mais o que fazer.

O sistema de saúde era fantástico, até que alguém perguntou: como a saúde pode ser excelente num lugar em que as pessoas não têm o que comer? A esquerda perdeu a chance de ser politicamente correta dizendo que, em Cuba, não havia obesos...

Li, em algum jornal, que a última vitória de Fidel foi ter colocado o embargo cubano como tema central na eleição americana. Ora, esse argumento só se sustenta quando as pessoas ignoram que o dinamismo do capitalismo o leva rapidamente para onde está o lucro. Com Fidel fora, Cuba será um paraíso de lucros. Os capitalistas já estão cuidando disso. E os cubanos, certamente, viverão muito melhor.

Revolucionários voltavam de Cuba dizendo que o país era maravilhoso. Deliravam com a pobreza, a miséria, as casas e os carros caindo aos pedaços. Chamavam de beleza do socialismo. Quando questionados sobre os problemas, admitiam que, realmente, la revolución tinha uns probleminhas.

Poucos direitistas iam a Cuba, mas, mesmo os esquerdistas, depois de meia hora de elogios, se diziam chocados com um probleminha: a extensão da prostituição. Alguém inventou a anedota sobre a suposta genialidade retórica de Fidel. Quando confrontado com alguém que lhe disse: 'Mas, comandante, em Cuba as universitárias são obrigadas a prostituir-se.' Fidel teria respondido: 'Mentira capitalista! No és que las universitarias tienem que ser prostitutas. La verdad és que en Cuba las prostitutas van a la Universidad.'

Felizmente não teremos de conviver mais com agentes do Dops convocando na época um jovem professor da Universidade de Brasília (UnB) de quem haviam apreendido um livro que ele recebera pelo correio chamado Cuba: est il socialiste? Comparecendo ao Dops expliquei que o livro criticava o regime cubano e dizia que ele não passava de um autoritarismo barato. Cuba de socialista não tinha nada. O policial fez-me uma concessão. Disse que, como eu era professor da Universidade de Brasília, eu precisava saber das coisas. Ele ia liberar os livros. Ao outro livro nem prestou atenção, sorte minha. Chamava-se Manuel de Cryptographie.

Mudaram o Brasil e Cuba. Ainda bem.

Duros tempos em que Cuba chamava mais atenção da polícia do que a ciência de escrever em códigos. Mas também, naquele tempo, sem cartões corporativos, o açúcar da UnB era menos doce e o lixo era menos sujo.

E agora que não poderão mais pichar muros com as sete letras fatídicas: 'Fora FMI!' O FMI hoje é um ator em busca de um papel. Aposentam-se os funcionários que têm tempo suficiente e enxugam os quadros porque o FMI não tem mais clientes. Os países que mais tomavam emprestado do FMI aprenderam as lições do próprio Fundo. Não gastar mais do que ganham, realisticamente.

Acho que o FMI é um caso único de burocracia autodestrutiva: acabou com os problemas que o mantinham vivo e hoje batalha para encontrar um novo papel.

O prato final da esquerda também se esvaziou. Acabou a dívida externa, temperada com as perdas internacionais.

Que horror vai ser a vida daqui para adiante.

Nixon estava certo quando disse que o caso Watergate consumiu muitas toneladas de papel na década de 1970, nos anos 80 talvez rendesse uns livros, nos 90, alguns artigos e nos anos 2000 seria apenas algumas notas de rodapé.

Destino parecido terão os quatro temas prediletos da esquerda: o comunismo virou o capitalismo mais dinâmico do mundo nos anos 2000.

Fidel não é mito. Caminha para virar nota de rodapé.

O FMI batalha para sobreviver. Os países sensatamente, seguiram a receita, pararam de dar lucros ao Fundo e, controlando a inflação, melhoraram a vida de seu pobres.

Para a esquerda, 1968 foi o ano do protesto. 2008 é o do desalento. Pela primeira vez a esquerda não tem mais nada para celebrar com sua crítica.

Em tempo: nunca fui a Cuba, achava perda de tempo. Daqui a algum tempo, talvez vá.


Originalmente publicado em O Estado de S. Paulo.


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11/07/2008

A Revolução Cultural

Qual é o futuro do Brasil nas mãos desses débeis mentais?


Há poucos dias um autor, que se considera liberal, disse que a China comunista só melhorou com a “revolução cultural” de Mao Tsé-tung. Fiquei chocado. O tal autor, provavelmente neófito em termos de comunismo, cometeu um erro primário: esqueceu-se que os comunas sempre querem dizer o contrário do que falam. Quando falam em “democracia”, referem-se a ditadura. Quando prometem “paz”, preparam-se para a guerra. Quando alegam “justiça social”, referem-se ao terrorismo de Estado, como de praxe em todos os países comunistas. Quando dizem que são “progressistas”, é para esconder que são retrógrados. Quando prometem a “ditadura do proletariado”, a intenção é condenar os proletários ao trabalho escravo, como nos milhares de gulags da União Soviética. Quanto falam em aumentar o nível de emprego, referem-se a contratar dizimistas do PT. Quando se referem à Fome Zero, também pensam nas orgias gastronômicas dos felizardos petistas que estão na folha de pagamento estatal, com altos salários, pagos por nós.

O desditado autor, que acreditou na “revolução cultural”, pensou, inocentemente, que o degenerado Mao Tsé-tung havia deflagrado um vasto movimento para levar a cultura às massas. A realidade foi exatamente o contrário. A Revolução Cultural comunista chinesa se destinava a erradicar sumariamente todos os resquícios da verdadeira cultura, representada pelas conquistas do individualismo e do Iluminismo, que se desenvolveram na Europa e nos Estados Unidos, nos séculos XVII e XVIII.

De fato, a revolução cultural chinesa foi um período de caos e terror, em que o sanguinário Mao Tsé-tung estimulou a população, e principalmente os estudantes, a exterminar tudo aquilo que lembrasse a cultura iluminista. Foi, de fato, a promoção da ignorância, pois um povo ignorante atende melhor ao interesses dos comunistas, que exigem controle total sobre o rebanho humano. Como disse o monstro Stálin: “o individualismo é o maior inimigo do comunismo”.

Na revolução cultural chinesa, os estudantes foram encorajados a agredir os professores e as pessoas idosas, e muitos foram mortos e até canibalizados. As multidões, exibindo o livro vermelho de Mao, faziam passeatas pelas ruas, puxando os professores com coleiras de cachorro, fustigando-os e humilhando-os, exibindo na cabeça canudos com letreiros ofensivos. Os professores que escaparam da sanha das multidões enfurecidas foram enviadas para “reeducação” em campos de arroz. Ter alguma cultura, como, por exemplo, falar uma língua estrangeira, era um crime e punido severamente, muitas vezes com tortura e morte. Chamar esta bestialidade de “avanço” significa desconhecer a verdadeira natureza da “revolução cultural” comunista.

O mesmo barbarismo foi cometido no Camboja, onde o carniceiro Pol Pot matou um terço da população procurando erradicar os últimos resquícios da cultura ocidental. O maravilhoso filme, que pode ser encontrado nas locadoras, “Os Gritos do Silêncio”, é uma crônica real sobre a revolução cultural cambojana, com Dith Pran, que realmente viveu as atrocidades incríveis demonstradas no filme e que mostra o esforço que fez para esconder o pouco que sabia de inglês (pois era motorista). O filme mostra também seus tempos de “reeducação” no campos de plantio de arroz. Um filme para quem quer conhecer a verdadeira natureza da barbárie comunista.

O que poucos percebem é que a tal “revolução cultural” é, no fundo, a erradicação da cultura ocidental. É praticada em todos os países comunistas, sob diversos disfarces, pois o comunismo é um ideologia que procura fazer a humanidade voltar ao barbarismo absolutista, em uma versão mais sangrenta e totalitária. Para sua implantação, necessita erradicar todos os indícios remanescentes da civilização ocidental, abrindo espaço para a volta da selvageria pré-iluminista. No Brasil, a “revolução cultural” comunista há muitos anos tem sido praticada, de maneira dissimulada, para que a mídia e a burritzia nacional não a percebam.

Aqui, a “revolução cultural”, ou seja, a lavagem cerebral da juventude, recebeu o nome de “ESCOLA PLURAL”, em nível municipal, ou “ESCOLA SAGARANA”, em nível estadual. A idéia principal desta revolução cultural comunista tupiniquim é manter o aluno ignorante, passando de ano, sem exames. Quanto maior a ignorância, melhor. Até mesmo retardados mentais são promovidos e recebem diplomas. Existem milhares de jovens, com diplomas de segundo grau, que nada sabem, porque foram condenados à ignorância, pela Escola Plural. Estão “em ponto de bala” para serem doutrinados pela estupidez marxista. Aqui também os professores são humilhados e ofendidos e não podem repreender os alunos que, freqüentemente, ameaçam os professores até com a morte. O padrão é o mesmo!


















Nos primeiros anos de estudo os professores, geralmente analfabetos funcionais, porém petistas, fingem que ensinam, e os alunos fingem que estudam. Depois, quanto chegam às aulas de História, são doutrinados com ensinamentos marxistas, deformando a verdade e preparando-os para serem ativistas do PT. Nossos heróis nacionais, como Caxias, são ignorados ou ridicularizados, e bandidos como Lampião, Marighela, Fidel Castro e Che Guevara são exaltados como heróis. A contra-revolução de 64, que evitou que o País caísse nas mãos dos bolchevistas, é completamente deturpada, com epítetos como “anos de chumbo” e “golpe”, e as realizações do governo militar são sonegadas aos alunos, enquanto que a carnificina executada pelos comunistas e o fracasso social e econômico desses países nem é citada.

Todo o ensinamento é destinado a insuflar nos alunos a admiração pela escória da humanidade, a União Soviética, Cuba, Coréia do Norte, e a odiar os Estados Unidos, o país mais bem sucedido de todos os tempos, graças aos Iluminismo. Por isso, praticamente, todos os alunos da segunda série e também das universidades, demonstram um ódio gratuito e intenso contra os Estados Unidos, pois esta idiotice, ensinada nas escolas, é essencial para a implantação da boçalidade vermelha.

Eles não aprendem, por exemplo, que o salário mínimo em Cuba é de oito dólares, nem que quem tenta fugir daquele inferno é fuzilado ou jogado aos tubarões. Eles não sabem que, em Cuba, o modelo dos comunistas, as jovens são obrigadas a se prostituir, para sua família não morrer de fome, pois recebem uma quota de alimentos que só dá direito a meia dúzia de ovos e um quarto de frango para uma família, por mês. Claro que não lhes é ensinado que o fracasso do comunismo em Cuba foi tão grande que o país viveu de esmolas da União Soviética por muito anos e hoje vive de dólares que os cubanos exilados em Miami mandam para seus parentes que não conseguiram fugir. Também lhes é sonegado o fato que Fidel Castro rouba o salários dos cubanos que trabalham nos novos hotéis construídos na ilha, com capital estrangeiro, para turistas. Neste hotéis, os cubanos só entram como serviçais e a jovens como “jineteras”, para atender sexualmente os hóspedes que trazem dólares. Graças a Fidel Castro, Cuba voltou a ser o lupanar do Caribe. Isso não é ensinado nas escolas.

Por outro lado, “ensinam” horrores dos Estados Unidos, por exemplo, acusando-os de “imperialistas”. No entanto, os Estados Unidos jamais tiveram uma colônia. Ao contrário, libertaram algumas colônias da Espanha (como Cuba e Filipinas) e salvaram o mundo em duas guerra mundiais, que custou a vida de centenas de milhares de americanos, sem incorporar um metro quadrado de território. Claro que é escondido dos alunos o fato de que os Estados Unidos recuperaram várias nações arrasadas pela Segunda Guerra Mundial, inclusive seus ex-inimigos, a Alemanha e o Japão, enquanto a União Soviética invadiu, dominou e explorou dezenas de países, e levou à miséria todos eles. E chamam os Estados Unidos de “imperialistas”. Que cretinismo!

Esta é a revolução cultural comunista que está sendo feita no Brasil, comprometendo o futuro de nossa juventude, e ninguém percebe, pois conta com a cumplicidade criminosa do Ministério da Educação. Quem duvide, que confira os livros adotados em nossos colégios, recomendados pelas “autoridades”. Não são livros de aula. São livros de doutrinação marxista. Resta a dúvida atroz: como podem os comunas que usurparam o poder no País serem tão estúpidos? E os professores, e a mídia, por que não percebem e denunciam este desastre a que estão condenando as gerações futuras, transformando-se em cúmplices do Ministério da Educação? Qual é o futuro do Brasil nas mãos desses débeis mentais?

OFERTA: Receba, grátis, por e-mail, o ensaio “Trincheiras do Iluminismo”, com prefácio de Jarbas Passarinho: huascar.bhz@terra.com.br

Huascar Terra do Vale
Ensaísta e advogado. Dedica-se a estudos nas áreas da filosofia, história, arqueologia, linguística, semântica geral, psicologia, psicanálise, cosmogonia, cosmologia, etologia e sociobiologia. É colunista do site Mídia sem Máscara. É autor das obras "Hino à Liberdade" e "Tratado de Economia Profana". Entre seu material inédito, constam as obras "Sociedade da Desconfiança", "Trincheiras do Iluminismo", "A Treatise on Profane Religion", "The Twilight of Gods" e "Jesus, from Abraham to Marx".
Site: www.geocities.com/Athens/Aegean/5301


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