Segundo levantamento do IBGE, o país já tem mais de 300 mil fundações privadas e associações sem fins lucrativos. A pesquisa, que acompanhou o terceiro setor de 2002 a 2005, mostra ainda que 1,7 milhão de brasileiros tinham carteira assinada em ONGs
José Fucs
O terceiro setor, composto pelas organizações não-governamentais (ONGs) sem fins lucrativos, está cada vez mais forte no país. Segundo uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira (7), o número de fundações privadas e associações sem fins lucrativos cresceu 22,6% no país entre 2002 e 2005. Passou de 287 mil para 338,2 mil. De acordo com o levantamento, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), surgiram, em média, 57 ONGs por dia em todo o país no período.
Assim como o número de ONGs, a geração de novos postos de trabalho no terceiro setor também cresceu de forma significativa. Em 2005, as fundações e associações sem fins lucrativos empregavam 1,7 milhão de trabalhadores com carteira assinada no país,10,8% a mais que em 2002. O salário médio pago pelas ONGs alcançou 3,8 salários mínimos por mês, 3,2% maior que a média salarial do país. Em 2005, o salário médio era de R$ 1094,4 mensais. No total, a folha de pagamento era de R$ 24,3 bilhões por mês. Com base no salário mínimo de hoje, de R$ 415, o ganho médio mensal seria de R$ 1.577.
Embora representem apenas 7,2% do número total de ONGs brasileiras, as entidades com atuação nas áreas de educação e saúde concentravam 54% dos trabalhadores. Do total de funcionários de ONGs com carteira assinada, 29,7% atuavam na área de educação e 24,3% na área de saúde. A área de assistência social concentra 14, 8% dos trabalhadores e a de cultura e recreação, que inclui os clubes esportivos, 8%.
Revista Época
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