O governo do presidente Lula baterá, sem sombra de dúvidas, o recorde em mais uma categoria de realizações do "nunca na hisstória desse paísss". Só que este feito não será revelado pelos meios de comunicação, em horário nobre, nem pelas empresas de pesquisa. Esse foi o governo que mais causou a morte de brasileiros dos mais diversos segmentos sociais, sem disparar um único tiro que fosse – apenas com medidas, ou a não adoção das mesmas, jurídicas, políticas e econômicas. E isso em época em que o planeta esteve sob bonança econômica. Também não entrará nesta conta, pelo menos nos primeiros cálculos, o número de vítimas da violência urbana – caos que o Estado faz questão absoluta de preservar, alegando estar agindo de acordo com os direitos humanos (para os criminosos e para os terroristas, é claro).
O Brasil está entre os dez países do mundo no ranking do suicídio, cerca de 8.000 casos por ano – sem contar as muitas mortes não são registradas como suicídio e nem as tentativas infrutíferas, que aconteceriam em número dez vezes superior ao dos casos consumados. Depois do período que insistem em chamar de "ditadura militar", e nos últimos 20 anos, o número de mortes por suicídio cresceu 1.900% (mil e novecentos por cento!!!), entre indivíduos na faixa etária de 15 a 24 anos. Pasmem, o suicídio já representa a terceira principal causa de morte de pessoas em plena idade produtiva, com conseqüências que atingem também suas famílias.
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Recentemente, o Exército brasileiro perdeu dois de seus generais da ativa, acredita-se, por suicídio. Um deles foi o general de divisão Luiz Alfredo Jeff, que comandava a quarta região militar, com sede em Belo Horizonte. Antes dele, o general de divisão Urano Bacellar, que comandava a Força de Paz da ONU no Haiti também teria cometido suicídio, embora esta não seja a única versão sobre a morte do general.
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Certamente os generais não são os únicos. Professores, médicos, muitos funcionários públicos, empresários e aposentados também estão na lista dos que passam por dificuldades. Sem dúvida, a classe média vem sendo gradualmente exterminada na medida em que emerge uma nova classe à riqueza, vinda dos porões do crime organizado que, por sua vez promove a ascensão de muito pobres e de miseráveis para uma pseudo nova classe média (que poderia facilmente ser chamada de "de cavalo dado não se olha os dentes e lambam os beiços" – e que é a classe manipulada, via chantagem financeira, para manter, inclusive sob o uso da força, a nova classe chegada ao poder exatamente lá onde está).
Quem lembra dos aposentados do AERUS da antiga VARIG? Pois é, eles também são vítimas do governo. Sabe-se que a GOL já pagou debêntures no valor de cerca de R$ 80 milhões, dos quais, previa-se, R$ 30 milhões deveriam ser usados para melhorar a situação dos aposentados e o restante para amortizar as dívidas do plano com os credores – Petrobras, Infraero, entre outros. Mas, estes últimos entraram com uma liminar bloqueando o que deveria ser destinado ao AERUS, alegando ser deles (dos credores) a prioridade. Isso fez com que o dinheiro devido aos aposentados, mais uma vez, fosse impedido de chegar aos mesmos.
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Infelizmente, o pouco caso não pára por aí. Além de tudo, ninguém recebe com regularidade – cada mês é um dia diferente o do pagamento. O que era para ser pago no início de dezembro foi pago no dia 21 do mesmo mês; o 13º que era recebido normal e regularmente não é pago desde 2006; a parcela da aposentadoria (ou o "adiantamento" como a chamam os "prestativos" pagadores) de janeiro de 2008 foi paga no dia 28, a de fevereiro no dia 27 e a de março também no dia 27 daquele mês.
O que mais esperar deste governo? O que mais esperar da Justiça? O que mais esperar da vida? Por certo que a morte, nas trincheiras da angústia, com gosto de injustiça na boca...
Rebecca Santoro no O Quinto Poder
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