Quando falamos que as demências estão constituindo um sério problema de saúde pública em todo o mundo, temos que mostrar em números o que isto representa. Hoje temos, no mundo, 18 milhões de idosos com demência, sendo 61% deles em países do terceiro mundo. Daqui a 25 anos terão 34 milhões de idosos nesta situação e a grande maioria (71%), nos países mais pobres! No Brasil, temos atualmente 1,2 milhões de idosos, aproximadamente, com algum grau de demência.
Existem várias teorias que procuram explicar a causa da doença de Alzheimer, mas nenhuma delas está provada. Destacamos:
1- IDADE: quanto mais avançada a idade, maior a porcentagem de idosos com demência. Aos 65 anos, a cifra é de 2-3% dos idosos, chegando à 40%, quando se chega acima de 85-90 anos!
2- IDADE MATERNA: filhos que nasceram de mães com mais de 40 anos, podem ter mais tendência à problemas demenciais na terceira idade.
3- HERANÇA GENÉTICA: já se aceita, mais concretamente, que seja uma doença geneticamente determinada, não necessariamente hereditária (transmissão entre familiares).
4- TRAUMATISMO CRANIANO: nota-se que idosos que sofreram traumatismos cranianos mais sérios, podem futuramente desenvolver demência. Não está provado.
5- ESCOLARIDADE: talvez, uma das razões do grande crescimento das demências, nos países mais pobres. O nível de escolaridade pode influir na tendência a ter Alzheimer.
6- TEORIA TÓXICA: principalmente pela contaminação pelo alumínio. Nada provado.
Quais sãos os sintomas? No começo são os pequenos esquecimentos, normalmente aceito pelos familiares como parte normal do envelhecimento, mas que vão agravando-se gradualmente. Os idosos tornam-se confusos, e por vezes, ficam agressivos, passam a apresentar distúrbios de comportamento e terminam por não reconhecer os próprios familiares.
À medida que a doença evolui, tornam-se cada vez mais dependentes dos familiares e cuidadores, quando precisam de ajuda para se locomover, têm dificuldades para se comunicarem, e passam a necessitar de supervisão integral para suas atividades comuns de vida diária (AVD), até mesmo as mais elementares, tais como alimentação, higiene, vestir-se…
Reconhecemos três fases na evolução da doença de Alzheimer, onde os idosos manifestam determinadas características comuns:
FASE INICIAL:
DISTRAÇÃO
DIFICULDADE DE LEMBRAR NOMES E PALAVRAS
ESQUECIMENTO CRESCENTE
DIFICULDADE PARA APRENDER NOVAS INFORMAÇÕES
DESORIENTAÇÃO EM AMBIENTES FAMILIARES
LAPSOS PEQUENOS, MAS NÃO CARACTERÍSTICOS DE JULGAMENTO E COMPORTAMENTO
REDUÇÃO DAS ATIVIDADES SOCIAIS DENTRO E FORA DE CASA
FASE INTERMEDIÁRIA
PERDA MARCANTE DA MEMÓRIA E DA ATIVIDADE COGNITIVA
DETERIORAÇÃO DAS HABILIDADES VERBAIS, DIMINUIÇÃO DO CONTEÚDO E DA VARIAÇÃO DA FALA
APRESENTA MAIS ALTERAÇÕES DE COMPORTAMENTO: FRUSTRAÇÃO, IMPACIÊNCIA, INQUIETAÇÃO, AGRESSÃO VERBAL E FÍSICA
ALUCINAÇÕES E DELÍRIOS
INCAPACIDADE PARA CONVÍVIO SOCIAL AUTÔNOMO
PERDE-SE COM FACILIDADE, TENDÊNCIA A FUGIR OU PERAMBULAR PELA CASA
INICIA PERDA DO CONTROLE DA BEXIGA
FASE AVANÇADA
A FALA TORNA-SE MONOSSILÁBICA E, MAIS TARDE, DESAPARECE
CONTINUA DELIRANDO
TRANSTORNOS EMOCIONAIS E DE COMPORTAMENTO
PERDA DO CONTROLE DA BEXIGA E DO INTESTINO
PIORA DA MARCHA, TENDENDO A FICAR MAIS ASSENTADO OU NO LEITO
ENRIGECIMENTO DAS ARTICULAÇÕES
DIFICULDADE PARA ENGOLIR ALIMENTOS, EVOLUINDO PARA USO DE SONDA ENTERAL OU GASTROSTOMIA (SONDA DO ESTÔMAGO)
MORTE.
MAIS...
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